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LoRa X Sigfox X NB-IoT: Qual opção escolher?

Os protocolos de comunicação da IoT, como LoRa, Sigfox e NB-IoT estão levando cada vez mais eficiência ao campo. São essenciais para transmitir a informação a um menor custo de conexão, menor consumo de bateria e taxa de transmissão.

Provavelmente você conhece os benefícios da Internet das Coisas (IoT) dentro do ambiente de produção agrícola: eficiência operacional, produtividade, novas experiências, geração de grande quantidade de dados e novos modelos de negócio. Para isso, redes como a Narrowband-IoT (NB-IoT), Sigfox e LoRa representam protocolos que estão rapidamente se popularizando entre empresas do agronegócio.

NB-IoT

Fonte: s2.glbimg

Com esses protocolos, a promessa é conectar praticamente tudo dentro do campo: desde um simples sensor de luminosidade até grandes máquinas agrícolas. Assim, por meio da IoT, o produtor terá facilidade, dinamismo e potencial para controlar diversas de suas atividades. 

Mas para que essa tecnologia se torne mais acessível, cabe à empresa rural entender quais são os vários protocolos de comunicação, ou seja, a linguagem que a IoT usará para se comunicar e/ou transmitir dados a um servidor, onde os dados serão tratados de acordo com a necessidade da aplicação. 

Elas são conhecidas como redes Low Power Wide Area (LPWA), tendo na NB-IoT, na LoRa e no Sigfox alguns exemplos que permitem conectar um dispositivo IoT à Internet. 

Mas você sabe quais são as características de cada um destes protocolos? E quais são as diferenças entre eles que indicam a recomendação de um ou outro protocolo? 

Continue acompanhando nosso artigo de hoje e descubra mais sobre estes protocolos de comunicação da IoT.

Protocolos de comunicação da IoT: Porque são tão importantes

Com o avanço tecnológico, a redução dos custos de fabricação e uso dos componentes eletrônicos viabilizou milhares de novos produtos e aplicações, como é o caso do rastreamento animal, monitoramento de lavouras no campo, drones, controle de iluminação, dentre outros. 

Neste novo contexto, o conceito IoT tem-se popularizado rapidamente. Segundo a instituição de inteligência de mercado Machina Research, no ano de 2025 o mundo terá aproximadamente 27 bilhões de dispositivos conectados, ante os 6 bilhões registrados em 2015.

Todo esse crescimento abre um espaço cada vez maior para desenvolvedores e novas empresas, inclusive no ambiente do agronegócio. No entanto, esse mesmo crescimento gera dúvidas sobre os caminhos a serem seguidos. Estes caminhos são abundantes, com suas escolhas podendo se situar tanto no campo de hardware ou  firmware, assim como na infraestrutura de rede e ferramentas de gerenciamento.

Um desses caminhos, talvez o mais importante, está relacionado à melhor estratégia para conectar uma enorme quantidade de dispositivos e sensores, ou seja, como realizar a transmissão de dados por meio de uma estrutura que seja confiável, duradoura e economicamente acessível?

A partir dessa necessidade, surgiram as redes Low Power Wide Area (LPWA). Cabe a essas redes conectar “coisas” através de redes com melhor cobertura, menor custo, além de menor consumo de bateria, fatores que ampliam o leque de soluções de IoT, especialmente no campo.

Fonte: enterpriseiotinsights

Vale ressaltar também que as redes LPWA se dividem em duas grandes categorias: 

  • Com frequências não licenciadas, onde destacam-se LoRa® e Sigfox; 
  • Com frequências licenciadas, tendo como principal representante a NB-IoT.

O grande benefício de operar em frequências licenciadas é não sofrer interferências.

Principais características das redes LPWA: NB-IoT, Lora® e Sigfox

Como já citamos, as redes Low Power Wide Area (LPWA) surgiram com o propósito de conectar milhões de “coisas” que possuem menor valor agregado, com redes de melhor cobertura, menor custo de conexão e menor consumo de bateria, ampliando o leque de soluções de IoT.

Assim, dentre essas redes que oferecem maiores possibilidades, as mais importantes são NB-IoT, LoRa® e Sigfox, que possibilitam a conquista de objetivos semelhantes, mas com características distintas entre si. Veja mais sobre cada uma dessas redes a seguir.

NB-IoT (Narrow Band IoT, ou Banda Estreita para Internet das Coisas)

Esse tipo de tecnologia se destaca por prover uma rede de grande alcance e com baixo consumo de energia, sendo essas características essenciais para conectarmos “coisas” de qualquer natureza ou necessidade, como já citamos neste conteúdo exclusivo sobre o tema.

Sendo assim, a NB-IoT opera dentro do padrão LTE licenciada (Long Term Evolution) que funciona:

  • Independentemente;
  • Nas bandas de 200 kHz não utilizadas e que foram usadas anteriormente para GSM (Sistema Global de Comunicações Móveis);
  • Nas estações base LTE, alocando um bloco de recursos para operações NB-IoT ou em suas faixas de guarda. 

A rede NB-IoT funciona de forma complementar à rede 4G, fazendo com que o alcance da rede possa ter em média distâncias entre 2,5 a 3 vezes a distância alcançada pela rede 4G/LTE.

Por isso a NB-IoT é recomendada para projetos que abrangem grandes áreas, mas que não demandam um alto volume de transmissão de dados, como é o caso dos variados sensores e medidores presentes em lavouras agrícolas. Você pode conferir a explicação no vídeo abaixo, apresentado por Armando Lucrecia, especialista em IoT.

Dessa forma, a NB-IoT é uma rede recomendada para dispositivos, ou “coisas”, que não exigem um alto volume de transmissão de dados, mas que, ao mesmo tempo, exigem alto alcance de cobertura.

LoRa® (Long Range Network)

A rede LoRa é uma solução sem fio sub-GHz em frequência não licenciada que endereça demandas para conexão entre dispositivos para aplicações de baixo consumo, longa distância (em alguns locais é possível conseguir 15 a 20 km, caso do campo) e baixo custo de infraestrutura.

Dessa forma, a rede LoRaWAN, cuja propriedade é da empresa Semtech, utiliza as bandas ISM (Industrial, Scientific and Medical), responsáveis pela transmissão de dados dos IoTs. Essas bandas são caracterizadas como frequências não licenciadas que variam entre 6MHz até 244GHz (não sequencialmente e, sim, em intervalos definidos).

No Brasil, a frequência adotada para a transmissão dos dados por meio da LoRaWAN foi o intervalo de 902MHz-928MHz, exceto por algumas frequências desse intervalo que são de uso exclusivo para celulares.

Especificamente para o agronegócio, os data points (onde acontece parte do processamento dos dados) para análise tendem a estar consideravelmente distantes do local da operação. Assim como a NB-IoT, o fato da LoRa ser uma rede Low Power Wide Area (LPWAN) facilita a implementação de IoT no campo.

Sigfox

Com o mesmo propósito das redes anteriores, o protocolo Sigfox foi desenvolvido por uma empresa francesa (de mesmo nome, Sigfox), com o objetivo de prover conectividade global para IoT. 

O Sigfox é indicado para aplicações mais simples, que não exijam muita troca de mensagens e com poucos dados, como dispositivos de monitoramento e sensores, que geralmente mandam somente um status sobre determinada condição diariamente.

Vale ressaltar ainda que o alcance de uma rede Sigfox é de aproximadamente 10km em áreas urbanas, já nas áreas rurais é de 40km. Esse é um alcance considerável, sendo, por isso, interessante para o monitoramento de lavouras.

Qual tecnologia ideal para os meus projetos de IoT?

Você pretende iniciar um projeto de IoT em sua empresa rural? Se sua resposta é sim, você precisa definir alguns pontos de forma prévia:

  • Qual é a necessidade de uso?
  • Qual a estrutura da aplicação?
  • Onde essa estrutura será implantada?
  • Qual o nível de complexidade do projeto?
  • Qual é o tipo de tecnologia do protocolo?

Assim, a definição de qual protocolo se comporta da forma mais adequada vai depender da análise de várias características do projeto em questão. De modo geral, todas reduzem significativamente o consumo de energia dos dispositivos, além de permitir conexões a longas distâncias.

Diante de tudo isso, para evitar erros e até trabalho excessivo com um maior custo, conhecer os protocolos se torna uma vantagem na hora de realizar a melhor escolha.

Fonte: blog.techdesign

Os protocolos Sigfox e LoRa, por exemplo, são proprietários, ou seja, por serem privadas,  precisam construir suas próprias redes de comunicação que irão cobrir a maior área possível, então sua disponibilidade depende da cobertura destas redes particulares.

Mesmo com suas redes em crescimento, a cobertura da LoRa e da Sigfox ainda é muito menor do que as de protocolos como NB-IoT que faz uso do padrão 3GPP (3rd Generation Partnership Project – uma organização global que visa padronizar a criação, envio e reprodução de arquivos).

É importante que fique claro que não basta ter cobertura 4G, sendo necessário também que a(s) operadora(s) habilitem também a NB-IoT. Se a escolha for uma das tecnologias privadas (Sigfox ou Lora), haverá a necessidade de consultar as empresas criadoras dessas tecnologias para saber se a região interessada está coberta pela rede de comunicação.

Além da questão relacionada à cobertura, o tipo de tecnologia do protocolo – proprietária ou padrão 3GPP — também é importante, pois indicará se haverá a necessidade de realizar o processo de homologação do produto.

Conclusão

Para colocar em prática seus projetos que envolvem Internet das Coisas, as empresas do agronegócio nacional devem fazer uma série de questionamentos sobre todas as camadas do projeto: hardware, software, servidores e principalmente a forma com que a informação chegará até o servidor. 

O presente artigo comentou três redes LPWAN: LoRa®, Sigfox e NB-IoT. Cada uma destas redes tem suas particularidades e características que se adequam a diferentes cenários. Sendo assim, a escolha adequada deve se basear na avaliação do custo de infraestrutura, serviço mensal, gerenciamento de dispositivos e cobertura de área, além do custo de hardware.

Por fim, é importante citar que haverá espaço para a coexistência de vários tipos de rede, e que, no futuro, a conectividade das atividades relacionadas ao agronegócio também será caracterizada pela valorização da diversidade.

Drones Agrícolas: saiba quanto investir para adquirir

Drones agrícolas estão revolucionando o agronegócio brasileiro. Eles representam uma tecnologia que veio para ficar, tanto que são encontrados para as mais variadas soluções, nos mais diversos formatos, tamanhos e funcionalidades.

É fato que o uso de drones agrícolas é uma realidade que transformou a vida de produtores e profissionais da área rural. Afinal, com as informações obtidas a partir do monitoramento realizado por estes dispositivos, é possível tomar decisões baseadas em informações reais, otimizando os resultados.

Para entender melhor sobre o que são drones agrícolas, você pode consultar este artigo que já escrevemos por aqui em nosso blog. Mas, se você tem interesse em saber quanto custa um drone, acompanhe com a gente o conteúdo de hoje. Boa leitura!

Quanto custa um drone agrícola?

Uma dúvida bastante comum entre produtores rurais está relacionada ao real custo para adquirir e operar um drone na agricultura. Mas a resposta para essa questão é: Depende!

A explicação é simples: como existem diferentes tipos de drones (asa fixa, asa rotativa, para imagem, para pulverização, com ou sem câmera, movido a combustão ou a bateria), o valor de um drone pode mudar drasticamente no mercado especializado.

Começando pelos drones para imagem, monitoramento e controle de lavouras. Esses drones agrícolas podem ser adquiridos por um valor que varia entre R$2.000,00 e mais de R$50.000,00, quanto mais caro, maior tende a ser sua capacidade voo, alcance e resolução (qualidade) das imagens.

drones agrícolas

Fonte: Embrapa

No que se refere aos drones agrícolas de pulverização, a faixa de preço tende a variar ainda mais. Partindo de tipos mais simples, você pode conseguir comprar alguns modelos por volta de R$70.000,00.

Assim como os drones de imagem, um drone pulverizador tende a apresentar melhores características à medida que seu preço sobe, como maior capacidade de transporte, duração de voo, robustez, tecnologia e sensores embarcados. Alguns modelos de drone de pulverização podem ultrapassar o valor de R$200.000,00 no Brasil.

Pulverização com drones agrícolas: Você sabe quanto custa?

A pulverização com drones agrícolas é uma solução que vem se difundindo rapidamente no Brasil, sendo adotada em quase todas as culturas agrícolas e cenários de terreno possíveis.

Embora existam alguns aventureiros comprando drone e buscando fazer as aplicações por conta própria, com as novas exigências legais por parte do Ministério da Agricultura (MAPA) e todo o arcabouço de conhecimento tecnológico necessário para operar um drone pulverizador agrícola, é mais fácil, seguro e barato, contratar um serviço especializado em pulverização com drones agrícolas. 

Dependendo da realidade da cultura e de outros fatores como tamanho da área, número de obstáculos e distância de acesso à propriedade, uma pulverização com drone pode custar de R$150,00 até R$500,00 por hectare. No vídeo abaixo você conhecerá melhor o trabalho de um drone pulverizador em ação.

Apesar de inicialmente parecer caro, você pode colher os diversos benefícios que a pulverização com drones agrícolas traz consigo, como economia de tempo, redução de perdas e desperdício por amassamento e deriva, qualidade de vida e, entre outros.

O que é preciso para ter um drone?

Possuir um drone pode ser uma boa alternativa a depender da frequência de uso e para qual fim você está realmente procurando utilizá-lo. De maneira geral, não é necessária muita experiência para ter um drone. 

Hoje em dia, drones agrícolas são embarcados com diversos sensores que auxiliam no seu comando, além de contarem com softwares intuitivos que são user friendly (amigo do usuário, em tradução livre). Ou seja, a princípio, qualquer pessoa pode operar sem muitas dificuldades. 

Claro que guiar a Aeronave Remotamente Pilotada é apenas um dos passos. O estudo e a experiência vão permitir com que você tenha mais confiança em pilotá-lo.

drones agrícolas

Fonte: g1

É importante lembrar que os drones são classificados em 3 categorias distintas aqui no Brasil, como já falamos neste conteúdo aqui. Cada classe de drone tem uma certa exigência de registro para com os órgãos de regulamentação e fiscalização.

No caso de drones classe 3 (de 250 g até 25 kg), o registro das aeronaves e dos pilotos é simplificado para os voos VLOS (onde o piloto tem contato visual com a aeronave durante todo o tempo de voo). Ou seja, o processo de registro é autodeclaratório e pouco burocrático, diretamente no site da ANAC.

Vale lembrar que a ANAC fornece uma página especialmente desenvolvida para que as pessoas possam se informar mais sobre esta etapa, e você pode acessá-la diretamente neste link.

Além disto, por também serem aeronaves, os voos com drones agrícolas precisam ser solicitados e registrados junto ao órgão de controle do espaço aéreo brasileiro, o DECEA. Assim como a ANAC, o DECEA tem uma área dedicada aos operadores de ARPs no site oficial, que pode ser acessada aqui.

Independentemente do tipo de aeronave e do voo, fazer uma checklist para garantir que esteja tudo certo é fundamental. Essa lista engloba:

      Drone em plena condição de voo e com manutenções em dia;

      Piloto e aeronave devidamente registrados e certificados;

      Drone homologado na ANATEL;

      Autorização para voo junto ao DECEA;

      Seguro RETA (obrigatório);

      Condições de voo adequadas para operação;

      Demais itens que dependem de cada drone e operação.

Qual o melhor drone para agricultura?

drones agrícolas

Fonte: Technology Review

Não existe uma resposta certa para esta pergunta. O melhor drone agrícola depende muito da sua necessidade e também do seu orçamento disponível, é claro.

Embora seja possível encontrar bons drones agrícolas por valores abaixo de R$ 5.000,00, a maioria dos drones que entregam melhores resoluções de imagem e tempo de voo em um âmbito mais profissional passam da faixa de R$10.000,00!

Agora, se você quiser drones para pulverização, saiba que os melhores equipamentos são geralmente importados e custam acima de R$100.000,00.

É importante entender que o melhor drone é aquele que melhor atende a sua necessidade e orçamento e, por isso, deve ser escolhido com muita sabedoria e pesquisa!

Como é a operação de drones? Preciso de um especialista?

Como já falamos anteriormente, de maneira geral, a operação de um drone não exige muita experiência, ainda que a prática torne os voos cada vez mais seguros, estáveis e padronizados.

No entanto, certas operações com drones agrícolas exigem um especialista ou o acompanhamento técnico de alguém habilitado para operar determinado tipo de voo, ou aeronave.

drones agrícolas

Fonte: Globo Rural

É o caso, por exemplo, das aeronaves que realizam voos além da visada visual, os famosos voos BVLOS. Neste tipo de voo, o piloto não tem contato visual direto com a aeronave durante todo o período do voo e precisa de habilitação especial da ANAC para operar (tanto o piloto quanto o drone).

Outro caso são os drones pulverizadores. Embora esteja cada vez mais fácil comprar um drone de pulverização e a gama de modelos e preços disponíveis no mercado seja muito maior que há 2 anos, com a regulamentação da atividade no Brasil, passou a ser obrigatório contar com um Aplicador Aeroagrícola Remoto (AAR), uma pessoa que acompanha e auxilia o piloto (e também pode acumular esta função) durante as operações de pulverização com drone no Brasil.

A publicação da portaria de nº 298 de 22 setembro de 2021 trouxe a formação mínima necessária para acompanhar operações de pulverização com drones. O AAR deve ser certificado no Curso para Aplicação Aeroagrícola Remota – CAAR, homologado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA.

É importante saber que muitos drones já são homologados na ANATEL e o registro deles na ANAC é muito simplificado. Mas, para situações mais específicas, vale muito a pena contar com um profissional qualificado para te atender!

Conclusão

Certamente os drones vieram para promover uma grande mudança na forma como trabalhamos no agronegócio. Muitos até ousariam dizer que o drone é um novo canivete no bolso dos profissionais do campo, pois está se tornando uma ferramenta insubstituível e essencial. 

De qualquer forma, drones agrícolas variam (e muito) de preço, podendo ultrapassar a casa dos R$300.000,00 em alguns modelos, dependendo da sua aplicação e disponibilidade. 

Você já possui um drone? Conhece alguém que já usou um?

Queremos saber qual foi a sua experiência com drones na sua propriedade!

 

ConectarAGRO realiza ciclo de palestras durante a Expointer 2022

A ConectarAGRO integrou um ciclo de palestras sobre telecomunicações e telemetria no campo durante a 45ª Expointer, feira realizada entre os dias 23 de agosto e 03 de setembro em Esteio-RS. Apresentada no estande do Banco do Brasil, a Hora da Conectividade contou com a participação do membro da Associação, Ravel Dagios, e do líder do Comitê Técnico, Ricardo Graça. 

Durante a apresentação de conceitos básicos sobre tecnologias no campo, a conectividade foi destacada como habilitadora da produtividade agrícola e da integração de agricultores à vida urbana. ”Entre os diversos benefícios da conectividade no campo, podemos destacar o monitoramento de dados, o acesso às novas tecnologias e até mesmo a educação técnica e formal dos produtores rurais”, apontou Ricardo Graça.

De acordo com o porta-voz, entre as redes que viabilizam as tecnologias sem fio embarcadas nas máquinas e tratores, o 4G em 700MHz é a opção mais aderente às necessidades das propriedades rurais. Isso porque é um padrão aberto, acessível e simples em que tanto o grande quanto o pequeno produtor podem operá-lo, pois utilizam o mesmo sinal já existente das cidades.  

“O 4G em 700MHz suporta a comunicação de videochamadas, voz e arquivos. Por ser 100% digital, é utilizado no acompanhamento de dados em tempo real, no monitoramento climático e no uso de drones on-line”, pontua Graça

Outro padrão de tecnologia citado é o NB-IoT: “Em conjunto com o próprio 4G, a Internet das Coisas conecta os sensores das máquinas, fornecendo telecomando e análise de dados a longa distância sob uma bateria de alta duração. Logo, a agricultura de precisão resulta em novos modelos de negócios competitivos”, complementou o porta-voz. 

São essas estruturas que tornam possível a telemetria em máquinas agrícolas, assunto da palestra realizada por Ravel Dagios. Segundo o membro da ConectarAGRO, a tecnologia refere-se à consolidação e medição de dados de interesse para os operadores, como o consumo de combustível, a distância percorrida pelos maquinários, a temperatura do motor e a localização do veículo.

Para Dagios, “a telemetria permite o gerenciamento das operações de qualquer lugar a qualquer instante, garantindo um aperfeiçoamento das cadeias produtivas e do monitoramento de desperdício da produção”. Tal otimização é fundamental em um cenário no qual observamos o aumento da população mundial e, consequentemente, a alta demanda por alimentos. 

Nesse sentido, a AGCO Connect apresenta-se como uma solução de gerenciamento de frotas agrícolas. Com o uso de sensores, o sistema fornece a uma variedade de sinais de dados para os clientes e técnicos de serviço, como tempo de atividade e ociosidade das máquinas, horas de trabalho e velocidade média dos veículos. Sob uma interface facilitada, as recomendações podem ser acessadas no portal web e no aplicativo de celular — o qual está disponível para Android e IOS.  

“Ao consolidar dados telemétricos, a AGCO Connect melhora a eficiência operacional do cliente e diminui os custos de produção. Graças ao nosso suporte proativo, a disponibilidade e a produtividade dos equipamentos são aumentadas”, elucida Dagios

Ainda de acordo com o porta-voz, o aplicativo reúne mais de 39.000 máquinas conectadas com telemetria e cerca de 10.000 logins a cada semana. Além disso, já foram enviados mais de 400 alertas proativos com informações de como proceder em um evento de máquina específico.

ConectarAGRO reforça parceria com Banco do Brasil no Metaverso do BB Day

Reforçando a parceria institucional com o Banco do Brasil, a ConectarAGRO esteve presente no Metaverso do BB Day, reunião anual do Banco do Brasil com investidores, analistas, clientes e demais partes interessadas para discussão das estratégias, negócios e resultados.

Realizado no dia 22 de setembro, o evento foi a primeira reunião pública com o mercado investidor a partir de uma experiência disponível no metaverso. A exposição contou com diversos porta-vozes do Banco do Brasil e espaços como Teatro, Espaço Jovem, Praça APP BB, BB e Sociedade, Ponte A5G, Agência BB, Loja BB, Atendimento Especializado e a Feira Agro, onde a ConectarAGRO apresentou sobre sua atuação na conectividade do campo.

Na Feira Agro, era possível ter acesso a produtos, serviços, informações e inovações voltadas para o universo do Agronegócio e a Associação expos os benefícios da conectividade, baseados em fatos e dados. 

“Estar presente no Metaverso do BB Day reforça nosso esforço e compromisso em incentivar a adoção da conectividade no campo, procurando sempre disseminar conhecimento, em todos os espaços possíveis. O agro conectado é mais produtivo. Nosso desejo é que cada vez mais produtores rurais estejam incluídos digitalmente e, consequentemente, socialmente.” afirma Ana Helena de Andrade. 

Ferramentas mais utilizadas na Agricultura Digital

Fonte: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/noticias/pesquisa-mostra-o-retrato-da-agricultura-digital-brasileira/agriculturadigital.jpg/@@images/eaac84c4-3d51-43c1-85d0-2a6a9ca955fc.jpeg

Na atualidade, a busca por maior conexão do produtor rural com a produtividade, desempenho e sustentabilidade de seu sistema de produção tem nome e se chama Agricultura Digital.

A digitalização da agricultura tem avançado significativamente nos últimos anos. Se antes esse processo era visto como uma tendência para o agronegócio, atualmente é cada vez mais utilizado por produtores, independente do porte ou nível de produtividade.

Uma prova disso é a recente pesquisa realizada pela Embrapa, juntamente com o Inpe e Sebrae, a qual indica que  84% dos agricultores brasileiros já utilizam ao menos uma tecnologia digital como ferramenta para a produção na sua propriedade.

E você, amigo leitor, faz parte desse nicho de produtores que têm apostado na digitalização de seus processos agrícolas? 

Convidamos você a conhecer as novas tecnologias que estão sendo inseridas nas propriedades rurais, além de quais são as ferramentas mais utilizadas para a produção agrícola.

O que é agricultura digital?

Com a necessidade de o setor agrícola acompanhar os avanços tecnológicos que já vinham ocorrendo em outras áreas, teve início o que chamamos de agricultura digital, também conhecida como Agro 4.0.

Assim como a indústria, o agronegócio faz uso de tecnologias para otimizar as atividades do campo por meio da conectividade e uso de ferramentas relativas à tecnologia da informação.

Essas ferramentas têm a função de coletar e analisar diversos dados referentes ao solo, clima, equipamentos, lavoura, entre outros. 

Com essas informações é possível entender as variabilidades que ocorrem dentro da propriedade e decidir sobre quais são as melhores soluções, sempre com base em um planejamento mais acertado.

agricultura digital

Imagem criada por jcomp – br.freepik.com

Por conta disso, uma vertente da agricultura digital é a agricultura de precisão. Por meio de informações mais precisas, o produtor consegue aumentar sua produtividade a menores custos, sem a necessidade de aumentar a sua área de cultivo.

Entre as principais ferramentas desse novo modelo de manejo temos:

  • Sistemas Integrados de Gestão;
  • Sensoriamento remoto;
  • Previsão climática;
  • GPS em máquinas agrícolas;
  • Informações de satélites com grande precisão;
  • Utilização de drones;
  • Controle detalhado de insumos e custos;
  • Sensores para identificação de pragas e problemas nutricionais.

Esse avanço no modo de produção vai de encontro aos desafios impostos ao setor pela alta na demanda por alimentos. A agricultura digital possibilita uma produtividade em larga escala, que permite suprir as necessidades do mercado.

Principais vantagens da agricultura digital

Se compararmos a agricultura digital com a agricultura dita convencional, podemos elencar algumas vantagens e benefícios que o processo de digitalização pode trazer ao campo.

  1. Otimização de processos 

O uso de sistema de gestão com a integração dos equipamentos favorece a otimização dos processos em toda a cadeia de produção, desde o plantio até a colheita. 

agricultura digital

Fonte: https://www.embrapa.br/documents/1355331/1528978/agricultura+digital+-+iStock/1d529d40-1206-d04c-e9a8-3a36d242b659?t=1587668524246

O produtor, ao ter conhecimento com relação aos maquinários, área trabalhada e implementos utilizados, pode monitorar as atividades e fazer um planejamento do trabalho.

Dessa forma, é possível saber quais áreas necessitam ou não de determinado manejo, como a aplicação de fertilizantes, por exemplo. Com isso, evita-se a repetição de uma área já aplicada, reduzindo custos e desperdício.

  • Aumento da produtividade

Com os dados obtidos por meio das tecnologias de agricultura digital, o produtor consegue ter um melhor aproveitamento do solo e de seus insumos. Isso possibilita obter um aumento de produtividade, com menos recursos utilizados e maior qualidade.

A utilização de sensores e outros dispositivos de inteligência artificial auxilia, por exemplo, no monitoramento de plantas em tempo real, podendo identificar as condições em que elas se encontram e quais são suas necessidades.

  • Redução de custos

Com a utilização da agricultura digital na lavoura, o produtor consegue ter uma percepção clara dos processos e resultados. Dessa forma, pode tomar decisões estratégicas que diminuem o desperdício e, consequentemente, os custos de produção.

Sendo assim, a agricultura digital chega para elevar a eficiência produtiva em aspectos que antes não eram perceptíveis. 

Tecnologias que viabilizam a agricultura digital

A agricultura digital tem revolucionado o trabalho dos produtores rurais por meio da utilização de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), bem como de sistemas operacionais em dispositivos e equipamentos e sensores que otimizam e automatizam o trabalho e a gestão dentro da propriedade.

agricultura digital

Fonte: https://www.embrapa.br/image/journal/article?img_id=51666628&t=1587586589183

Nesse processo são empregados métodos computacionais de alto desempenho para a consolidação da agricultura digital em um ambiente 4.0. 

Essas ferramentas permitem o processamento de um grande volume de dados que auxiliam o produtor no manejo e na tomada de decisões.

Entre as tecnologias que possibilitam a agricultura digital temos:

  • Conectividade entre dispositivos móveis;
    • Internet das Coisas: máquinas são conectadas à internet e acionadas com base em dados e informações recebidas por comandos via internet;
    • Inteligência Artificial: possibilita que máquinas possam “aprender como humanos”, fazendo com que possam atuar sem interferência humana;
    • Sensores de monitoramento: representados pelos sensores que são conectados em equipamentos, máquinas e no solo;
    • Big Data: armazenamento de dados em grande quantidade;
    • Veículos autônomos: Robôs, drones e máquinas que podem agir sozinhos, sem a necessidade de controle humano;
  • Computação na nuvem com proteção de dados.

Essas ferramentas, se utilizadas de maneira correta, podem auxiliar o agricultor a otimizar todo o processo de produção, aumentando sua produtividade e reduzindo as perdas. 

Aplicativos para aumentar a produtividade agrícola

A utilização de tecnologias associadas à agricultura digital está crescendo consideravelmente nos últimos anos e auxiliando a produção agrícola em diversos aspectos.

Essas ferramentas auxiliam o produtor na: 

  • Gestão da fazenda; 
  • Identificação de pragas e doenças que podem atingir as plantas; 
  • Aplicação correta e eficiente de fertilizantes e defensivos; 
  • Previsão do tempo e clima; 
  • Automação de máquinas, entre outras. 

agricultura digital

Fonte: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/54770717/pesquisa-mostra-o-retrato-da-agricultura-digital-brasileira

Veja a seguir alguns aplicativos que podem te ajudar na gestão da sua propriedade e no aumento da produção.

AccuWeather

O AccuWeather é um aplicativo que mostra a previsão do tempo em um período de até duas semanas, o que possibilita ao produtor prever as condições do tempo. O aplicativo também mostra relatórios em tempo real com diversas informações climáticas e alertas de tempestades. 

Guia InNat

O Guia InNat é um aplicativo gratuito e funciona em modo off-line, com imagens e informações sobre as características físicas e a atuação de agentes naturais de controle de pragas. 

Este aplicativo permite auxiliar agricultores e técnicos para que possam identificar insetos controladores naturais de pragas, de forma que possam mantê-los no sistema produtivo, beneficiando-se do controle biológico de forma isolada ou conjunta com outros métodos. 

Adama Alvo

O Adama Alvo é um aplicativo para tablets e smartphones, que conta com um amplo banco de fotos e informações referentes às plantas daninhas, pragas e principais doenças que atacam as lavouras brasileiras.

O produtor pode, com a utilização do Adama Alvo, identificar a um clique no smartphone os principais agentes causadores de perdas de produtividade de suas lavouras. Além disso, o app permite a interação do produtor com especialistas, podendo fotografar e enviar aos agrônomos qualquer problema não identificado no banco de dados. 

Agrointeli

A Agrointeli centraliza, integra e organiza várias fontes de dados da fazenda em um sistema completo. Atende todos os níveis de equipes agrícolas, gerando inteligência, automação e otimização de processos que economizam tempo e dinheiro.

Os dados são coletados por um algoritmo estatístico e são detalhados e específicos para cada área da fazenda. O sistema combina dados de imagens aéreas, sensores, dados de máquina, previsões do tempo, modelos agronômicos, pragas e doenças, organizando e aproveitando ao máximo recomendações adequadas para o agricultor em um único lugar. 

AgroMercado

Com o AgroMercado o produtor tem na palma da mão as cotações agrícolas brasileiras dos principais produtos, como milho, soja, arroz, feijão, sorgo, etc., além de preços de gado, suíno e frango.

Você tem a possibilidade de escolher algumas cotações favoritas, além de poder navegar pelas categorias com centenas de itens atualizados diariamente.

Conclusão

O agronegócio deverá movimentar 15 bilhões de dólares em 2021 no mundo todo, de acordo com estudo realizado pelas Nações Unidas. E boa parte desse sucesso é decorrente da agricultura digital, que está cada vez mais presente em propriedades rurais em todo o mundo, com grande crescimento no Brasil e no mundo.

Isso só é possível em virtude da implementação de tecnologias, com inovação, equipamentos automatizados, sistemas de gerenciamento e aplicativos que permitem melhorar a produtividade e reduzir desperdícios, agregando mais valor ao produto final.

Grandes empresas do setor estão investindo em tecnologias da agricultura digital. Isso faz com que esse tipo de solução se torne mais acessível para todos, dos grandes fazendeiros até os pequenos produtores.

E você, tem utilizado ferramentas da agricultura digital em sua propriedade rural? Conte pra gente!

 

NB-IoT: Veja como funciona e quais as suas características

https://www.valtra.com.br/espaco-valtra/sobre-a-valtra.html

A infinidade de sensores de Internet das Coisas (IoT), associada à coleta de uma grande quantidade de dados e sistemas de automação são tecnologias cada dia mais utilizadas no agro. Porém, para que todos os dispositivos tragam os resultados desejados, há a necessidade da adoção de uma tecnologia de conectividade de qualidade, tendo no NB-IoT uma excelente opção.

Por definição, NB-IoT é a sigla para “Narrowband Internet of Things”, ou seja, Banda Estreita para Internet das Coisas. Sendo assim, essa tecnologia é uma LPWAN (Low Power Wide Area Network – “redes de grande alcance com baixo consumo de energia”), cujo desenvolvimento permite a aplicação da Internet das Coisas em maior escala.

Basicamente, cabe ao NB-IoT realizar a cobertura de grandes áreas (como é o caso de lavouras do agro), mas que não demandam um alto volume de transmissão de dados (caso dos variados sensores utilizados no campo). Portanto, o NB-IoT impacta o produtor em várias vertentes do agronegócio.

Dessa forma, é importante entender o que é e como se dá o funcionamento desse tipo de tecnologia, assim como as características que fazem o NB-IoT ser fundamental para a implantação da internet das coisas dentro do agronegócio.

O que é o padrão NB-IoT?

Do ponto de vista técnico, o NB-IoT é um padrão de tecnologia de conectividade sem fio desenvolvido pelo 3GPP (3rd Generation Partnership Project), que é um organismo de padrões internacionais responsável por todos os principais padrões de telecomunicações móveis.

NB-IoT

Fonte: Startagro

A tecnologia de conectividade NB-IoT usa o mesmo espectro sem fio que a tecnologia 4G LTE, mas ao contrário dessa tecnologia e outros padrões de telecomunicações sem fio de gerações anteriores, o NB-IoT (junto com LTE-M) foi desenvolvido para oferecer boa conectividade especificamente para as tecnologias de IoT.

Assim, o NB-IoT é conceituado como um padrão de tecnologia de rádio LPWAN (Low Power Wide Area Network) que permite uma ampla conexão de dispositivos e serviços, por intermédio das redes móveis, como por exemplo a rede 4G. Ele usa um espectro de frequência licenciado onde não há interferência com outros dispositivos, fato esse que garante uma transferência de dados bem mais estável.

Com base nisso, a tecnologia NB-IoT foi projetada para que se pudesse trabalhar com dispositivos específicos que apresentavam algumas limitações, tais como poder de processamento, vida útil da bateria e longas áreas.

Padrão de funcionamento do NB-IoT

O NB-IoT é também conhecido como IoT de banda estreita, como o próprio nome sugere, foi projetado para que possa operar utilizando bandas de espectro estreito (de 180 kHz ou 200 kHz). 

Mas como funciona esse tipo de tecnologia?

O NB-IoT é, basicamente, uma tecnologia de celular. Ou seja, ele usa as bandas celulares de comunicação, sendo projetado para operar de três maneiras diferentes: 

  • Usando a banda GSM para substituir implantações existentes (autônomo); 
  • Usando a banda LTE enquanto a compartilha (dentro da banda) ou; 
  • Usando o espaçamento entre os canais LTE para maximizar o espectro de comunicação (banda de guarda). 

Quanto aos dispositivos habilitados para operar em NB-IoT, o cenário mais típico de operação do dispositivo envolve o seguinte padrão de funcionamento: o dispositivo permanece desconectado da rede até que tenha alguns dados para transmitir (por exemplo, uma leitura de um sensor do solo na agricultura), então ele estabelece a conexão, transmite os dados e então se desconecta. 

Uma vez que a conexão é estabelecida, o dispositivo a mantém (RRC Conectado) por um tempo configurável até que se torne inativo (RRC Idle) e termine se desconectando.

Durante o modo conectado (RRC conectado), o EU (equipamento do usuário) pode solicitar mais recursos e transmitir mais dados, o que basicamente reflete como as coisas funcionam dentro da arquitetura LTE. O NB-IoT também permite uma desconexão imediata assim que a confirmação dos dados é recebida, mas isso implica na falta de uma janela de downlink. 

Para entender de uma forma mais prática, convidamos você a conferir o vídeo abaixo (em inglês), que exemplifica o que é a banda estreita e como o NB-IoT se enquadra neste contexto.

Principais características da tecnologia NB-IoT

Agora que entendemos em termos gerais o padrão de funcionamento da tecnologia NB-IoT, vamos discutir algumas de suas vantagens e características que estimulam sua adoção no campo.

Dentre as características dessa tecnologia, vale salientar como mais significativas:

  • Tecnologia de baixo custo;
  • Funciona com um baixo consumo energético;
  • Maior longevidade das baterias dos equipamentos;
  • Permite a conexão de um número significativo de equipamentos IoT;
  • Cobertura de longo alcance, sendo por isso ideal para áreas agrícolas;
  • Largura de Banda: 180 Khz;
  • Latência: 1,5 a 10 seg;
  • Transmissão de Dados: 100 Kbps.

Além do mais, o NB-IoT é half-duplex, ou seja, permite realizar com a mesma eficiência a conexão à rede celular, a alocação de recursos de rede ao nó (conhecido como Equipamento de Usuário ou UE) e a transmissão de dados.

NB-IoT

NB-IoT é Half-duplex. Fonte: Avsystem

Diante dessas muitas possibilidades, o NB-IoT é caracterizado como sendo a rede mais recomendada para conectar dispositivos, ou “coisas” que não exigem um alto volume de transmissão de dados.

Ao mesmo tempo, essa rede oferece um grande alcance de cobertura para aqueles sistemas mais simples e que não exijam uma transmissão instantânea. Estes são os casos dos sensores meteorológicos e de umidade do solo ou dos diversos sensores presentes em maquinários agrícolas.

Aplicações do NB-IoT na área agrícola

Com o aumento da competitividade, necessidade de maior rendimento da produção e redução dos desperdícios, a rotina do agronegócio vem exigindo do seu gestor a tomada de decisões muito mais rápidas e assertivas. 

Para possibilitar isso, diversas soluções de IoT são, dia após dia, implantadas no campo. Elas fazem com que o produtor tenha acesso às informações em tempo real de tudo relacionado às lavouras, facilitando a tomada de decisão e o uso da agricultura digital.

Por meio do uso das inovações de IoT, a atividade agrícola tem a possibilidade de ser mais precisa e técnica. Mas para que os dados cheguem ao destino e sejam rapidamente analisados, é essencial ter uma rede que permita conectar sensores à base de recepção dos dados, e como vimos até aqui, o NB-IoT é uma excelente opção.

Diante dessa questão, muitos são os usos e benefícios do NB-IoT para a atividade agropecuária, dentre os quais vale citar:

  • Transmitir dados e informações de sensores de temperatura, umidade e qualidade do ar/solos de forma eficaz e segura;
  • Transmitir dados do monitoramento das variáveis internas de silos armazenadores de grãos, caso da temperatura e da umidade da massa armazenada;
  • Georreferenciamento, cuja função é suportar o entendimento e o mapeamento das necessidades de cada propriedade rural.

A partir da análise dos dados transmitidos por esse tipo de tecnologia, os profissionais de agrárias terão a possibilidade de tomar decisões bem mais sólidas e assertivas, permitindo ajustar a gestão do agronegócio de acordo com as necessidades apontadas pelas informações obtidas.

Além disso, à medida que a rede NB-IoT se expande, naturalmente uma grande variedade de soluções inteligentes para o agronegócio surgem para alcançar a tão desejada fazenda do futuro (fazenda 4.0), baseada em um conjunto autônomo e conectado de soluções que permitem maior precisão e confiabilidade para as técnicas agrícolas.

Conclusão

A oferta de uma conexão de maior qualidade no campo é uma necessidade recorrente diante do avanço da agricultura 4.0. 

Com isso, avanços em tecnologia são constantes e permitem oferecer uma conectividade de melhor qualidade dentro do agronegócio, beneficiando propriedades de todos os tamanhos e seus respectivos sistemas produtivos. 

Uma das tecnologias que estão ganhando maior representatividade neste cenário é o NB-IoT, que permite a transmissão de dados agrícolas com estabilidade e com longo alcance, além da conexão de um grande número de dispositivos sempre com a mesma qualidade. 

 

Para ficar por dentro de mais novidades relacionadas à conectividade rural, continue acompanhando o blog da ConectarAGRO e tenha sempre os melhores conteúdos a sua disposição.

4 benefícios que a internet 4G rural pode trazer a sua propriedade

A Internet 4G, quando associada à agricultura digital, é o fator facilitador para conectar muitos dispositivos que vão aperfeiçoar várias atividades realizadas no campo

Na atualidade, a conectividade, via internet 4G, vem sendo considerada, por muitos, como o principal lubrificante de uma grande engrenagem chamada agronegócio.

Para isso, a necessidade de ampliação das instalações da internet 4G na área rural tem reunido esforços conjuntos do poder público, privado, fundações e institutos de pesquisa. Estes esforços objetivam identificar quais são as necessidades dos produtores rurais e relacioná-las às soluções mais eficientes para realizar uma cobertura de internet 4G mais abrangente dentro do território nacional.

Inicialmente é válido destacar os resultados mais recentes sobre o acesso à internet no campo. O levantamento da PNAD TIC apontou um crescimento de 3,6 pontos percentuais na utilização da tecnologia, indicando que 55,6% dos domicílios da área rural estão conectados.

Outra informação em destaque na pesquisa são os números de domicílios que utilizam a banda larga móvel 3G ou 4G, 81,2% até o ano de 2019. De lá para cá foram desenvolvidas muitas soluções, porém, ainda há muito trabalho a ser realizado.

Nesse sentido, um levantamento apresentado em 2020 pelo MAPA destaca 2 cenários: o primeiro seria o uso de 4.400 torres construídas no país, aguardando a instalação de antenas, o que cobriria cerca de 24,49% da necessidade de conexão no campo. E o segundo cenário contaria com a instalação de mais 15.182 conjuntos torre/antena, de forma a cobrir os 75,51% restantes.

Ainda que os números não sejam conclusivos, fornecem condições para uma avaliação mais detalhada do cenário de conectividade no espaço rural brasileiro.

Com base nessa perspectiva, é preciso compreender as funcionalidades da internet 4G e como essa tecnologia contribuirá para o desenvolvimento do setor produtivo de áreas rurais brasileiras. 

Aplicações e qualidade do sinal da internet 4G

A internet 4G se caracteriza por ser a quarta geração da telefonia móvel. Ela utiliza a tecnologia LTE (Long Term Evolution) para proporcionar maior qualidade e velocidade de tráfego dos dados compartilhados entre os dispositivos eletrônicos.

Esses diferenciais, em relação às tecnologias anteriores (2G e 3G), são fundamentais para a execução das atividades rurais. Afinal, o produtor precisa de conexão consistente e estável para ter acesso a dados de diagnóstico, manejo do solo e controle da colheita.

 

internet 4g

Internet 4G Rural – crédito: TIM

Ainda assim, é necessário averiguar a disponibilidade dos serviços de internet 4G na região, visto que algumas modalidades ainda têm dificuldade para funcionar, principalmente em regiões montanhosas ou em fundos de vale.

Para essas situações, a internet móvel rural tem se apresentado como a melhor alternativa, já que as operadoras estão desenvolvendo soluções para proporcionarem melhores condições de acesso aos moradores do campo.

Um exemplo prático foi disponibilizado pela operadora TIM. Trata-se do Live INTERNET Rural, um serviço de banda larga que não necessita de cabeamento, por utilizar a frequência 700Mhz da rede 4G. Desse modo, o acesso é feito com um chip que é conectado ao modem e ligado na tomada.

Reflexos da Internet 4G rural nos lucros agropecuários

No levantamento que citamos inicialmente pelo MAPA, além da análise da infraestrutura da rede, foi realizada uma pesquisa sobre o potencial impacto da internet rural na produção agropecuária nacional.

Utilizando recortes como acesso à infraestrutura e condições socioeconômicas, foram simulados os resultados do Valor Bruto da Produção (VBP), caso as atividades agrícolas fossem otimizadas com as tecnologias proporcionadas pela internet 4G.

Caso a capacidade ociosa das 4.400 torres estivesse em uso, o VBP seria 4,5% maior do que o registrado no ano da pesquisa, somando R$ 21,09 bilhões. Além disso, o cálculo contabilizou a alcance ampliado com mais 15.182 linhas de transmissão. O resultado foi ainda maior, registrando um lucro de R$ 44,64 bilhões, representando crescimento de 9,6% na lucratividade total do setor.

internet 4G

Conexão no campo – crédito: Olhar Digital

Os responsáveis pelo estudo confirmaram que o crescimento nos dois cenários seria possibilitado pelo acesso à internet 4G e a adoção de tecnologias mais produtivas associadas à conectividade.

Em outras palavras, se o produtor coloca em uso as funcionalidades da agricultura 4.0, os resultados são observados desde o planejamento até o lucro final com a produção agrícola.

No vídeo produzido pela Embrapa Agricultura Digital (apresentado a seguir) é possível verificar as pesquisas e soluções que estão sendo desenvolvidas para auxiliar o agricultor brasileiro.

Benefícios da Internet 4G rural na propriedade

Nos tópicos anteriores, destacamos a importância da tecnologia 4G rural para as atividades agrícolas, os desafios para aumentar a cobertura no território nacional e os impactos na lucratividade da produção via maior acesso à conectividade.

Os ganhos produtivos e financeiros são alcançados com as soluções disponibilizadas pela agricultura 4.0, conceituada como um conjunto de métodos computacionais de alto desempenho, aplicados no manejo de atividades agropecuárias.

Sendo assim, a conexão à internet 4G possibilita a aplicação de diversos sistemas, tais como:

  •         Rede de sensores;
  •         Comunicação máquina para máquina (M2M);
  •         Conectividade entre dispositivos móveis:
  •         Computação em nuvem; e
  •         Sistemas que processam grandes volumes de dados (Big Data).

Todas essas tecnologias e funcionalidades atuam diretamente no crescimento dos índices de produtividade, eficiência no uso de insumos, redução de custos com mão de obra, além de melhorarem a qualidade das condições de trabalho e segurança das equipes de campo.

Com essa perspectiva vamos elencar quatro benefícios decorrentes do acesso à internet 4G rural:

  1. Monitoramento climático:

Considerando que os resultados da produção agrícola estão diretamente ligados às condições climáticas, pode-se afirmar que o uso de sensores contribui de forma positiva para o planejamento e diagnóstico das lavouras.

Com esses aparelhos conectados à rede de Internet 4G é possível ter um diagnóstico mais detalhado das previsões climáticas, auxiliando na tomada de decisões sobre antecipação ou adiamento do período de plantio ou da colheita, por exemplo.

  1. Análise geoespacial:

Por meio de mapas de produtividade gerados por drones é possível fazer o levantamento/monitoramento dos recursos naturais (vegetação nativa), mapeamento do uso e cobertura do solo talhão por talhão, entre outras informações.

Os documentos gerados pelos drones são enviados para centrais de monitoramento via internet 4G, com eles sendo divididos em diferentes grupos de dados, como por exemplo, mapas de produtividade e de colheita.

  1. Controle de pragas e doenças:

A internet 4G presente na fazenda será também uma grande aliada para que o produtor possa usar softwares específicos para o controle de pragas e doenças em lavouras.

Com a transmissão dos dados via internet 4G, os responsáveis técnicos terão a possibilidade de agir de forma rápida, permitindo que apliquem soluções que tenham efetividade no manejo das doenças. Além disso, tais softwares recomendam o uso racional de defensivos agrícolas, de forma a evitar danos aos trabalhadores e ao meio ambiente.

  1. Gestão do maquinário agrícola:

Os softwares responsáveis por gerar dados de telemetria e que estão disponíveis para tratores, plantadeiras e colheitadeiras estão cada dia mais conectados à rede.

Eles garantem ao agricultor a possibilidade de otimização no tempo de trabalho, planejamento das rotas de plantio e colheita, além de alertarem, em tempo real, sobre possíveis problemas nas máquinas ou a necessidade de reabastecimento.

  1. Piloto automático

Outro dispositivo de alta funcionalidade e que é possível via Internet 4G é o piloto automático. Essa tecnologia permite o direcionamento automatizado das máquinas agrícolas, de acordo com a necessidade de alteração no deslocamento (mudança de faixas de plantio ou colheita).

Com um sistema composto por antena receptora, monitor, módulo de navegação e motor elétrico, o piloto automático coleta informações diretamente do campo e transmite em tempo real aos responsáveis.

A chefe-geral da Embrapa Agricultura Digital, Silvia Massruhá, destaca os benefícios da convergência digital e reforça que os resultados são vantajosos para toda sociedade.

Como conseguir o melhor sinal de internet?

É importante reforçar que os benefícios destacados neste artigo são apenas algumas das soluções proporcionadas pela agricultura digital. Contudo, para que possam ter pleno desempenho necessitam de uma conexão à internet que reúna estabilidade e boa capacidade de transmissão de dados.

A recomendação para os produtores que desejam melhorar as condições do sinal de internet 4G ou ainda, implantar a tecnologia na propriedade rural é primeiramente, realizar um estudo de viabilidade de sinal.

internet 4G

Conexão 4G – crédito: Globo Rural

Essa análise deve ser feita com orientação de técnicos especializados que poderão indicar a melhor solução, localizando as torres mais próximas, quais operadoras oferecem o serviço na região e identificando os tipos e a potência dos equipamentos necessários à instalação.

Em síntese, a internet 4G pode impulsionar a produção agropecuária em todas as etapas produtivas, contudo o maior desafio do produtor ainda é o acesso à tecnologia.

Como vimos, as iniciativas para melhorar esse cenário de baixa conectividade estão em andamento e vão incrementar ainda mais a produção agrícola nacional e este é o caso da ConectarAgro que fomenta e viabiliza o acesso à internet móvel 4G em todo o país.

E você produtor rural, já utiliza alguns dos benefícios proporcionados pela internet 4G?

Internet Rural: Entenda os ganhos que os produtores podem ter

As facilidades proporcionadas pelas tecnologias digitais estão transformando de tal forma a vida da sociedade que, na atualidade, é difícil pensar em realizar as atividades mais corriqueiras sem acessar a internet. Essa lógica é muito mais fácil para quem vive na área urbana, mas, e a situação de quem mora na área rural, como fica?

Realmente essa é uma questão que merece atenção no atual contexto. Inicialmente é preciso destacar que a extensão territorial brasileira, a falta de infraestrutura e de incentivos fiscais ainda representam os maiores entraves para que as empresas consigam implantar internet rural no campo. 

Mesmo diante deste entrave, dados recentes indicam que houve aumento na utilização da internet em domicílios rurais, segundo informação divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), iniciativa do IBGE e direcionada à Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), revelou um avanço positivo de 6,4%, considerando o período comparativo entre 2018 e 2019. Contudo, o mesmo levantamento aponta que um dos principais motivos dos moradores ainda não usarem a rede é a falta de disponibilidade do serviço de internet rural. 

No entanto, desde que os dados da pesquisa foram compilados, muitos avanços foram verificados em termos de opções tecnológicas. As empresas associadas ao setor têm desenvolvido soluções personalizadas para atender os produtores rurais de diferentes regiões do país.  

Nesse sentido, é importante esclarecer que os benefícios da internet rural não se limitam às atividades produtivas, já que também colaboram para o desenvolvimento local, levando mais qualidade de vida às famílias que moram e trabalham no campo. 

Por isso, é bastante importante entender como o acesso digital pode modificar o cotidiano dos produtores rurais, permitindo que eles tenham ganhos econômicos e sociais que incentivam ainda mais a adoção desse avanço tecnológico.

Como a internet rural contribui para o agronegócio?

Antes de entender como a internet rural contribui com o agronegócio, é preciso reforçar: o que é o agronegócio? Por definição, o agronegócio é o resultado de todas as atividades desenvolvidas, antes, dentro e depois das porteiras das propriedades rurais. Assim, tanto na agricultura quanto na pecuária existe uma série de etapas a serem efetivadas e que vão além da porteira, para que o produto chegue até o consumidor final com a máxima qualidade.

Desse modo, considerando todos os processos envolvidos na atividade agropecuária é possível verificar o quanto a internet rural tem contribuído para melhorar o trabalho diário do homem no campo. 

internet rural

Do surgimento e implantação da internet até os dias atuais se passaram menos de três décadas e a cadeia produtiva associada ao agronegócio se aproveitou das oportunidades para aperfeiçoar o manejo, melhorar as condições de trabalho e obter maior rentabilidade nas lavouras e criações. 

Nesse sentido, uma iniciativa muito marcante e que representa a “revolução do agro” é a  agricultura de precisão. Essa metodologia, ao reunir um conjunto de tecnologias digitais, proporciona a avaliação integrada das características de uma área, cultura e condições climáticas, de forma a conseguir os melhores resultados produtivos por meio de uma grande análise de dados e informações. 

Porém, para que todas essas funcionalidades possam ser utilizadas da melhor forma é fundamental que a internet rural esteja disponível e tenha velocidade, estabilidade e alcance. 

Assim, a fim de acelerar as condições ideais de funcionamento da agricultura digital, poder público e empresas do ramo têm desenvolvido projetos e ações, para oferecer soluções e ampliar a rede de distribuição.

Um dos projetos em andamento é a Câmara do Agro 4.0, idealizado com a participação de representantes do governo federal e de produtores rurais, com objetivo de desenvolver soluções de agricultura sustentável, digital e de precisão para pequenas, médias e grandes propriedades. 

Qual a melhor internet para quem mora na zona rural?

Os resultados produtivos da agricultura e pecuária brasileira comprovam que as soluções de internet rural disponíveis têm contribuído para que os volumes de produção cresçam a cada ciclo, e ainda, obedeçam às recomendações de sustentabilidade estabelecidas pela legislação nacional. 

Assim, colaborando com o atual cenário, as opções de internet rural existentes se caracterizam por oferecer conexão de amplo alcance e qualidade, mas, que podem variar de acordo com a conformação geográfica (altitude ou relevo, por exemplo) da região e a proximidade com as áreas urbanas. 

internet rural

Dessa forma, os sistemas mais utilizados para levar internet rural ao campo são: rádio, satélite, 3G e 4G. Vale lembrar que cada modelo conta com uma tecnologia distinta e que deve ser avaliada previamente, de forma a atender as necessidades de utilização do produtor rural. 

O número de produtores rurais com acesso à internet rural está em evolução

O levantamento oficial mais recente, citado no início deste artigo, foi realizado pela PNAD. Esse levantamento destaca que, em 2019, 55,6% dos domicílios rurais tinham acesso à internet, representando um avanço quando comparado ao ano anterior, que tinha 49,2%. A pesquisa revela ainda que o consumo de banda larga móvel (3G e 4G) e  fixa aumentaram, estando presentes em 77,9% dos domicílios averiguados. 

Com objetivo de ampliar o atendimento digital em comunidades rurais, que tem maior defasagem de conexão, o Ministério das Comunicações desenvolveu um projeto chamado Wi-Fi Brasil. A meta é atender um público de 14 milhões de famílias que não contam com acesso à internet. 

No primeiro semestre deste ano, 8,5 milhões de brasileiros foram beneficiados em quase três mil municípios. A tecnologia disponibilizada é o sinal via satélite com banda larga gratuita. As localidades diretamente beneficiadas são: unidades de saúde, assentamentos rurais, escolas, telecentros, postos de fronteira, além de outros espaços públicos. 

Outra contribuição relevante foi a elaboração de uma pesquisa qualitativa sobre o uso de tecnologias digitais que levantou informações sobre os hábitos de consumo dos produtores rurais. 

Desenvolvida pela Embrapa em parceria com o Sebrae e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o material final revelou que 84% dos entrevistados utilizam pelo menos uma tecnologia digital no processo produtivo, enquanto 70,4% fazem uso da internet para desenvolver atividades ligadas à produção agrícola. Ou seja, a importância da internet rural vai além dos ganhos em produtividade agrícola, como veremos a seguir.

Qual a importância da tecnologia no meio rural?

Quando falamos em internet rural, é comum associá-la diretamente e unicamente aos ganhos em produtividade da atividade rural. Porém, a importância da tecnologia dentro do setor rural vai muito além, podendo ser analisada a partir de três condições essenciais citadas em uma pesquisa científica com dados do Censo Agropecuário. Por isso, vale a pena detalhar cada uma destas condições:

1. Produção

No campo, a principal meta de toda atividade rural é atingir o planejamento estimado no volume de produção. Para isso, as ferramentas tecnológicas disponíveis no mercado são determinantes para elevar o desempenho econômico e financeiro da propriedade, com todas elas sendo associadas cada vez mais à internet rural.  

 

2. Fatores Sistêmicos

Engloba a infraestrutura física das propriedades (energia, telecomunicações e armazenamento), o acesso à ciência e transferência de tecnologia, proporcionados pelos institutos de pesquisas e a educação básica das comunidades rurais. 

 

3. Condições socioeconômicas

Para que as tecnologias tenham efetividade na atividade rural é necessário que produtores e os funcionários tenham conhecimento e habilidade para melhor uso de métodos de gerenciamento digitais. 

Dessa forma, a avaliação conjunta dos três fatores elencados demonstra a importância de ampliar o alcance de todo o ambiente agrícola à internet rural e preparar o produtor, a fim de que ele possa usufruir dos benefícios propostos pelas tecnologias digitais, como podemos observar no vídeo abaixo, idealizado pelo sistema CNA/Senar.

 

Dessa forma, tão importante quanto saber manejar os equipamentos tecnológicos, cabe ao setor buscar formas para compreender de que forma estes serão aplicados em cada etapa da atividade rural. 

Neste contexto, pensando na etapa “dentro da porteira”, as funcionalidades digitais auxiliam o agricultor a planejar o plantio de uma cultura, desde a definição da área que será utilizada até estimar o volume da colheita.

Em seguida, serão otimizados os procedimentos relativos ao armazenamento e à questão logística da produção, dois pontos que necessitam de muita atenção, a fim de diminuir o índice de desperdício e perda de matéria-prima e, naturalmente, dependem cada vez mais dos avanços em internet rural.

Finalizando esse ciclo, é necessário pensar “fora da porteira”. Ou seja, é preciso lembrar da importância do acompanhamento de preços do mercado para o qual se destina a produção. Dessa forma, vendas antecipadas, oscilações nos preços e nas taxas cambiais (para mercados internacionais) dependem da qualidade da conexão de internet rural. 

Além disso, a pandemia provocada pelo novo coronavírus, acelerou a busca dos produtores por novas alternativas para escoar a produção. Nesse sentido, a presença digital apresenta fundamental importância, tanto para as pequenas propriedades que utilizaram as redes sociais para comercializar os produtos, quanto para as empresas rurais que intensificaram as negociações com fornecedores e clientes. 

Como você pode verificar, ao longo do artigo, a internet rural é uma realidade que apresenta vários aspectos positivos na atividade rural. Contudo, para que a tecnologia alcance um desempenho satisfatório é fundamental que a cobertura avance para todas as regiões do país. Por sorte, muitas são as iniciativas com este propósito

Por isso, fica nossa pergunta: Como a internet rural ajuda você, como produtor rural a ter maiores ganhos econômicos e sociais em sua atividade?

 

Agricultura digital: O que é e como utilizá-la na sua lavoura?

A agricultura mundial está em constante transformação. Nos primórdios dessa atividade, instrumentos rudimentares bastante simples auxiliavam no campo, mas hoje em dia as tecnologias de agricultura digital se fazem presentes e ganham força ano após ano.

Assim, dentre as muitas transformações da agricultura mundial, a agricultura digital é, sem dúvidas, a que vem trazendo resultados mais significativos, revolucionando o agronegócio. Mas você sabe o que, de fato, é a agricultura digital?

Agricultura digital
Fonte da imagem:  Kokan Organica

Várias são as definições para este conceito mas, de  acordo com o Projeto Breakthrough, das Nações Unidas (ONU), a definição de agricultura digital é: “o uso de tecnologias novas e avançadas, integradas em um sistema para permitir que os agricultores e outras partes interessadas dentro da cadeia de valor da agricultura melhorem a produção de alimentos”.

Com isso, todo esse conjunto de tecnologias digitais, quando integradas, consegue otimizar o uso de recursos nas áreas de plantio, ajudando cada produtor a ter um melhor trato com o solo, a água e a lavoura.

Por isso, é bastante importante conhecer as novas tecnologias digitais que vão revolucionar as propriedades rurais, além do real impacto que elas exercem na produção agrícola!

Agricultura digital: o que realmente significa?

Também citada como agricultura 4.0, a agricultura digital representa um conceito que reúne uma vasta quantidade de tecnologias para otimizar as atividades rurais por meio de uma maior conectividade, sensoriamento remoto, modernas máquinas agrícolas, entre outras ferramentas associadas à tecnologia da informação.

Todas essas ferramentas, quando empregadas na propriedade rural, permitem coletar e analisar dados sobre o clima, o solo, a lavoura e o sistema de produção, ajudando cada produtor a entender as variações e propor as melhores soluções, com um planejamento mais preciso de todos os manejos.

Assim, seja para agilizar a comunicação na hora de realizar determinados serviços, seja para conduzir a propriedade baseada em dados e informações, a agricultura digital torna-se essencial, pois ajuda a planejar as atividades e tomar decisões mais assertivas na gestão do agronegócio.

De uma forma mais geral, a agricultura digital representa o uso intensivo de diversas técnicas ligadas à informática que, quando aplicadas na gestão de propriedades agrícolas, trazem melhorias ao agronegócio em todas suas vertentes. 

Esse novo conceito propõe um passo além na integração do uso de ferramentas presentes no mercado com a adição de novas técnicas digitais, indicando uma verdadeira “revolução digital”, que já mudou profundamente diversos setores, e agora começa a mudar a gestão do campo. 

Por que investir em agricultura digital é um bom negócio?

Elevar os índices de produtividade e a rentabilidade da lavoura em um cenário que terá cerca de 9,8 bilhões de pessoas em 2050: este é o maior desafio que a agricultura mundial terá que enfrentar nos próximos anos. E a agricultura digital, por meio de tecnologias que promovam otimização de processos e de custos, será essencial para vencer esse desafio.

Dentre todas as possibilidades, a coleta de dados realizada por ferramentas digitais será o grande benefício da agricultura digital, a ponto de levar mais eficiência para as lavouras. Quando analisadas e interpretadas, essas informações oferecem mais clareza e precisão para o processo de tomada de decisão no campo.

Decisões mais precisas, significam menos perdas na lavoura, consequentemente há a necessidade de uma menor área para produção agrícola, como é possível verificar no vídeo abaixo, elaborado pela Embrapa.

 

Mas, os benefícios da agricultura digital vão muito além, sendo também sinônimo de autonomia. Com ferramentas digitais é possível associar a tomada de decisão a sistemas inteligentes e digitais, permitindo mensurar o impacto daquela ação de forma automatizada.  

Além disso, as diversas tecnologias associadas à agricultura digital permitem:

  • Maior controle quanto ao uso de insumos (adubos e defensivos) na lavoura;
  • Redução de custos com mão-de-obra;
  • Total monitoramento das condições climáticas, que podem interferir nos processos de produção;
  • Monitoramento de pragas e doenças, permitindo a otimização no controle preventivo;
  • Maior eficiência e redução do consumo de recursos naturais como água, energia e combustível, resultando em maior sustentabilidade do sistema produtivo.
A agricultura digital oferece maior sustentabilidade ao sistema de produção. Fonte da imagem : UNDP

Assim, quando há o investimento em tecnologias digitais, o produtor permitirá ganhos para todos os envolvidos na cadeia do agro, sendo determinante para atender a uma demanda cada dia mais crescente de alimentos. Então as novas tecnologias estão surgindo para oferecer maior eficiência ao processo produtivo.

 

Tecnologias que viabilizam a agricultura digital no campo

Como citado anteriormente, a agricultura mundial está em constante avanço e desenvolvimento e a agricultura digital é parte importante nisso. Na atualidade, já utilizamos várias tecnologias que auxiliam as atividades rurais, principalmente com o desenvolvimento de modernas ferramentas que otimizam as atividades e diminuem as perdas – tanto no Brasil, quanto em todo o mundo.

As seguintes tecnologias representam o que há de mais moderno quando o assunto é agricultura digital:

  • GPS

Quando associado a outros instrumentos, o sistema de georreferenciamento (GPS) abre uma gama de aplicações bastante grande. Por exemplo, ele auxilia o sistema de piloto automático de tratores, que permite à máquina circular sempre pelo mesmo lugar na lavoura, melhorando o manejo e reduzindo danos ao terreno

 

GPS Agrícola. Importante ferramenta da agricultura digital. Fonte da imagem: Blog Jacto
  • Sensoriamento

O sensoriamento é outra possibilidade interessante. Por meio do sensoriamento, o produtor consegue identificar a presença de plantas infectadas e realizar a pulverização somente nesses locais específicos, economizando o produto. 

Assim, ao invés de aplicar a pulverização na área total, o produtor pode focar somente na área em que foi identificada a planta daninha, reduzindo custos operacionais importantes e aumentando o ganho em sustentabilidade.

  • Big Data

Com uma análise de dados mais apurada, o produtor conseguirá antever cenários possíveis do seu sistema de produção, prevendo falhas ou propondo manejos que resultem em melhores produtividades.

Ferramentas de Big Data permitem também a coleta e o armazenamento de diversas informações sobre a lavoura: acidez do solo, umidade do ar, quantidade de nutrientes, desenvolvimento da planta, etc.. Com isso, é possível construir um histórico da área, garantindo a tomada de decisões mais precisas.

  • Internet das Coisas

Caracterizada pelo uso de dispositivos e máquinas agrícolas interconectados, a internet das coisas vem trazendo benefícios significativos ao campo. Através desse avanço, a automação é elevada a um outro nível, gerando uma infinidade de dados que, por meio de softwares específicos, serão transformadas em informações úteis.

  • Gestão e monitoramento remoto da colheita (telemetria)

A telemetria é um conceito que se refere à coleta, ao compartilhamento e à gestão remota dos dados acerca dos maquinários e veículos em ação. Para coletar informações, nas máquinas agrícolas são instalados diversos sensores que detectam todo tipo de informação, tais como temperatura, umidade, pressão, óleo, entre outros. 

Este é um dos benefícios oferecidos pela AFS Connect, da Case IH, como visto no vídeo abaixo.

Além do mais, o monitoramento remoto permite que o produtor consiga comparar diferentes áreas, como: a produção e colheita em duas fazendas. Com esse tipo de informação será possível criar indicadores que permitam avaliar e melhorar a eficiência das propriedades.

Portanto, todas essas tecnologias, quando associadas, permitem aumentar a produção agrícola de forma sustentável, ou seja, com o mínimo possível de impacto nos recursos hídricos, socioambientais e energéticos.

Mesmo com avanços, muitos são os desafios a serem superados

Mesmo representando um caminho que permite maior otimização da produção agrícola, ainda há alguns desafios que todo produtor rural tem que enfrentar para adotar a agricultura digital em sua propriedade.

Esta questão foi, inclusive, motivo de uma pesquisa online realizada pela Embrapa Informática Agropecuária no ano de 2020. Dentre outras informações interessantes, a pesquisa indica quais são os principais desafios e limitações da agricultura digital brasileira. 

Segundo a pesquisa os principais desafios da implementação deste conjunto de tecnologias estão associados à:

  • Problemas ou falta de conectividade com internet nas áreas rurais (61,4%);
  • Valor de investimento para aquisição de máquinas, equipamentos e/ou aplicativos (58,2%);
  • Obtenção de mão-de-obra qualificada e especializada (49%);
  • Acesso dos usuários a capacitação em tecnologias de agricultura digital (47,4%);
  • Valor de investimento para contratação de prestadores de serviços pelos agricultores (43%).
Conectividade rural. Uma das maiores dificuldades da agricultura digital, mas já há avanços! Fonte da imagem: Dinheiro Rural

Diante dessa dificuldade e para tornar as tecnologias digitais mais acessíveis a todos os produtores, muitas empresas começam a formar parcerias para levar maior aporte tecnológico ao campo, permitindo a gestão de grandes bancos de informações e proporcionando a aplicação de ferramentas que transformarão esses dados em valor e ajudarão o agronegócio no âmbito geral.

Assim, para promover a revolução digital e levar um padrão de conectividade mais acessível aos produtores de todo país, grandes empresas do agronegócio e da área de tecnologia formam e apoiam a Associação ConectarAGRO, que fomenta o acesso à internet móvel 4G rural em todo o país.

Assim, por meio das tecnologias de conectividade, todo produtor rural conseguirá alcançar um maior padrão de desenvolvimento de sua propriedade ao usufruir de boa parte dos recursos tecnológicos e digitais existentes na agricultura atual.

 

Portanto, não perca tempo! Confira as informações sobre os produtos e serviços oferecidos, de forma independente, de cada uma das empresas fundadoras e apoiadores da associação.

 

GPS Agrícola : Conheça os tipos e funcionalidades deste aparelho

O Brasil é, definitivamente, um dos maiores produtores de alimentos em todo o mundo. Nas últimas décadas, o país deixou sua condição de importador de alimentos para se tornar um fornecedor de alimentos a nível mundial, alimentando cerca de 800 milhões de pessoas. Mas você sabia que o GPS agrícola contribuiu com tudo isso?

Essa grande transformação no cenário agrícola brasileiro se tornou possível, principalmente devido ao avanço de muitas tecnologias, que também passaram a ser difundidas no campo, como é o caso do GPS Agrícola.

A agricultura se modernizou. As máquinas passaram a contar com sistemas cada vez mais informatizados. A internet rural tem chegado a áreas onde não havia cobertura e a produção passou a ser mais mecanizada e em larga escala.

Diante de todo esse cenário de evolução, o Global Positioning System (GPS) foi adquirindo importância também na área rural.

GPS Agrícola
Fonte: Massey

O GPS Agrícola, considerado por muito tempo como sendo um artigo de luxo, atualmente tem se tornado acessível também para pequenos e médios produtores, representando um passo fundamental para que tais produtores alcancem um nível de produção mais eficiente e econômico.

Neste artigo você vai conhecer todos os aspectos do GPS Agrícola, suas características, funcionalidades, aplicações, custos e como obter o máximo de vantagem na utilização dessa tecnologia.

 

O que é um GPS agrícola?

O termo GPS (Global Positioning System) é utilizado para denominar o sistema utilizado para navegação e utilização de medidas precisas de localização geográfica. Esse é um sistema que funciona via satélite, sem a necessidade de sinal via internet ou telefone. 

Na área rural, o GPS é amplamente utilizado em máquinas agrícolas, contribuindo assim para o mapeamento e obtenção de diversos dados, como extensão da área, mapeamento de solo e clima.

Assim, o GPS foi um dos responsáveis pela introdução, no Brasil, da agricultura de precisão, com a utilização de tecnologias voltadas ao melhor entendimento do manejo da variabilidade espacial e também temporal, como apresentado nesta palestra do Professor Fábio Baio.

Ao todo existem 24 satélites posicionados na órbita global, os quais possibilitam traduzir milhares de informações captadas pelo aparelho, a uma distância de aproximadamente 20 mil quilômetros.

Na imagem abaixo, é apresentada de forma ilustrativa como se dá o funcionamento do GPS de uma forma geral.

(Fonte: O Globo)

Esse sistema permite o monitoramento, em tempo real, de equipamentos, veículos e até pessoas. Ainda é possível armazenar dados, delimitar áreas, determinar pontos, realizar a medição de determinadas áreas, entre outras funcionalidades, sendo por isso essencial para a agricultura, como veremos a seguir.

Principais benefícios do GPS agrícola

Em fazendas, lavouras e demais regiões rurais, muitos serão os benefícios observados quanto ao uso do GPS Agrícola, quando associado à agricultura de precisão. Uma das principais vantagens é a possibilidade de criar mapas detalhados das lavouras.

Isso permite que os produtores obtenham informações relevantes para agir com exatidão, evitando desperdícios e obtendo uma maior lucratividade. Através do mapeamento da área, por exemplo, insumos podem ser aplicados em determinada área sempre quantidade exata. 

Além disso, com a navegação conduzida por meio de GPS, são traçadas rotas automáticas que guiam o trajeto das máquinas. Dessa forma, há uma redução no consumo de combustível, bem como redução nas falhas de semeadura, aplicação de insumos e colheita, sem contar que o trabalho é feito de forma muito mais rápida e acertada.

Sendo assim, as principais vantagens do GPS agrícola são:

  • Acompanhamento em tempo real

O GPS Agrícola possibilita que o produtor acompanhe, em tempo real, tudo o que está acontecendo na propriedade. 

  • Controle do plantio

Essa é uma fase que exige total atenção do produtor, pois qualquer erro pode acarretar perdas na produção. Cabe ao GPS auxiliar na dosagem exata de insumos para aplicação, evitando perdas e garantindo maiores ganhos em sustentabilidade.

  • Irrigação de precisão

O posicionamento definido pelo GPS Agrícola permite definir a quantidade exata de irrigação para cada área. Assim, a pulverização é feita na quantidade e no tempo certo, sem que alguma área deixe de ser pulverizada ou receba a irrigação novamente sem ser necessário.

  • Mapas de fertilidade

A geração de mapas de fertilidade só é possível graças ao auxílio do GPS agrícola. Análise de amostras de solo indicam as aplicações exatas que devem ser feitas para um melhor aproveitamento dos recursos.

  • Eficiência na colheita

De forma automática, o GPS ajuda a controlar a velocidade de máquinas agrícolas, principalmente colheitadeiras. Com esse controle da velocidade, o manejo da colheita permite que quebras e perdas do produto sejam evitadas, além de manter a qualidade dos grãos colhidos. 

Como escolher o melhor GPS agrícola?

Como vimos até aqui, há diferentes formas de uso do GPS Agrícola. Os dados gerados e armazenados pelo GPS permitem ao produtor realizar suas atividades com maior eficiência e exatidão, possibilitando tomadas de decisões mais precisas e melhores resultados na propriedade. 

Fonte: Tecnologia no Campo

Assim, para aproveitar ao máximo os benefícios que essa tecnologia oferece, é importante escolher o melhor sistema para a sua propriedade, de acordo com as suas necessidades de uso. E isso depende muito de cada propriedade rural.

Como cada propriedade possui suas particularidades e necessidades, a escolha do melhor GPS precisa levar em consideração alguns fatores:

  1. Para qual atividade o sistema será utilizado;
  2. Qual a precisão do GPS;
  3. O melhor custo-benefício;
  4. De que forma é feita a manutenção e atualização;
  5. Facilidade na operação.

Dessa forma, é importante, antes de adquirir um sistema de GPS agrícola, definir qual a funcionalidade dele e de que forma essa tecnologia será utilizada na propriedade. Com estes detalhes, você terá o melhor aparelho para atender às suas necessidades.

 

Quanto custa investir em GPS Agrícola?

Uma questão bastante comum entre produtores rurais é o preço, ou seja, quanto custa investir em GPS Agrícola. A resposta para essa questão não é tão fácil, visto que o preço de um aparelho de GPS agrícola depende de uma série de questões e pode sofrer variações.

O modelo do aparelho, por exemplo, é um dos fatores que interfere no seu custo. Também podem influenciar o valor do produto a sua marca, acessórios e funcionalidades, além do tipo de tecnologia existente. 

No entanto, se você pensa em adquirir um GPS para sua propriedade, saiba que terá que desembolsar um valor que inicia em, aproximadamente, R$ 4.000,00, podendo ser superior dependendo das suas características.

Uma alternativa é comprar um aparelho usado, que também pode ser encontrado. Porém é importante estar atento às condições e estado de conservação do produto, bem como sua funcionalidade e se este atende a todas as necessidades para o seu trabalho dentro da propriedade. 

O produtor rural pode também utilizar aplicativos no seu celular ou tablet com a função de GPS para diversas funções, como mapeamento de áreas, pontos, coordenadas, entre outros. 

Esses aplicativos podem ser baixados e utilizados de forma gratuita ou mediante assinatura, dependendo de cada aplicativo e funcionalidade oferecida.

Conclusão

Atualmente o GPS agrícola já representa uma tecnologia acessível também para pequenos e médios produtores, levando a agricultura de precisão para as propriedades e transformando os sistemas de produção, tornando-os automatizados, com maior eficiência produtiva e baixas margens de erro.

Neste texto abordamos como funciona o GPS agrícola, seus benefícios para os produtores, quais os tipos disponíveis, como escolher o melhor GPS para sua propriedade. Cabe ao produtor avaliar a melhor forma de aproveitar essa tecnologia para obter o máximo de benefícios. 

Vale ressaltar que é importante, antes de tudo, ter em mente quais as principais necessidades da sua fazenda com a utilização do GPS. Com isso, você poderá fazer a melhor escolha e ficar por dentro dessa nova realidade de produção agrícola, que deixou de ser apenas uma alternativa, passando a se tornar uma necessidade real.

 

E você, já utiliza essa tecnologia em sua propriedade? Pensa em usar o GPS agrícola para modernizar os sistemas de produção? Tem alguma dúvida sobre o assunto? Deixe o seu comentário no post!