ConectarAGRO

Oportunidade em plataformas de marketplaces agrícolas é tema da Hora da Conectividade

A ConectarAGRO realizou, em fevereiro, um novo ciclo de palestras para debater formatos de exposição de produtos e serviços em plataformas de marketplaces agrícolas. Com a presença de mais de 20 integrantes, a Hora da Conectividade recebeu João Hilário da Silva Jr., diretor comercial da Orbia, e Arthur Santos, consultor e criador de conteúdo no canal Fuga pras Colinas.

Iniciando o evento, João apresentou os cenários vislumbrados pela Orbia, e-commerce do agronegócio que atua na Argentina, Brasil, Colômbia e México. Segundo o diretor, os agricultores brasileiros tomam centenas de decisões ao longo do período de safra, interagindo com fornecedores e agentes nem sempre eficientes. Em contrapartida, há uma potencial digitalização no campo observada por técnicos.

Nesse sentido, a empresa de marketplace surge com o intuito de facilitar o dia a dia do produtor rural sob o conceito one-stop-shop. Com um único login, o agricultor pode comprar fertilizantes, insumos, acessar linhas de crédito, contratar assistência técnica e vender seus produtos. “O foco é trazer todo tipo de player para o digital, visto que, por ser um meio de acesso para o agricultor, o on-line se torna inevitável. Com esse propósito, atuamos na Argentina, Brasil, Colômbia e México”, apontou João.

Do ponto de vista prático, Arthur, apoiador da ConectarAGRO, explicou que a ferramenta é uma oportunidade para integrantes da Associação disporem seus produtos e serviços na plataforma, aumentando a oferta de tecnologias ao campo. “A partir de uma lista de interessados, podemos desenvolver ações de marketing, como uma página dedicada à Associação ou até mesmo dias específicos de promoções”, argumentou.

Contemplando mais de 220 marcas comercializadas e 27 mil produtos, o site aproxima diferentes profissionais da cadeia produtiva por meio de uma coalizão de fidelidade e incentivos ao produtor rural. Dessa forma, a empresa oferece um catálogo com produtos e serviços que podem ser resgatados a partir de acúmulo de pontos. 

“Conforme utilizam a plataforma Orbia, os compradores de empresas parceiras ganham pontos que podem ser trocados por consultorias de agro especialistas ou até mesmo tratores e maquinários. Basta cadastrar as notas fiscais das transações e aguardar o crédito no saldo”, explicou o diretor comercial. 

Convênio ConectarAGRO-UFV reúne associadas para discutir terceira fase do projeto de extensão

A fim de avançar na implementação de tecnologias nas propriedades rurais participantes do Convênio ConectarAGRO-UFV, a Associação reuniu, no dia 07 de fevereiro, em modo on-line, as organizações interessadas em participar do processo de acompanhamento e capacitação dos agricultores na região da Zona da Mata de Minas Gerais.

A terceira e atual fase do projeto é uma sequência de outras duas etapas já concluídas: um diagnóstico sobre tecnologia aplicado em uma amostra de 100 agricultores, além da coleta de inventário e mapeamento da propriedade de 25 produtores selecionados. 

Segundo Aziz Galvão, professor e líder do projeto de extensão, o Convênio agora busca decidir, junto às empresas associadas, quais tecnologias serão disponibilizadas para uso no projeto. “Mesmo que nosso escopo não seja representativo de todo o país, os resultados finais fornecerão dados que podem ser replicados por pesquisadores de todo o Brasil”, explicou. 

Da mesma forma, Ana Helena de Andrade, presidente da ConectarAGRO, destacou a importância da integração entre associadas e apoiadoras no projeto: “Pretendemos definir os fornecedores, bem como desenvolver juntos um cronograma de implementação e acompanhamento do projeto para entender qual o real impacto das tecnologias na otimização da produção agrícola”, afirmou. 

Com duas fazendas modelo já selecionadas para terceira etapa, os membros presentes sinalizaram a possibilidade de fornecerem sistemas de telemetria para leitura de dados, bem como sensores meteorológicos para ganho operacional e energético. 

Sua empresa faz parte da ConectarAGRO e gostaria de participar do projeto? Entre em contato com o nosso coordenador geral: caiquepaesdebarros@conectaragro.com.br.

Membros da ConectarAGRO participam de workshop organizado por Anfavea e ITA

Visando à ampliação de parcerias com organizações do setor industrial, as associadas da ConectarAGRO estiveram presentes em um workshop organizado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos-SP. A partir do tema “Potencialidade de produção de componentes para telecomunicação”, o encontro buscou avaliar a elaboração de projetos que aumentem a competitividade da indústria nacional. 

De acordo com os organizadores, o foco das atividades realizadas foi estudar os possíveis incentivos governamentais para o pleno desenvolvimento de componentes para a conectividade de máquinas agrícolas, incluindo infraestruturas e dispositivos. O debate girou em torno do Rota 2030 (Lei 13.755/2018), programa federal de pesquisa tecnológica aplicada às cadeias produtivas automobilísticas. 

A agenda do evento contou com apresentações sobre ecossistemas de maquinários, além de exposições sobre a produção brasileira de telecomunicações. Ainda durante a ocasião, integrantes do ITA demonstraram modelos de desenvolvimento e gestão de projetos.  

“Nossa participação no workshop foi uma excelente oportunidade para estudarmos a redução de custos de investimentos no Brasil, bem como o fomento ao desenvolvimento de soluções tecnológicas para o agro. Seguiremos na contribuição para um campo conectado e que, por extensão, alimente o planeta”, pontuou Ana Helena de Andrade, presidente da ConectarAGRO

Calendário agrícola: saiba como utilizá-lo em 2023!

Imagem campo agrícola - calendário agrícola

Se você está por dentro de nosso blog, já sabe que o planejamento de safra é uma das etapas mais importantes para uma temporada de sucesso no agronegócio. Por sua vez, este conjunto de esforços requer pensar também no desenvolvimento de um calendário agrícola.

Esse tipo de cronograma permite antecipar as atividades a realizar em sua propriedade rural, otimizando os recursos da fazenda de acordo com a produtividade esperada.

Afinal, o plantio envolve altos recursos financeiros e fatores climáticos. Portanto, para diminuir os riscos de prejuízos, o calendário agrícola surge com um norte para os agricultores entenderem qual o melhor tipo de cultura a investir em cada região do país, os melhores períodos para semear e colher, além dos manejos ideais. 

Neste artigo, explicaremos de forma direta o que é o cronograma agrícola, como organizá-lo e quais as melhores e o que plantar em cada mês. Confira abaixo! 

O que é um calendário agrícola?

Segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção brasileira de grãos na safra de 2023 deve atingir 310,95 milhões de toneladas, o que corresponde a um crescimento de 14,5% em comparação com a temporada anterior. 

Os resultados demonstram a relevância do Brasil no agronegócio, tornando nosso país o único entre os grandes produtores mundiais a colher três safras durante um ano. Esse tipo de êxito requer amplo planejamento e previsão de diversas ações ao longo da produção agrícola, não é mesmo? 

É por essa razão que agricultores lançam mão do calendário agrícola. Grosso modo, trata-se da centralização de informações primordiais para as atividades de plantio, manejo e colheita de um cultivo. Com tais dados, o administrador tem uma visão completa de curto a longo prazo sobre sua cadeia de produção. 

Entre as principais perguntas que devem ser respondidas pelo calendário agrícola, estão as seguintes: 

  • Qual o período da estação de chuvas? Quais os níveis de precipitação na região?
  • Qual o registro da variação de temperatura, bem como da velocidade do vento e de umidade? 
  • Quais as zonas agrícolas com condições ideais para o desenvolvimento do plantio?
  • Qual o nível de fertilidade do solo? Qual a quantidade de fertilizantes a serem utilizados para obter o rendimento esperado?
  • Qual a disponibilidade dos cultivares recomendados na região?

A sistematização dessas variáveis resulta em tomadas de decisões assertivas e no uso racional dos recursos naturais. Ou seja, podemos produzir mais utilizando menos! 

Outra função do calendário agrícola é o monitoramento da colheita, de modo que o analista realiza uma comparação entre o planejamento e a real execução das tarefas. Esse diagnóstico é importante pois permite ajustes e adaptações ao longo da rota de produção. 

A importância da tecnologia para um calendário agrícola

Antes de apresentar alguns passos de preparação do calendário agrícola, vale destacar o papel da tecnologia e conectividade no cronograma da sua safra. 

Afinal, é a agricultura digital que viabilizará a consolidação e tratamento dos dados citados anteriormente, como indicadores ambientais, climáticos e produtivos. 

Os sensores agrícolas, por exemplo, geram informações sincronizadas em tempo real durante 24h por dia. 

Reunidos por softwares que operam pelo armazenamento na nuvem, os dados de interesse apresentam recomendações sobre o solo de cada talhão. Eles também indicam um histórico de pragas e doenças na lavoura. 

Imagem campo agrícola - calendário agrícola
Créditos: Sensix Blog

O processamento inteligente compreende indicadores meteorológicos a partir dos mapas agrícolas captados. 

Utilizar aplicativos de celulares é uma opção mais simples e acessível para o desenvolvimento de um calendário agrícola. Alguns deles são desenvolvidos pelos órgãos públicos do Governo Federal, como Inmet — voltado para meteorologia —, Zarc — dedicado à gestão agrícola. 

3 passos para organizar um calendário agrícola

Até aqui, apresentamos breves definições sobre o calendário agrícola. Também demonstramos como a tecnologia pode ser uma grande aliada na hora de desenvolver este eixo do planejamento de safra. 

Mas, de forma prática, como podemos desenvolver um calendário agrícola? Separamos 3 passos para você seguir:

  • Estabeleça objetivos de plantio

Como em qualquer outro projeto, precisamos alinhar qual o objetivo do plantio antes de qualquer outra ação de implementação. Isso porque o uso de recursos vai depender da cultura e do modelo de negócio desenvolvido. 

  • Avalie os aspectos técnicos e econômicos do plantio 

A partir de informações como zoneamento agrícola e precipitação anual, por exemplo, é importante avaliar a adaptação da espécie plantada ao clima e solo disponível. 

A averiguação demanda também a análise de gastos como maquinários, pessoal, investimento em defensivos, bem como pagamento de impostos.

 Essas são contas que sempre devem estar nas planilhas para termos uma visão geral do rendimento.

  • Invista na rotação de culturas 

Um bom calendário agrícola deve prever a rotatividade entre culturas. A estratégia garante maior fertilidade do solo e, por extensão, maior durabilidade à fonte de renda econômica.

Mas afinal, o que plantar em cada mês?

Certo da importância do calendário agrícola para os administradores rurais, o Conab desenvolveu uma lista com plantios recomendados para região e época do ano: 

Janeiro

  • Centro-Oeste: Algodão, arroz, feijão, milho;
  • Norte: Algodão, arroz, guaraná, soja, sorgo;
  • Nordeste: Algodão, arroz, feijão, amendoim, milho, soja, sorgo;
  • Sudeste: Feijão, milho;
  • Sul: Feijão, milho, sorgo.

Fevereiro

  • Centro-Oeste: Algodão, tomate, feijão, girassol, milho, sorgo
  • Nordeste: Algodão, arroz, feijão, amendoim, manga, milho, sorgo
  • Norte: Algodão, arroz, feijão, milho, soja, sorgo
  • Sudeste: Feijão, cebola, amendoim, milho, sorgo
  • Sul: Feijão, milho

Março

  • Centro-Oeste: Feijão, girassol, milho, sorgo, aveia
  • Nordeste: Algodão, amendoim, mandioca, milho, sorgo
  • Norte: Arroz, feijão, milho, soja
  • Sudeste: Algodão, alho, feijão, amendoim, girassol, milho, sorgo, trigo
  • Sul: Milho

Abril

  • Centro-Oeste: Girassol, sorgo, aveia, trigo
  • Nordeste: Algodão, feijão, girassol, sorgo
  • Norte: Amendoim, arroz, feijão, milho, soja
  • Sudeste: Batata, feijão, girassol, sorgo, trigo
  • Sul: Aveia, erva-mate, feijão, milho, trigo

Maio

  • Centro-Oeste: Aveia, trigo
  • Nordeste: Algodão, feijão, girassol, sorgo
  • Norte: Amendoim, feijão, milho, soja
  • Sudeste: Trigo, feijão, trigo
  • Sul: Feijão, aveia, trigo

Junho

  • Centro-Oeste: Trigo
  • Nordeste: Algodão, feijão
  • Norte: Soja
  • Sudeste: Feijão
  • Sul: Aveia, trigo

Julho

  • Nordeste: Feijão
  • Norte: Milho
  • Sudeste: Ameixa, pêssego, uva, feijão
  • Sul: Ameixa, uva, aveia, trigo

Agosto

  • Nordeste: Fumo
  • Norte: Milho, feijão, trigo
  • Sudeste: Tomate, milho
  • Sul: Feijão, fumo, milho, tomate, girassol, milho

Setembro

  • Centro-Oeste: Arroz, feijão, mandioca, milho, soja
  • Nordeste: Cana-de-açúcar
  • Norte: Mandioca, feijão, milho, trigo
  • Sudeste: Amendoim, arroz, mandioca, milho
  • Sul: Amendoim, arroz, café, feijão, soja, girassol, milho

Outubro

  • Centro-Oeste: Cana-de-açúcar, arroz, feijão, milho, soja, milho
  • Nordeste: Arroz, feijão, milho, soja, milho
  • Norte: Arroz, feijão, milho, soja
  • Sudeste: Algodão, arroz, amendoim, café, cana-de-açúcar, cítricos, feijão, milho, soja
  • Sul: Cítricos, amendoim, feijão, girassol, milho, soja, sorgo

Novembro

  • Centro-Oeste: Algodão, amendoim, arroz, milho, soja
  • Nordeste: Algodão, arroz, girassol, milho, soja, sorgo
  • Norte: Arroz, feijão, milho, soja
  • Sudeste: Algodão, arroz, amendoim, milho, soja
  • Sul: Amendoim, feijão, milho, soja, sorgo

Dezembro

  • Centro-Oeste: Arroz, milho, soja
  • Norte: Algodão, arroz, milho, soja, sorgo
  • Nordeste: Algodão, arroz, uva, girassol, milho, soja, sorgo
  • Sudeste: Algodão, arroz, amendoim, milho, soja
  • Sul: Maçã, amendoim, feijão, milho, soja, sorgo

Quer ter uma colheita com grande produtividade e rendimento? Acompanhe o blog da ConectarAGRO para saber mais sobre os benefícios da conectividade!

Segurança de dados: confira 5 formas de proteger as informações digitais de sua fazenda

Imagem Segurança de dados

Sem dúvidas, a internet vem revolucionando o campo, uma vez que ela permite o amplo compartilhamento de informações. Tanto tecnologias embarcadas quanto aplicativos tornam a agricultura mais produtiva e rentável. Entretanto, é importante saber de que forma os indicadores são armazenados e protegidos. Estamos falando de segurança de dados na sua fazenda.

Pense na relevância dos dados em uma produção agrícola: informações como histórico de safra, entrada e saída de dinheiro e mapas de monitoramento são alguns dos ativos mais valiosos e sensíveis. Afinal, eles podem revelar pontos sigilosos dos proprietários, da equipe e de um negócio financeiro, correto?

Neste post, apresentaremos dicas importantes de como manter a sua propriedade segura no mundo digital. Boa leitura!

Por que se preocupar com a segurança de dados na agricultura?

Imagine esta situação: ao utilizar um simples aplicativo ou software agrícola, pegadas digitais são formadas, como planilhas financeiras e programação de plantios. Incluem-se também a volumetria e a evolução da safra. 

Logo, ter atenção à segurança de dados significa adotar uma série de procedimentos para garantir que as informações geradas sejam preservadas, sem qualquer vazamento ou ameaças ao bom funcionamento operacional.

Esse conjunto de ações é importante pois uma brecha na segurança de dados leva a invasões que resultam em prejuízos financeiros e até mesmo perdas de reputação. Utilizando-se de tais indicadores, os hackers podem até influenciar os preços do mercado.

De acordo com estudos da Ciência da Computação, o conhecimento limitado de cibersegurança dos produtores agrícolas e a falta de práticas atualizadas sobre o tema são algumas das razões pelas quais invasores obtêm sucesso no roubo de dados agrícolas. 

Uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria Kaspersky aponta a mesma situação: 35% dos brasileiros entrevistados não sabem como garantir a segurança de informações online. 

Figura segurança de dados
Créditos: Portal do Agronegócio

Nesse sentido, além do investimento em estrutura para obter conectividade no campo, é ideal que os administradores agrícolas reservem uma parte de seus orçamentos para a segurança de dados por meio de softwares.

Outra forma de evitar ciberataques é conscientizar toda a equipe de operação sobre ações cotidianas. Inclusive, algumas das recomendações podem ser encontradas na Cartilha de Segurança para Internet, desenvolvida pelo Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br)

Como ter maior segurança de dados em sua propriedade rural? Confira algumas dicas

A falha na segurança de dados dentro de uma produção agrícola tem diferentes origens. Para especialistas no assunto, ela pode ser dividida em categorias como erros humanos, vulnerabilidade de tecnologias e até mesmo aspectos físicos.  

A aula introdutória realizada pelo professor Marcos A. Simplicio Jr., na Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), apresenta um panorama sobre o tema: 

Fato é que, com os golpes digitais cada vez mais sofisticados, hábitos simples e conhecimentos prévios podem te livrar de uma grande dor de cabeça.

Por isso, separamos cinco dicas de como manter a segurança de informações.

  • Não clique em links desconhecidos ou suspeitos

Muitos casos de golpes envolvem o acesso a sites maliciosos ou até mesmo o download de arquivos anexos que contém softwares danosos aos dados.

Tenha cuidado ao clicar em links presentes em mensagens sugestivas no WhatsApp ou em seu e-mail. Vale conferir qual o remetente da mensagem para checar se foi enviada por pessoas ou instituições verificadas e conhecidas.

No caso de sistemas de gerenciamento de pagamentos, sempre digite diretamente o site no navegador, sem clicar nos links recebidos por mensagens. 

  • Evite usar aplicativos e sites sem certificados de segurança

Entre as opções quase infinitas de apps, muitas podem causar danos nos dispositivos ou ao usuário, como roubo de dados, sequestro de informações, prejuízos ao sistema e apresentação demasiada de anúncios.   

Antes de instalar qualquer aplicativo em seu smartphone, é importante pesquisar sua reputação e quais suas credenciais quanto à segurança de dados. Para isso, basta checar quem foi o desenvolvedor do app e quais foram as atualizações realizadas.  

É importante observar também a URL do endereço a acessar. Páginas seguras e criptografadas apresentarão o ícone do cadeado acompanhado do “https”. 

  • Utilize senhas fortes

Mesmo com diversas informações sobre segurança de dados disponíveis na internet, grande parte dos usuários ainda utilizam senhas fracas. É o que aponta o estudo da NordPass, empresa focada no gerenciamento de chaves nas redes.

Ao criar uma conta de acesso, sempre opte por padrões que mesclem números, símbolos, letras maiúsculas e minúsculas. Quanto maior a quantidade de caracteres, melhor! 

Outra dica é não utilizar a mesma senha para todas as plataformas acessadas, diminuindo assim as chances de ataques gerais aos dados de sua fazenda.  

  • Mantenha o antivírus atualizado e ligado 

A funcionalidade de um antivírus é proteger o seu dispositivo de programas maliciosos por meio de buscas, análises, identificação e remoção de tais arquivos. 

Ele realiza uma varredura não só no próprio sistema, mas também nas redes de internet, e-mails e downloads.

É essencial que você invista em antivírus conhecidos no mercado e funcionalidades atualizadas. Na hora de baixá-lo, sempre acesse o site do próprio fabricante. 

  • Faça um backup de dados

Ninguém está completamente a salvo de um ataque cibernético, não é mesmo? Em emergências, o backup é fundamental, pois ele realiza uma cópia de segurança das informações consolidadas em um dispositivo para outro sistema. Assim, você não perderá dados primordiais de sua produção agrícola.

Como já dissemos por aqui, os serviços de nuvem são os mais indicados para backups, já que não ocupam armazenamento de mídias físicas e podem ser acessados em qualquer lugar. 

Agora que você sabe mais sobre segurança de dados na fazenda, que tal conferir 5 aplicativos de agricultura que facilitarão o seu dia a dia? Continue em nosso blog!

Da caneta e papel ao tablet e celular: a tecnologia no agronegócio em 2023

Imagem máquina no campo - Tendências e desafios para o agronegócio em 2023

As previsões para o agronegócio em 2023 são animadoras. De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), haverá uma estabilidade e crescimento de 2,5% do PIB do agro em comparação com o previsto para 2022. 

Por outro lado, este é um setor que demanda um aumento exponencial de produção, ao mesmo tempo que sofre com as mudanças climáticas e o surgimento de pragas e doenças. Os desafios também incluem alterações para cadeias produtivas mais sustentáveis.  

Neste cenário, a grande aliada dos produtores rurais é a tecnologia agrícola. Viabilizados pela conectividade — que torna possível a transferência imediata de dados —, máquinas, sensores e dispositivos não só dão eficiência e agilidade aos processos como auxiliam nas adaptações para geração de alto valor agregado.

Motivados pelas tendências para o agronegócio em 2023, apresentamos este artigo com algumas formas pelas quais a indústria brasileira agrícola pode avançar!

Tecnologia é central no panorama do agronegócio em 2023

Segundo o estudo “O Agro no Brasil e no Mundo, edição 2022”, realizado pela Embrapa, o Brasil exporta alimentos produzidos para mais de 200 mercados em todo o mundo. 

A identidade brasileira como potência mundial na balança agrícola foi alcançada graças à criatividade dos produtores rurais e ao investimento em ciência e tecnologia.

Afinal, empresas de telecomunicações, indústrias de maquinários e insumos e instituições de pesquisa oferecem inúmeras soluções para o desenvolvimento econômico, social e ambiental do campo. 

Por isso, o futuro do agronegócio em 2023 depende não somente da abundância em recursos naturais, mas também da aplicação de tecnologias habilitadas pela alta cobertura de conectividade. 

Os ativos oferecidos pela natureza — como solo fértil e água — não garantem por si só a competitividade brasileira em um mercado mundial cada vez mais exigente.  

Imagem ilustrativa Tendências e desafios para agronegócio em 2023
Créditos: This is Engineering RAEng —Unsplash

Logo, devemos pensar na agricultura também como uma atividade científica e tecnológica, com o objetivo de entregar produtos de qualidade com custos menores e processos sustentáveis.

Padrões combinados como o 4G em 700 MHz e a Internet das Coisas (NB-IoT) possibilitam a leitura e análise de dados consolidados, seja da sede da fazenda ou da cidade. 

Assim, a agricultura de precisão aumenta os rendimentos por meio da gestão eficiente de irrigação e de pulverização, da captação de imagens e sobretudo do planejamento de safra.  

Quais são as tendências e os desafios para o agronegócio em 2023?

Chegando a este tópico, você conseguiu entender qual a relevância das tecnologias para a competitividade agrícola brasileira, certo? 

A partir disso, separamos algumas tendências (e de certo modo, desafios) para o agronegócio em 2023.

Aumento da cobertura 5G

Sem dúvidas, o ano de 2022 foi marcado pela chegada da rede 5G nas grandes cidades do Brasil.  A quinta geração promete um novo paradigma de conexão, levando em conta a maior velocidade na transferência de dados. 

Nos centros urbanos, esse padrão permitirá a otimização de transportes, de serviços financeiros e até mesmo da medicina.  No campo, a internet 5G aumentará a eficiência dos maquinários e a capacidade de realizar mais tarefas em menos tempo, com menor consumo de bateria.

Contudo, deve ser destacado que a estabilidade do sinal é um dos grandes entraves para o acesso à internet no campo. Mais de 70% das propriedades rurais vivem sem conectividade no país, de acordo com o estudo da ConectarAGRO em parceria com o Ministério da Agricultura.

Ademais, as frequências autorizadas para o padrão 5G demandam uma quantidade maior de antenas para cobertura, ocupando grandes extensões de áreas produtivas.

Por isso, ainda podemos considerar o 4G em 700 MHz como a tecnologia mais simples e barata a curto e médio prazo. A quarta geração é um padrão global habilitado nos diferentes dispositivos, sensores e maquinários, facilitando o uso aberto dos aparelhos. Além disso, é uma rede mais consolidada em pequenas cidades.

Rastreabilidade de produtos 

A rastreabilidade de produtos agrícolas é importante para indicar um inventário contínuo da produção.

Munida de dados, tal atividade torna a cadeia produtiva completamente transparente. Com a aplicação das tecnologias para sincronização de informações, qualquer pessoa poderá saber a origem dos alimentos e em quais condições eles foram produzidos. 

Em resumo, é uma importante prática de ESG (governança ambiental, social e corporativa, em tradução do inglês), visto que tanto a indústria quanto a sociedade demandam por ações em prol do bem coletivo.

Vale lembrar também que a rastreabilidade é importante para a vida útil de um modelo de negócio, pois ela traz alto valor agregado.  

Café Santa Emília — fazenda de café participante no projeto ConectarAGRO-UFV —, por exemplo, indica o tipo de grão plantado e a localização do plantio. Com esses dados, os consumidores de cafés especiais têm uma visão detalhada sobre o produto. 

Diminuição de impactos ambientais 

De modo geral, o agronegócio se preocupa cada vez mais com a sustentabilidade. O Programa Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC), por exemplo, oferece uma linha de crédito para financiar práticas sustentáveis no agro. 

Neste caso, tecnologia e conectividade auxiliam na diminuição dos impactos ambientais. O cruzamento de dados apresenta indicadores exatos sobre o tempo ideal e a quantidade de água, fertilizante e defensivos a utilizar. Ou seja, menos desperdícios!

Dentro do guarda-chuva sustentável, ainda podemos pensar na economia circular, a qual aproveita todos os recursos ao longo da cadeia produtiva. Dessa forma, podemos produzir ao máximo utilizando menos insumos da natureza. 

E para você, quais as principais tendências e desafios para o agronegócio em 2023? Não deixe de comentar nosso post!

Tecnologia na agricultura: vantagem para a competitividade do agronegócio

Imagem ilustrativa tecnologia na agricultura

É fato que a tecnologia na agricultura torna a produção ainda mais eficiente e menos custosa para seus administradores, visto que o uso de dados permite tomadas de decisões assertivas. 

Apesar do agronegócio representar cerca de 27% do PIB brasileiro, muitos agricultores enfrentam dificuldades para utilizar as tecnologias dos maquinários devido à falta de conectividade nas áreas rurais. 

Ou seja, o campo é um protagonista de nossa economia, mas ainda necessita passar por uma série de transformações tecnológicas, sociais, ambientais e mercadológicas para manter a oferta para uma demanda crescente. 

Logo, qual o caminho para tornar o agro conectado e, por extensão, inovador? 

De acordo com o relatório da Visão da Inovação e Competitividade do Agronegócio, divulgado pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), o principal pilar estratégico está nas políticas públicas para criação de alto valor por meio das tecnologias 4.0. 

Outra ação fundamental apontada é a expansão de cobertura, velocidade e estabilidade na comunicação de dados para sedimentar a competitividade do mercado agrícola. 

Motivados por este cenário e pela discussão realizada durante a ABAG Talks com a presidente da ConectarAGRO, Ana Helena de Andrade, preparamos este artigo sobre o tema! Confira abaixo.

Qual a tecnologia de telecomunicação mais adequada às necessidades dos agricultores?

A agricultura brasileira desponta com a utilização de tecnologias avançadas. Entretanto, ainda segue com um ambiente de infraestrutura deficitária. Isso porque existe uma falta considerável de telecomunicações e conectividade nos locais onde as máquinas trabalham.

Em outras palavras, as tecnologias na agricultura existem a partir de painéis e sensores embarcados, entretanto os dados são subutilizados por falta de rede nesses espaços. Seja um sistema de rastreamento, mapa de plantio ou coleta de dados, é a internet rural que permitirá a sincronização e consolidação das informações.  

Para superar um gargalo que produtores rurais de outros países competitivos não experimentam, empresas de diferentes áreas se reuniram para propor soluções pela cobertura em áreas rurais e remotas. 

Este é o caso da ConectarAGRO, associação sem fins lucrativos que possui um único propósito: promover as telecomunicações no campo para que a produtividade agrícola se torne ainda mais acelerada.  

Entre as tecnologias regulamentadas pelo Governo Federal, o 4G em 700 MHz se apresenta como a ferramenta mais aderente às necessidades dos agricultores, permitindo novas oportunidades e modelos de negócios.  

A frequência tem como vantagem não ter restrições geográficas, o que permite que o sinal atinja uma área de até 35 mil hectares com uma única antena

Imagem ilustrativa tecnologia na agricultura
Créditos: Globo Rural

Trata-se de uma tecnologia aberta/interoperável, simples e intercambiável entre máquinas. Além disso, o 4G em 700 MHz pode ser combinado com a Internet das Coisas (NB-IoT), padrão utilizado para a comunicação entre sensores que não demandam um alto volume de transmissão de dados.

Para fins de exemplo, a articulação realizada pela ConectarAGRO ajudou a promover cerca de 12 milhões de hectares nas áreas rurais e remotas do Brasil até o momentoOs números atingidos beneficiam mais de um milhão de pessoas em 485 municípios de 12 estados diferentes! 

De que forma os pequenos produtores estão inseridos no contexto de tecnologia na agricultura? 

O investimento em tecnologia na agricultura proporciona um ciclo virtuoso no qual se altera positivamente o desenvolvimento de cidades com poucos habitantes e com pequenos agricultores que ainda focam na subsistência. 

Se antes a produção rural era baseada no conhecimento empírico repassado de geração em geração, agora a tecnologia digital é latente, tornando os processos de gestão mais dinâmicos e assertivos. 

Para tanto, o papel das cooperativas na viabilização da agricultura digital é essencial. Com um plano claro de desenvolvimento, tais organizações difundem a tecnologia e infraestrutura por meio de treinamentos e compartilhamento de informações.

As ações coletivas entre proprietários associados pelas tecnologias na agricultura conferem oportunidades de empreendedorismo, aumento de renda e, em consequência, desenvolvimento maior nas regiões remotas.

O foco na inovação traz inúmeros retornos sob uma pequena demanda por investimento. Para fins de exemplo, o custo para instalação de uma antena 4G vai de um quarto a meia saca de soja por hectare – de R$ 45 a R$ 95, em média.

Tecnologia na agricultura passa pelo fomento às políticas públicas 

É certo dizer que o 4G em 700MHz proporciona diferentes aplicações, como uso de controle de propriedade e monitoramento de aves e suínos. Do ponto de vista social, também conecta unidades básicas de saúde e escolas localizadas em áreas remotas e rurais. É o que apontam os especialistas presentes neste bate-papo da ABAG:

Necessário destacar, entretanto, que a alta cobertura no campo depende não só de ações privadas, mas sobretudo de políticas públicas que incentivem a criação dessa infraestrutura.  

O Leilão 5G foi um importante marco nesse sentido, pois foi realizado mediante a contrapartida de coberturas com 4G em 700 MHz em áreas remotas. A quarta geração apresenta recursos que podem ser plenamente utilizados pelos agricultores, ampliando as possibilidades para novos modelos de negócios. 

O Fundo de Universalização das Telecomunicações (Fust) também deve ser considerado neste pacote, pois ele objetiva levar os serviços de telefonia e internet a regiões isoladas e com infraestruturas inadequadas ou inexistentes.

Para saber mais a respeito da revolução digital no campo, continue em nosso blog e nos acompanhe nas redes sociais.

ESG no agronegócio: de que modo as tecnologias no campo viabilizam as práticas sustentáveis?

Imagem ilustrativa ESG no agronegócio

Frente às demandas do mercado por desenvolvimento de cadeias produtivas conscientes e sustentáveis, o ESG no agronegócio passou a ser uma das palavras de ordem no campo brasileiro. Estamos falando de práticas voltadas à governança ambiental, social e corporativa dentro do setor agrícola. 

Considerando a necessidade de alimentar uma população mundial crescente e, por outro lado, as mudanças climáticas que podem comprometer a produtividade rural, é certo dizer que o tripé ESG veio para ficar.

Atente-se a este cenário: de acordo com a Embrapa, o agro brasileiro alimenta mais de 800 milhões de pessoas ao redor do mundo. Por outro lado, um estudo do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG) indica que o setor foi responsável por 72% das emissões de gases de efeito estufa em 2019. 

Para resolver tal impasse e concretizar a liderança do Brasil no mercado do futuro, os administradores rurais devem focar nas mudanças importantes no setor. Esse alinhamento é possível graças aos benefícios do investimento nas telecomunicações e tecnologias agrícolas. 

O que é a sigla ESG?

A sigla ESG vem do inglês e significa environmental, social and governance (em tradução livre, ambiental, social e governança). Seu uso nas esferas políticas e econômicas foi consolidado com o relatório lançado em 2004 pela Organização das Nações Unidas (ONU), chamado “Who Care Wins” (“Ganha quem se importa”).

Fato é que, desde então, os pressupostos do ESG servem para desenvolver cadeias produtivas sustentáveis do ponto de vista ambiental, econômico e social. Eles mensuram como as organizações realizam suas atividades com o menor impacto possível no meio ambiente e com processos administrativos transparentes e igualitários.

Mais do que uma mera tendência, o ESG é resultado de uma intensa demanda da indústria e dos consumidores por maior responsabilidade em suas produções. Ou seja, não basta mais oferecer um produto de boa qualidade, é fundamental demonstrar os esforços de sua empresa em prol do bem coletivo!

Não por acaso, um estudo realizado pelo Google, Mindminers e Sistema B Brasil indicou que as buscas pelo termo ESG aumentaram dez vezes nos últimos dois anos. Já para importantes debatedores no Congresso da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), investir em tais práticas é uma vantagem competitiva para o mercado agrícola brasileiro. 

Quanto ao pilar social, por exemplo, a ConectarAGRO vem colocando em prática o Formação Conectada, projeto educacional realizado em colaboração com diferentes organizações que contribuem para o desenvolvimento humano. Em articulação com a Fundação André e Lucia Maggi (FALM), a parceria foca no aperfeiçoamento técnico de profissionais do campo e também na educação tecnológica inserida nas escolas rurais brasileiras.

Além disso, ações governamentais como o Plano ABC, lançado pelo Governo Federal em 2010, seguem como uma das principais bases para ações sustentáveis a partir das tecnologias agrícolas. Incluem-se, de forma prática, os esforços pelo aumento da biodiversidade, uso racional de recursos hídricos e de fertilizantes e sequestro de carbono. 

Qual a importância da tecnologia para o ESG no agronegócio?

Conforme mencionamos acima, o ESG no agronegócio é viabilizado diretamente pela digitalização do campo.  Isso porque as tecnologias agrícolas proporcionam uma sustentabilidade concreta e mensurável.  

Imagine uma fazenda conectada que, por meio de sensores e dispositivos, coleta dados agronômicos em tempo real durante 24 horas por dia. Com informações sobre os processos, os produtores utilizam apenas a quantidade necessária de seus recursos nas plantações, evitando desperdícios e diminuindo aplicações que geram gases de efeito estufa.

Do mesmo modo, as análises preditivas a partir do GPS agrícola, por exemplo, apresentam as áreas exatas que estão assoladas por pragas e doenças. Nesse cenário, o uso de defensivos é localizado, diminuindo o uso geral de substâncias que possam afetar o consumidor final e o meio ambiente. 

Imagem ilustrativa ESG no agronegócio
Créditos: Superbid

Além da perspectiva ambiental e social, a atenção ao ESG no agronegócio faz parte da longevidade de uma empresa: tais ações modernizam as cadeias produtivas da sua fazenda, gerando alto valor agregado por meio de certificações e selos sustentáveis conquistados.

O princípio da rastreabilidade — ou seja, apresentar qual a origem de seus produtos — também garante incentivos financeiros a sua empresa. Para exemplificar, as instituições financeiras concedem taxas de juros menores e maior acesso ao crédito aos produtores alinhados às causas ESG.

Ações conectadas e boas práticas ambientais: confira 2 formas de utilizá-las em sua propriedade 

No mundo da agricultura de precisão, os dados são ativos fundamentais para a produtividade e economia de uma fazenda. Essa definição se estende também às ações ligadas ao E da sigla ESG — ou seja, o eixo ambiental.

Por isso, aqui vão duas formas pelas quais podemos realizar ações sustentáveis. Lembrando que elas são habilitadas pelo pleno acesso a redes simples, interoperáveis e de fácil acesso, conforme promove a ConectarAGRO.

  • Gestão inteligente de irrigação: uso de sensores

A irrigação inteligente se caracteriza pelo monitoramento contínuo sobre a quantidade necessária de água para que uma plantação tenha um desenvolvimento saudável. Esse cuidado é de extrema importância, já que o seu uso em excesso pode gerar gasto de energia elétrica, desperdício e até mesmo problemas de nutrientes no solo. 

Por meio do padrão NB-IoT, os administradores podem investir em sensores capazes de coletar dados sobre a umidade do solo, programando horário e duração das regas até quando for necessário.

Alguns modelos compilam informações como temperatura, radiação solar, umidade e velocidade do vento.

  • Gestão de pulverização: automatização de máquinas

Uma boa técnica de pulverização leva em conta a classificação de doenças e principalmente a extensão das infestações. Além disso, as aplicações devem ser eficientes para o objetivo final ser alcançado. 

Nesse sentido, a automação de máquinas torna a deposição de defensivos mais assertiva por meio do controle variável. Os componentes das máquinas, como reguladores de pressão dos motores hidráulicos e elétricos, também tornam o processo mais sustentável e menos custoso. 

E você, já ouviu falar sobre a sigla ESG? Deixe nos comentários e continue em nosso blog!

Entrevista com Erika Michalick, líder do projeto educacional Formação Conectada

ConectarAGRO: Segundo relatório do TIC Educação, quase metade das escolas brasileiras em áreas rurais seguem sem acesso à Internet. Outro desafio apontado pelo estudo é a falta de habilidade dos professores para realizar atividades educacionais com os alunos por meio do uso de tecnologias. Pensando nesse contexto, de que modo o Formação Conectada busca preencher tais lacunas na educação rural? 

Erika Michalick: Este é um desafio da Educação como um todo. Segundo dados da Unesco, na pré-cúpula da educação transformadora em 2022, muitos serão os esforços para conseguir levar o desenvolvimento à área escolar. Dentro desses impasses, a atratividade e o uso da conectividade são pautas constantes na transformação. O Brasil e suas diversas realidades vêm apresentando tais discussões em todas as esferas. Observamos alunos e professores externalizando o desejo de inclusão digital, mas vemos também os desafios de estrutura e pedagogia. A Associação ConectarAGRO tem se colocado na pauta, trazendo as vantagens da internet no campo tanto para o produtor como para todo tecido social que está ao redor das localidades onde os equipamentos são instalados. Porém, não é só sobre acesso, é fundamental entender como e onde a conectividade deve ser explorada. As escolas precisam de infraestrutura desde a avaliação de sinal, equipamentos de distribuição, equipamentos de manuseio pedagógico — como computadores, tablets, entre outros recursos —, até a educação complementar aos professores de como inserir a tecnologia nas aulas para torná-las mais atrativas e estimuladoras aos alunos. 

ConectarAGRO: Considerando os objetivos do Formação Conectada, qual a importância da conectividade na educação de alunos das escolas rurais? Do mesmo modo, quais os principais impactos positivos na formação continuada dos educadores? 

Erika Michalick: Das grandes narrativas que encontramos nas escolas aonde chegamos, são alinhamentos dos professores para o uso da conectividade (como usar ferramentas) e para a integração das matérias cotidianas dos alunos. No caso do ambiente rural, a vantagem é a possibilidade das chegadas e atualizações dessas ferramentas por meio das comunidades online existentes para professores. Porém, temos que destacar que, para os alunos que

experimentaram aulas adaptadas do modelo tradicional para o virtual durante a pandemia, será preciso um letramento digital complementar a fim de engajar novamente o contexto escolar. Aqui, pontuamos técnicas e recursos extras para tornarmos atrativas as aulas presenciais. Recursos bem utilizados serão importantíssimos, e a formação continuada desse educador é fundamental. 

ConectarAGRO: De que forma o investimento do projeto em recursos tecnológicos e em capacitações voltadas a ferramentas digitais e práticas pedagógicas geram retorno econômico e social ao campo? 

Erika Michalick: Somente o futuro breve nos responderá na totalidade. Contudo, desde já sabemos que o tecido social formado e integrado à tecnologia gera mão de obra mais digitalizada, assim como inovação local em recursos que podem auxiliar toda a sociedade. Falamos de aplicativos, serviços online e até soluções para diversos problemas sociais, uma vez que o “campo” deve ser receptivo à produção criativa e inovadora. 

ConectarAGRO: É possível apontar os principais marcos e conquistas do Formação Conectada até o momento? Além disso, quais serão as próximas etapas para 2023? 

Erika Michalick: Para nós, os avanços de diálogos e investimentos para a inclusão de recursos em alguns estados têm sido uma surpresa boa. Esse será o desafio de alguns anos ainda. Diálogo multissetorial é e será fundamental para os avanços futuros. A escuta dos professores e alunos também nos trouxe grandes conquistas para a assertividade dos percursos formadores e dos recursos complementares dedicados à aceleração do desenvolvimento escolar. Para 2023, temos como metas a conclusão do piloto, o monitoramento dos resultados ao longo do ano e as atualizações necessárias. Acreditamos que a expansão dos projetos poderá ocorrer em breve. 

Com mais de 40 membros online, edição da Hora da Conectividade discute principais resultados do Convênio ConectarAGRO-UFV

Buscando apresentar os principais resultados de sua parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), a ConectarAGRO realizou, no final de janeiro, mais um encontro da Hora da Conectividade. Com o objetivo de discutir o real impacto da agricultura digital em pequenas e médias propriedades, o encontro on-line contou com a presença de Ana Helena de Andrade, presidente da Associação, e do professor e líder do projeto de extensão, Aziz Galvão

De acordo com Galvão, o Convênio ConectarAGRO-UFV visa criar instrumentos e aplicações que mensurem os benefícios da conectividade para a agricultura familiar e o controle financeiro de propriedades rurais, especificamente na Zona da Mata de Minas Gerais. 

Durante a primeira etapa do projeto de extensão, os alunos participantes aplicaram um questionário de diagnóstico e de percepção da tecnologia em uma amostra de 100 agricultores. Os principais resultados indicam que 85% das propriedades rurais visitadas possuem acesso à internet, sendo 49% delas conectadas por redes via rádio privadas. Ainda, 67% dos produtores utilizam as redes para compras de insumos. 

“Com uma média de 5 a 30 hectares, os agricultores utilizam a internet para acompanharem commodities e informações climáticas. O que também nos surpreende é a percepção do papel da conectividade para segurança e atendimento médico. Ou seja, aliamos a questão econômica ao impacto social”, apontou o líder do projeto. 

A segunda etapa dedicou-se à capacitação e desenvolvimento de materiais para a mensuração de rentabilidade das propriedades. Dessa forma, 25 produtores foram selecionados para coleta de inventário, análise de movimento de caixa e mapeamento da propriedade. 

“Nesse sentido, as ferramentas de agricultura de precisão nos auxiliaram na obtenção de mapas das áreas de produtividade. Também serviram de apoio para a análise do valor atual da terra por meio da declividade apontada por softwares de geoprocessamento”, explicaram os alunos integrantes da AgroPlus-UFV. 

Aplicativo de controle financeiro faz parte das próximas ações

A partir dos resultados analisados, o grupo de trabalho desenvolveu um aplicativo — ainda em fase de testes e protótipos — para que os agricultores tenham um controle financeiro e mensurem a rentabilidade de suas propriedades rurais. Os principais indicadores presentes no instrumento envolvem aspectos econômicos, de fluxo de caixa e de balanço patrimonial.  

Ainda segundo Aziz Galvão, o recurso de composição de custos deve ser prático e fácil: “a ideia é que seja um aplicativo simples, mas usado pelos pequenos e médios agricultores para terem uma visão econômica, financeira e contábil de suas fazendas”. Para Ana Helena de Andrade, “o principal aspecto do aplicativo é a explicação e o estudo das propriedades de pequena e média escala, as quais são responsáveis por levar o alimento ao nosso prato”. 

A próxima fase do Convênio ConectarAGRO-UFV compreenderá o amplo acompanhamento e a capacitação dos agricultores selecionados. Para isso, a Associação se organizará internamente entre suas associadas para a oferta de tecnologias que auxiliem na mensuração do impacto da conectividade nas áreas rurais.  

“Este projeto é um retrato fidedigno dos resultados que serão mais bem alcançados com a disponibilização das tecnologias de nossas empresas associadas e apoiadoras. Por isso, contamos com a colaboração de todas e todos”, finalizou Ana Helena de Andrade

Sua empresa faz parte da ConectarAGRO e gostaria de participar do projeto? Entre em contato nosso coordenador geral: caiquepaesdebarros@conectaragro.com.br.