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Veja 3 tendências do metaverso no agronegócio

Veja 3 tendências do metaverso no agronegócio

Quando o assunto é metaverso, logo pensamos em um universo virtual ligado à evolução do mercado tecnológico. Tornando-se um dos assuntos mais citados, essa ferramenta promete revolucionar os negócios.

Para se ter ideia, um estudo realizado pelo Orbit Data Center aponta que 22% dos brasileiros acreditam que o metaverso vai impulsionar alguns setores do mercado. 

Apesar de parecer oposta ao mundo real das plantações e lavouras, a plataforma pode ser aplicada a diferentes dimensões do agronegócio, como planejamento de safras, análise de resultados e capacitações imersivas. 

Por isso, preparamos este artigo para te mostrar quais as principais tendências e impactos do universo meta no agronegócio e de que modo ele vem sendo viabilizado pelas nossas associadas. Acompanhe abaixo!

O que é o metaverso?

Resumidamente, o metaverso busca recriar o mundo físico no ambiente digital por meio da realidade aumentada. Este espaço coletivo sofre influências da vida real, uma vez que as pessoas podem criar seus avatares, interagir com outros usuários e até mesmo realizar compras e vender itens digitais. 

O termo tornou-se mais conhecido a partir de 2021, quando Marck Zuckerberg anunciou a mudança da companhia Facebook para Meta. Importante destacar que, apesar de tal popularidade, há diferentes ecossistemas de metaverso a serem acessados pelos usuários.

Mais do que um simples jogo ou chat de conversas, o metaverso simula situações reais. Assim, o agro pode lançar mão da ferramenta para realizar simulações nas fazendas, como diagnostico de produtividade e mudanças de processos nas cadeias produtivas agrícolas. 

Vale destacar, contudo, que o metaverso só pode ser viabilizado por uma alta cobertura de conectividade no campo, realidade ainda distante em áreas rurais. Por isso, a ConectarAGRO busca promover o acesso à internet rural por meio de dados e fatos. 

Quais as tendências do metaverso no agronegócio? Confira 3 exemplos

A interação entre mundo real e mundo virtual oferece aos agricultores uma imersão total por meio de um modelo customizável de propriedade rural.

Nesse sentido, apresentamos 3 formas pelas quais o metaverso vem impactando o agronegócio, mesmo que ainda de maneira embrionária.

  • Planejamento

Como uma plataforma de colaboração, o metaverso apresenta um mundo virtual hiper-realista com ações em tempo real. A partir de amplas simulações, produtores rurais podem planejar os diferentes aspectos dos cultivos — desde a plantação, irrigação e pulverização até a logística. 

O benefício está em observar quais os possíveis resultados e riscos antes mesmo de colocar as ações em prática na fazenda. Dessa forma, diminuem-se os impactos negativos nas lavouras e os desperdícios dos recursos financeiros. 

  • Abertura e expansão de negócios 

O espaço virtual do metaverso também aproxima fornecedores e produtores de diferentes regiões do Brasil, facilitando a compra e venda dos mais diversos produtos agrícolas.

Os modelos gráficos em 3D demonstram de forma lúdica e interativa as soluções e os dispositivos que tornam uma fazenda conectada ainda mais produtiva e rentável. 

A BASF, empresa associada da ConectarAGRO, possui uma plataforma online em que oferece uma experiencia imersiva para que os agricultores troquem experiencias e conhecimentos acerca das diferentes tecnologias da organização.

A Fazenda BASF é também um hub de conteúdo no qual se reproduz os estandes de feiras com informações sobre os produtos e serviços.

  • Divulgação de conhecimento e capacitação 

Além da conectividade, a capacitação técnica é igualmente importante para que produtores estejam habilitados para manusear equipamentos cada vez mais tecnificados.  

O metaverso é um grande aliado nesta tarefa, já que pequenos e médios agricultores podem realizar treinamentos imersivos sem sairem de suas casas. 

O mesmo ocorre com a participação em eventos e congressos que buscam fomentar as Ciências Agrícolas e tornar o agro ainda mais competitivo. 

Veja 3 tendências do metaverso no agronegócio
Fonte: Banco do Brasil

Para exemplificar, o Banco do Brasil, parceiro institucional da Associação, realizou sua reunião anual com investidores, analistas e clientes em um espaço do metaverso. Durante o BB Day, discutiram-se estratégias, negócios e resultados. 

A ConectarAGRO participou do evento no espaço Feira Agro, dentro do qual era possível ter acesso a produtos, serviços, informações e inovações voltadas para o universo do agronegócio. Baseada em fatos e dados. a Associação expôs os benefícios da conectividade, 

Mas afinal, o metaverso já está totalmente presente no agronegócio?

Embora sejam evidentes as aplicações do metaverso no agronegócio, a realidade aumentada dessa ferramenta ainda é distante para muitos produtores rurais. Isso porque mais de 70% das propriedades brasileiras vivem sem conectividade.

Além das barreiras de conexão, ainda há o alto custo de implementação  e a necessidade de capacitação dos agricultores. 

Pensando nisso, a ConectarAGRO  já contribuiu para levar internet para mais de 7 milhões de hectares. Outro eixo da Associação está na parceria com universidades públicas e no desenvolvimento de projetos educacionais voltados aos produtores rurais. 

E você, já ouviu falar no metaverso? Deixe seus comentários e acompanhe nossas mídias sociais e blog.

4 modelos de drones agrícolas para sua propriedade rural

Drones agrícolas - Imagem criada por Jason Blackeye— unsplash.com

Drones agrícolas são veículos aéreos não tripulados que possuem um impacto considerável na indústria 4.0 aplicada ao agronegócio. Utilizada sob o conceito de agricultura precisão, tal tecnologia ajuda agricultoras e agricultores a otimizar a produtividade das plantações com equipamentos digitais e sensores acoplados. 

A tendência do uso de drones agrícolas tem aumentado, visto que, de acordo com a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), cerca de 1.400 drones são utilizados em atividades agropecuárias. 

Certos da relevância do assunto, já escrevemos por aqui uma série de posts sobre o que são os drones agrícolas e quais os benefícios de sua utilização nas lavouras. Por isso, neste post apresentaremos os tipos de drones agrícolas e quais são os principais modelos disponíveis no mercado. 

Confira abaixo! 

Quais as funções dos drones agrícolas? 

Os drones agrícolas podem ser utilizados de diferentes modos a depender do objetivo. Os principais, no entanto, são dedicados a três funções: 

1. Pulverização

Muitas vezes realizadas por aviões, os drones agrícolas são opções ainda mais precisas, ágeis e econômicas para a aplicação de defensivos no solo das fazendas.

Por meio do mapeamento topográfico e georreferenciamento, o equipamento se apresenta como uma alternativa para minimizar a deriva — ou seja, a quantidade de produto que se dispersa no ar e não atinge totalmente a lavoura. 

Da mesma forma, podem monitorar e verificar a presença de doenças ou pragas que afetem o crescimento da lavoura. 

Importante destacar também que, com o uso do uso do drone agrícola, diminui-se a exposição dos produtores rurais às substâncias utilizadas. 

2. Acompanhamento da irrigação 

Os drones agrícolas são capazes de detectar pontos de atenção que não podem ser vistos em terra firme por humanos. 

Com câmeras e sensores térmicos acoplados, eles monitoram as principais áreas que necessitam de irrigação. Apresentam também quais os possíveis vazamentos no sistema que necessitam ser reparados. 

A partir de um mapeamento aéreo exato e assertivo, os drones agrícolas consolidam dados acerca de qual plantação está sendo irrigada, bem como a quantidade de água e tempo necessário para o bom desenvolvimento da safra. É uma forma racional e sustentável de utilizar o recurso hídrico.

3. Mapeamento aéreo

A captação e processamento de imagens por meio do GPS permite consolidar dados estratégicos sobre a área de cultivo.

Alguns registros coletados pelos drones agrícolas dão conta de analisar qual a saúde da vegetação, as possíveis falhas nos plantios e as eventuais deficiências nutricionais da vegetação. 

Tipos de drones agrícolas

Com os drones agrícolas, as produções tornam-se menos intuitivas na medida que a agricultura de precisão fornece dados e análises sobre a real situação da lavoura.

Contudo, há diferentes tipos e modelos que devem ser escolhidos a partir do objetivo do produtor e da dimensão de sua lavoura, uma vez que este é um importante investimento. 

Por isso, apresentamos a você dois tipos de drones agrícolas: 

Drones de asa fixa

Este tipo de drone agrícola tem asas planas e possui uma hélice na parte traseira para impulsioná-lo para frente. Parecido com as aeronaves tripuladas, sua autonomia de voo pode variar entre 80 minutos e 24 horas, dependendo da linha investida. 

Por consumir menos energia que as asas rotativas, eles são mais adequados para voos de longa distância que buscam percorrer fazendas de média e grande extensão com agilidade para obter imagens.

Drones de asa rotativa 

Os drones de asa rotativa podem apresentar um único motor (monomotor) ou mais rotores (multi-rotores). 

Apesar da autonomia de voo limitada em comparação com os modelos de asa fixa, seus principais benefícios estão na capacidade de voo estacionário e vertical. Portanto, podem ser utilizados em pequenas e médias propriedades cujo foco esteja no monitoramento e diagnóstico do plantio. 

Conheça 4 modelos de drones agrícolas

Apresentadas as funções e tipos de drones agrícolas, selecionamos para você os quatro modelos mais indicados pelo mercado, de acordo com cada um de seus benefícios. Confira abaixo:

1. Delair UX11 Ag

Drone agrícola Delair UX11 Ag
Imagem criada por Delair

Desenvolvido para o mapeamento de plantas, o Delair UX11Ag fornece dados espectrais e dados com geolocalização exata. Por isso, é capaz de identificar resíduos vegetais, espaços vazios e altura das plantas. As informações consolidadas podem ser acessadas por meio de um aplicativo intuitivo.

2. Trimble UX5 Multiespectral

Drone agrícola Trimble UX5 Multiespectral
Imagem criada por Trimble UX

Também voltado para a coleta de dados, o Trimble UX5 realiza a captação de imagens de alta qualidade. Sua estrutura garante resistência e durabilidade a impactos dos voos. 

3. Daxi 10A e Daxi 50A

Drone agrícola Daxi 10A e Daxi 50A
Imagem criada por Drone Visual

Estes modelos são focados na pulverização das lavouras em áreas de difícil acesso. São indicados para culturas de café e fruticultura, substituindo a aplicação manual que pode resultar em danos à saúde humana. 

4. ElevaSpray 150 

Drone agrícola ElevaSpray 150
Imagem criada por ElevaSpray

Com tecnologia nacional de pulverização, este modelo de drone agrícola pode estocar até 80 litros de insumo por operação, com uma eficiência média de 20 hectares por hora. 

Qual modelo de drone mais se adequa às necessidades de sua propriedade? Escreva nos comentários e confira outros posts em nosso blog!

Inteligência artificial no agronegócio já é realidade?

Ilustração inteligência artificial no agronegócio

As tecnologias vêm realizando grandes mudanças nas cidades, como gestão energética e automatização de processos nas fábricas. No campo, não é diferente: a inteligência artificial no agronegócio resulta em grandes transformações, sobretudo na forma de manejo e conservação do solo. 

Apenas para ilustrar, a revista Forbes indica que o investimento em sistemas inteligentes e conectados de tecnologias agrícolas — incluindo a inteligência artificial — chegará a 15.3 bilhões de dólares até 2025. O dado demonstra o papel central da convergência entre as telecomunicações e as Ciências Agrárias.  

Pensando nisso, este post apresentará o que é a inteligência artificial, quais são os seus benefícios e de que forma ela pode ser aplicada em sua propriedade em alinhamento com a internet rural

Quer saber como lançar mão dessas tecnologias digitais para potencializar a produtividade e rentabilidade de sua propriedade? Siga a leitura!

O que é inteligência artificial? 

A inteligência artificial é uma área da computação dedicada ao desenvolvimento de softwares e sistemas inteligentes de análise. De maneira mais direta, é como se as máquinas pensassem como humanos!

Um ecossistema de inteligência artificial tem a capacidade de analisar grandes volumes de informações e identificar tendências e padrões, gerando recomendações e previsões assertivas em tempo real.

Conforme os dados de interesse são inseridos nos sistemas, os programas inteligentes processam as informações sobre resultados a serem otimizados. Por exemplo, obtém-se indicações sobre a presença de químicos no solo e necessidade de irrigação ou pulverização

Eles podem auxiliar também na análise sobre os maquinários agrícolas, como quantidade de combustível utilizada e necessidade de manutenção. 

Mais do que seu aspecto digital, a inteligência artificial potencializa o agronegócio de forma concreta e prática. Isso porque sua implementação otimiza os custos de produção e racionaliza a aplicação de defensivos nas plantações

Benefícios da inteligência artificial para o agronegócio

A inteligência artificial no agronegócio parte da agricultura de precisão, a qual engloba um conjunto de práticas pela gestão agrícola. 

Importante destacar que para sua aplicação, a conectividade deve  ser de ampla cobertura em áreas rurais e remotas, no intuito de que produtores rurais possam utilizar as ferramentas da agricultura digital.

Ilustração inteligência artificial no agronegócio
Imagem criada por vectoupouch — freepik.com

Afinal, são padrões como Wi-fi/Wireless e NB-IoT que poderão viabilizar os principais benefícios da inteligência artificial em uma propriedade rural. Alguns deles são: 

Tomadas de decisões mais assertivas

Os dados consolidados pela inteligência artificial tornam-se base para tomadas de decisões ágeis e assertivas ao longo do cultivo agrícola. Cotação de preços, monitoramento de solo e do clima são alguns dos exemplos. 

Automatização de máquinas

Potencializada pela inteligência artificial, a automatização das máquinas realiza as melhores práticas de manejo de cultura, permitindo maiores resultados sob menores custos de produção. 

Ações sustentáveis

Em nossos posts anteriores, já pontuamos como as mudanças climáticas comprometem a saúde das safras. 

Portanto, a inteligência de dados oferece conhecimento e análises preditivas aos agricultores sobre a quantidade e tempo exato para a utilização de fertilizantes, defensivos e água nas plantações. Assim, diminui-se a liberação do dióxido de carbono e metano no solo.

Desafios e oportunidades para a inteligência artificial no agronegócio 

Assim como em outras indústrias, a inteligência artificial no agronegócio já é uma realidade. Entretanto, o Brasil ainda enfrenta alguns desafios para o amplo uso das ferramentas digitais no campo.

O primeiro ponto a ser desenvolvido é a baixa cobertura de internet nas áreas rurais e remotas. Isso porque mais de 70% das propriedades rurais vivem sem conectividade no país.

Em um segundo plano, a falta de experiência com tecnologias agrícolas torna a inserção da inteligência artificial no campo mais difícil. Sem o acesso à internet rural, os agricultores não conseguem aproveitar todos os recursos disponibilizados em seus maquinários. 

A boa notícia é que a ConectarAGRO surgiu justamente com o propósito promover a cobertura de sinal em áreas rurais e remotas brasileiras. Além disso, busca difundir os benefícios da internet no campo por meio de dados e fatos.

O 4G em 700MHz é apresentado como uma grande oportunidade, uma vez que o padrão pode atingir uma área de até 35 mil hectares. Seu custo varia de um quarto a meia saca de soja por hectare – entre R$45 a R$95. 

As soluções apresentadas pelo mercado em conjunto com as políticas públicas acelerarão o crescimento da agricultura de precisão e da  inteligência artificial nas propriedades rurais.

Tem interesse em saber mais sobre tecnologia nas áreas rurais? Confira os outros posts do blog.

Indústria 4.0: veja qual o seu impacto no agronegócio

Drone sobrevoando a lavoura - Indústria 4.0

Muita coisa mudou desde 1760, data da Primeira Revolução Industrial. Afinal, as máquinas a vapor deram lugar à energia elétrica e depois à revolução dos computadores. Por sua vez, a velocidade e amplitude das tecnologias alavancadas pela Internet das Coisas movimentaram o que chamamos atualmente de Indústria 4.0 — referência à Quarta Revolução Industrial. 

A transformação da indústria 4.0 impacta também a agricultura, uma vez que ela estabelece formas mais eficientes e competitivas de produção agrícola. De acordo com pesquisa da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a migração industrial para o conceito 4.0 resultará em uma redução de custos de 73 bilhões de reais por ano em manutenção de equipamentos e em gastos com energia. 

Por isso, preparamos este post para você compreender de que forma o agronegócio vem se beneficiando da indústria 4.0 e como a conectividade no campo pode habilitá-la. Quer saber mais? Siga a leitura!

O que é a indústria 4.0?

O conceito de indústria 4.0 foi utilizado pela primeira vez na Alemanha, em 2011, em um evento anual com foco em inovações. Partindo das fábricas inteligentes, diferentes tecnologias são integradas por meio da digitalização das máquinas, tornando as cadeias produtivas mais assertivas e customizáveis.  

 A indústria 4.0 envolve a otimização de produtividade ao lançar mão da coleta e interpretação de dados em tempo real durante 24h por dia, de modo a gerar insights e recomendações aos gestores sobre tomadas de decisões tanto na produção quanto no armazenamento e distribuição dos produtos.  

A sincronização e automatização de informações se tornam  possíveis graças à conexão de uma série de padrões de redes, como a Internet das Coisas (NB-IoT), robótica, inteligência artificial, Big Data e computação em nuvem.

Indústria 4.0 no agronegócio: revolução digital nas fazendas

Atravessadas pelo digital, as tendências da agricultura 4.0 são amplamente influenciadas pelas práticas da indústria 4.0. Adaptadas ao agronegócio, elas proporcionam a gestão de dados do campo, técnicas precisas de plantio, irrigação e pulverização. Em consequência, tais atividades levam mais profissionalização e práticas sustentáveis às áreas rurais. 

Fato é que, diante da ampla concorrência e da necessidade de utilizar racionalmente os recursos naturais para uma produção agrícola ainda maior, as tecnologias da indústria 4.0 tornam os negócios rurais mais competitivos e mantém o agricultor no mercado

Ilustração Indústria 4.0
Imagem criada por rawpixel — br.freepik.com

Com recursos de alto nível tecnológico que conectam pessoas a máquinas, dispositivos e coisas, as fazendas podem atingir todo o seu potencial de inteligência e eficiência em todo o ciclo agrícola. 

Para fins de exemplo, em uma propriedade rural, os sensores acoplados nas máquinas e inseridos no solo identificam remotamente as características da terra e a necessidade de fertilização e irrigação seletiva. Dados analíticos quanto ao consumo de combustível e indicação de manutenção de tratores também são algumas das informações acessadas pelos produtores rurais. 

Importância da digitalização do campo  

Mesmo considerando o impacto da indústria 4.0 no campo, a ausência de cobertura estável nas áreas rurais e remotas pode comprometer a sua digitalização, uma vez que a conectividade habilita a integração entre dados e informações. Esta é uma realidade: segundo o Ministério da Agricultura, 73% das propriedades rurais não estão conectadas.

A partir da pesquisa e cooperação entre organizações de diferentes setores, a ConectarAGRO elege a rede 4G em 700MHz como a tecnologia mais aderente às necessidades do campo, pois tal padrão garante alta cobertura e tráfego ágil e de dados a partir de uma infraestrutura simples composta por antenas, rádios e torres — conferindo qualificação e produtividade às fazendas.

Além dos ganhos econômicos, a digitalização do agronegócio potencializada pela indústria 4.0 e agricultura 4.0 traz vantagens sociais para os trabalhadores rurais, uma vez que a cobertura de conectividade em áreas remotas aumenta a oferta de ensino e projetos educacionais de treinamento e qualificação

A ConectarAGRO, por exemplo, já estimulou a conectividade de 30 mil quilômetros de rodovias, totalizando quase 1 milhão de pessoas beneficiadas, além de 140 escolas rurais públicas e 31 unidades básicas de saúde rurais conectadas. 

Conheça 4 tecnologias da indústria 4.0 utilizadas no agronegócio 

Agora que você compreendeu o que é a indústria 4.0, qual o seu impacto na agricultura 4.0 e qual a importância do 4G em 700MHz para mobilizá-la, torna-se evidente como podemos tornar o agronegócio cada vez mais especializado, tecnificado e lucrativo, certo?

Mulher na lavoura com Tablet na mão - Indústria 4.0
Imagem criada por aleksandarlittlewolf — br.freepik.com

Nesse sentido, entre os inúmeros dispositivos da indústria 4.0 adaptados ao campo, algumas tecnologias são bastante utilizadas, como: 

  • Drones

Os drones podem desempenhar diferentes funções no campo, como aplicar insumos e defensivos sobre as lavouras e áreas de cultivos. Também podem mapear o surgimento de pragas e doenças, além de monitorar focos de incêndio.  

  •  Sensores

Bases da agricultura de precisão, os sensores embarcados em máquinas e tratores coletam dados sobre solo e clima de forma automatizada e ágil, e os produtores podem acessá-los em qualquer horário e lugar.

  • Softwares de gestão 

Com os softwares de gestão, os agricultores podem realizar uma administração baseada em dados e fatos, auxiliando no planejamento de safras, controle de custos e monitoramento de produção. São ferramentas indispensáveis para o gerenciamento de fazendas.

  • Marketplaces

Os marketplaces são plataformas que ligam produtores rurais que estão em busca de soluções a fornecedores dos mais variados produtos. Nestes espaços virtuais, pode-se adquirir insumos, tratores, maquinários e pulverizadores. O Broto, plataforma digital do Banco do Brasil e parceira da ConectarAGRO, é um dos marketplaces voltados para o agronegócio. 

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ConectarAGRO tem novo coordenador de Marketing e Comunicação

A ConectarAGRO anunciou, no final de agosto, a contratação de seu novo coordenador de Marketing e Comunicação, Márcio Galzerani. Com o intuito de somar esforços para a geração de valor da marca da Associação, ele passa a responder pelas estratégias de eventos, comunicação externa e interna da entidade sem fins lucrativos.  

Márcio tem graduação em Administração, Negócios e Marketing pela ESAMC Campinas e trabalhou por mais de dez anos no setor de produção audiovisual e fotografia. No mercado corporativo, atuou como ponto focal de Comunicação Institucional em um hub de inovação voltado para o agronegócio, contribuindo para o processo de estruturação e desenvolvimento da gestão de comunicação.  

“É com muita alegria que agora coordeno a área de Marketing e Comunicação da Associação. Estou muito animado com este novo desafio e conto com todas e todos na missão da ConectarAGRO de levar conectividades às regiões agrícolas brasileiras. Juntos, construiremos um Brasil mais igualitário e produtivo”, afirma Márcio.

ConectarAGRO anuncia expansão do número de apoiadoras

Buscando tornar o agro mais produtivo a partir do fomento à conectividade no campo, a ConectarAGRO anuncia para você, em primeira mão, a chegada de seis novas apoiadoras. 

Entre as empresas anunciadas e ligadas à tecnologia estão a Agrotech, FurukawaFuse IoT, HighLine, Hughes e iCrop. Já no ramo químico, a BASF também compõe o novo escopo de apoiadoras da ConectarAGRO.

A expansão de apoiadoras reforça o propósito da Associação, cujo princípio é a união de esforços a favor de um objetivo: promover a cobertura da rede 4G em 700MHz nas áreas rurais e remotas brasileiras, bem como difundir os benefícios da conectividade no campo por meio de dados e fatos. 

Nesse sentido, as empresas poderão contribuir para os projetos de expansão da internet nas propriedades rurais por meio de tecnologias simples, abertas e acessíveis. Outro eixo de participação está no desenvolvimento de projetos educacionais para agricultoras e agricultores, com o objetivo de qualificá-los e prepará-los para um campo cada vez mais tecnificado.

“Anunciamos com muita alegria o apoio de novas empresas à ConectarAGRO. Isso demonstra a urgência do tema da conectividade no campo e o interesse das organizações em ações de responsabilidade social, principalmente no que se refere à democratização da internet rural. Com isso, esperamos expandir ainda mais a cobertura do 4G em 700MHz nas áreas rurais brasileiras”, elucida Ana Helena de Andrade, presidente da ConectarAGRO. 

Saiba o que é sistema de telemetria e como ele pode reduzir os custos de produção agrícola

Pessoa conectada com celular no campo

A coleta de dados digital impulsiona cada vez mais o agronegócio brasileiro, uma vez que a intersecção entre as telecomunicações e as Ciências Agrárias garantem maior sustentabilidade econômica e ambiental para as propriedades. Um exemplo de produto de tal evolução é a telemetria, um sistema de integração e monitoramento de dados de veículos e máquinas agrícolas. 

Esse foi inclusive um dos temas do ciclo de palestras realizados pela ConectarAGRO durante a Expointer 2022, evento que reúne novidades e tendências do agronegócio brasileiro. 

Quer conferir esta discussão? Siga a leitura! 

Caminhos para implantação da telemetria: a importância da telecomunicação 

Antes de falarmos diretamente sobre a telemetria, é importante entender qual a importância da telecomunicação como viabilizadora da conectividade e internet no campo.

As telecomunicações dão coesão aos fluxos de comunicação entre diferentes pontos, tornando-se uma importante mudança nos paradigmas de produção e consumo nos setores agrários.

De forma mais simplificada, as telecomunicações são compostas por diferentes sistemas, como  os telefones fixos, comunicação satelital, internet, comunicação celular e comunicação sem fio.  Entre as tecnologias sem fio, a ConectarAGRO busca promover o 4G em 700MHz como uma rede de acesso amplo capaz de cobrir as áreas rurais e remotas. Isso porque a baixa frequência de rede habilita um menor uso de antenas para infraestrutura, diminuindo custos de implantação nas propriedades rurais.  

Por meio de uma tecnologia simples, aberta e acessível, as telecomunicações aproximam os produtores dos serviços públicos, integram o campo com as facilidades da vida urbana e fomentam a educação formal e técnica.

Ilustração Telemetria Smart Farmer
Imagem criada por pch.vector — br.freepik.com

Pensando sempre no compromisso com a tecnologia e o benefício que ela irá trazer à sociedade, o 4G em 700MHz confere interconexão de “coisas”, gerenciamento em tempo real de dados e ações remotas. Dessa forma, você, produtora ou produtor rural, pode tomar decisões baseadas em dados consolidados que auxiliam na rentabilidade de uma propriedade.

Além disso, é a rede 4G em associação com o NB-IoT que integra as informações emitidas pelos sensores e compartilhadas entre as máquinas para o desenvolvimento de diagnósticos e insights

Telemetria: redução de custos com máquinas e equipamentos conectados

Por meio da coleta e do compartilhamento de informações entre equipamentos, máquinas e coisas, a telemetria permite o gerenciamento das operações de qualquer lugar, a qualquer instante.

Enviados dos sensores acoplados nos maquinários, as informações telemétricas auxiliam o produtor no monitoramento e no diagnóstico em tempo real das diferentes operações dentro de uma fazenda e até mesmo em outras etapas da cadeia produtiva. 

Entre as diferentes possibilidades, a telemetria consolida dados de interesse como o consumo de combustível, a distância percorrida pelos maquinários, a temperatura do motor e a localização do veículo. A comunicação inteligente também pode ativar máquinas autônomas de produção e mapeamento de áreas agrícolas para irrigação e aplicação de defensivos. 

Ilustração sistema de telemetria
Imagem criada por pch.vector — br.freepik.com

Com a telemetria em uma lavoura, agricultoras e agricultores têm acesso a dados históricos sobre a qualidade da plantação e a informações preditivas sobre solo e clima, prevenindo e minimizando perdas e riscos na safra. 

Em síntese, as tecnologias da agricultura de precisão resultam na otimização dos processos na cadeia de valor. Como prova, o Simulador de benefícios da ConectarAGRO indica que, em uma fazenda com telemetria e gestão digitalizada, o gasto mensal com combustíveis é até 15% menor.

Dados telemétricos na palma da mão

Ferramentas de gerenciamento de frota já são uma realidade no agronegócio. Um dos exemplos apresentados na Expointer 2022 está no aplicativo desenvolvido pela AGCO, uma das empresas associadas da ConectarAGRO. 

Do computador ou smartphone, o AGCO Connect permite acessar remotamente os dados da máquina para a tomada de decisões mais assertivas que melhoram a eficiência operacional, proporcionando ao cliente realizar o correto gerenciamento das máquinas, no momento certo e no lugar certo. 

Assim, o aplicativo apresenta relatórios e insights sobre variáveis importantes na produção agrícola como:

  • Produtividade da máquina
  • Tempo de atividade e ociosidade
  • Consumo de combustível 
  • Horas de trabalho 
  • Velocidade média de trabalho
  • Carga do motor

Como telemetria, os dados são coletados pelos sensores da máquina e são enviados a cada 10 segundos à plataforma, disponíveis para serem visualizados e utilizados de várias maneiras

E você, já utiliza a telemetria em sua propriedade? Confira outros conteúdos do nosso blog.

A tecnologia ajudando a nos adaptar às mudanças climáticas na agricultura

Imagem Campo, Mudanças climáticas na agricultura

Alterações extremas de temperatura, estiagem, enchentes e desequilíbrio de doenças. Você já deve ter experienciado ou ouvido falar desses eventos, certo? As mudanças climáticas na agricultura vêm afetando drasticamente a lavoura de produtores rurais, os quais lidam também com o crescimento da demanda mundial por alimentos. 

Para se ter ideia, uma pesquisa realizada pela NASA e publicada na revista Nature aponta que, sob o atual cenário de emissão de gases de efeito estufa, até 2030, a safra de milho será reduzida em 24%. Outra investigação cientifica realizada pela Embrapa prevê redução de 95% das áreas de cultivo de café em Estados como Goiás, Minas Gerais e São Paulo.

Logo, a criatividade entre agricultura e tecnologia pode assumir um papel central no desenvolvimento de soluções de precisão para adaptar as plantações às mudanças climáticas e, assim, garantir condições para o rendimento ideal.

Um panorama sobre as mudanças climáticas na agricultura 

O clima é definido como a sucessão de diferentes estados de tempo que se repetem a partir de condições atmosféricas próprias de uma região. Apesar das mudanças climáticas fazerem parte de variações naturais no ciclo solar, é fato que as intervenções humanas aumentam a emissão e concentração de gases de efeito estufa, retendo o calor do sol e aumentando as temperaturas.

A liberação do dióxido de carbono e metano pode vir dos transportes, das indústrias, do desmatamento e até mesmo das edificações. 

Uma vez que a boa produtividade agrícola depende de fatores do clima — além do solo, água, luz solar e calor em quantidade ideal —, as mudanças climáticas na agricultura comprometem a saúde das safras, as quais são responsáveis pela alimentação da população brasileira. 

De forma geral, a agricultura pode ser impactada por eventos climáticos e temperaturas extremas e aumento da severidade de pragas e doenças. As alterações nas culturas de produção agrícolas também podem sofrer mudanças, principalmente aquelas que seguem com o uso de sistemas de armazenamento e escoamento da produção.

Quais são as soluções tecnológicas para adaptação às mudanças climáticas?

A produção agrícola e, consequentemente, a segurança alimentar da população dependem de um ecossistema equilibrado. Afinal, segundo o Food Security, programa de pesquisa do Reino Unido, a demanda por água em 2050 aumentará em 120%. Precisaríamos também de 42% a mais de terras disponíveis para cultivo. 

Considerando a escassez desses recursos, de que forma as tecnologias no campo podem ajudar os produtores rurais na adaptação às mudanças climáticas e, sobretudo, no desenvolvimento de produções cada vez mais sustentáveis?

Agricultura de precisão 

As tecnologias capazes de gerar e analisar dados fornecem importantes recomendações sobre a utilização de águas e fertilizantes. Por meio da combinação de sensores, drones e imagens de satélite, os produtores rurais utilizam os recursos de maneira racional e assertiva. Alguns exemplos estão na gestão eficiente de irrigação e na pulverização agrícola inteligente.  

Big data

A programação de algoritmos das tecnologias aplicadas à agricultura utiliza dados consolidados sobre clima e tempo para projetar as condições ideais para desenvolvimento das lavouras. Tais resultados podem auxiliar o produtor na tomada de decisão sobre qual cultura ele deve seguir ou não para obter melhor produtividade e retorno financeiro. 

Aplicativos 

Os aplicativos de smartphones já estão presentes nas propriedades rurais de pequena e média escala, o que inclui previsão do tempo, diagnósticos sobre doenças e pragas nas plantações, cotações agrícolas e facilitação de compra e venda de produtos. Com a presença do 4G em 700MHz no campo, os aplicativos promovem soluções de adaptação às mudanças climáticas que os métodos tradicionais de comunicação e agricultura não conseguem resolver por si só.

De olho no futuro: a agricultura de baixo carbono 

O agronegócio é um dos pilares mais importantes da economia, considerando que, em 2021, ele respondeu por 27% do PIB brasileiro. Ao mesmo tempo, segundo o Banco Mundial, a agricultura é responsável por cerca de 19% a 29% do total de gases de efeito estufa. 

Ilustração mudanças climáticas na agricultura, pessoa no campo
Imagem criada por Tim Mossholder — unsplash.com

A partir das consequências das mudanças climáticas já sentidas a partir da diminuição do rendimento das colheitas, uma das alternativas de adaptação também está na agricultura de baixo carbono. Portanto, o agronegócio vislumbra uma gestão consciente que confere longevidade aos modelos de negócios e à segurança ambiental e alimentar da população. 

Conforme citado anteriormente, as tecnologias de telecomunicações, como o 4G em 700MHz, viabilizam a descarbonização da agricultura pois trabalham a partir de técnicas precisas para a aplicação de fertilizantes, uma vez que o excesso de tais produtos acarreta a emissão de óxido nitroso.  

 O NB-IoT e a telemetria, por exemplo, podem ser usados na a gestão de maquinário e monitoramento em tempo real de dados, fornecendo conhecimento e análises preditivas aos agricultores sobre a quantidade e tempo exato para a utilização de fertilizantes, defensivos e água nas plantações.  

Confira o painel realizado no Congresso ABAG 2022 sobre tecnologia e integração pela sustentabilidade no agronegócio, com participação da presidente da ConectarAGRO, Ana Helena de Andrade.

Você utiliza alguma das tecnologias neste post? De que forma sua propriedade vem se adaptando às mudanças climáticas na agricultura? Deixe seu comentário e acesse o nosso blog.

Como as tecnologias inserem sua propriedade na rota da agricultura sustentável?

Agricultura sustentável Blog ConectarAgro

Um dos passos para a longevidade do agronegócio está no desenvolvimento de uma agricultura sustentável e socialmente responsável. Isso porque cada vez mais os consumidores e o próprio mercado esperam que as cadeias produtivas levem em conta as boas práticas ambientais. 

Para se ter ideia, a plataforma Visão de Futuro do Agro, desenvolvida pela Embrapa, aponta a sustentabilidade como uma das megatendências do agro. Busca por alimentos rastreados, uso de bioinsumos em detrimento de defensivos químicos, conservação da água e redução de perdas e desperdícios são alguns dos desafios. 

Outra megatendência apontada pelo estudo é o uso de tecnologias no campo, uma vez que os sistemas agrodigitais auxiliam os agricultores em tomadas de decisões por meio de dados. Assim, novas oportunidades de produção podem ser exploradas por meio da internet das coisas e da conectividade habilitada pelo 4G em 700MHz.

Nesse sentido, a agricultura sustentável e a tecnologia se aproximam ao passo que oferecem ao agricultor importantes bases para uma produção racional e assertiva, conferindo atenção e segurança ao meio ambiente.

Por isso, neste artigo discutiremos como o uso das tecnologias de telecomunicações podem inserir sua propriedade na rota da agricultura sustentável.

Agricultura 4.0 e agricultura sustentável

A agricultura 4.0 tem um papel fundamental na rota da sustentabilidade. A inovação das tecnologias digitais aplicadas ao campo permite a otimização de produção e gestão agrícola nas etapas pelas quais a lavoura passa

Conceitos como agricultura de precisão, Internet das Coisas e Big Data tornam-se cotidianos para aqueles que buscam produzir alimentos com sustentabilidade. 

De forma prática, esses sistemas auxiliam no uso da água, na pulverização e na gestão racional de defensivos. Além do retorno econômico, os manejos inovadores reduzem os impactos sobre o meio ambiente e tornam mais seguros os alimentos que chegam ao consumidor final.

Panorama da agricultura 4.0 no campo brasileiro 

Viabilizada pelo agro 4.0, a agricultura sustentável foca na longevidade dos recursos naturais. Afinal, segundo estudo da McKinsey, a população mundial chegará a 9.7 bilhões de pessoas até 2050, representando um aumento de 70% na demanda por alimentos disponíveis para consumo. Estima-se também que o fornecimento de água diminuirá em 40% até 2030, aumentando os custos de energia e de nutrientes. 

A pesquisa aponta, no entanto, que as mudanças de paradigmas das tecnologias só podem ser habilitadas pela presença de conectividade no campo. Este é um fator importante para a transição de uma agricultura sustentável, considerando que mais de 70% das propriedades rurais brasileiras não estão conectadas

Imagem máquina agrícola - agricultura sustentável
Imagem máquina agrícola – agricultura sustentável

Ainda assim, isso não diminui o potencial do Brasil no uso dos sistemas agrodigitais. Outra investigação realizada pela McKinsey com 750 brasileiros em 11 estados mostrou que 34% dos agricultores brasileiros usam a internet para compras de produtos e insumos, enquanto apenas 26% dos produtores estadunidenses realizam a mesma atividade. 

Assim, a ConectarAGRO tem o objetivo de promover a expansão da conectividade a partir do 4G em 700MHz, uma tecnologia de alta cobertura simples e aberta aos diferentes equipamentos utilizados pelos produtores rurais. 

Agricultura sustentável habilitada pelas tecnologias 

Os modelos conectados de agricultura sustentável envolvem diferentes recursos tecnológicos, os quais podem tornar a produção mais eficiente sob o aumento de valor agregado ao produto. 

Por isso, separamos duas formas pelas quais sua propriedade pode ser inserida na rota da sustentabilidade na agricultura.

Automação de máquinas

A automação de máquinas está ligada à ampliação de eficiência e capacidade de trabalho por meio de processos operacionais agrícolas executados por máquinas, sensores e dispositivos. 

Os aparelhos de baixa complexidade conectados pela Internet das Coisas (NB-IoT) resulta no aperfeiçoamento de técnicas agrícolas tradicionais, tornando o plantio e colheita mais produtivo no aspecto qualitativo e quantitativo. 

Monitoramento e rastreabilidade agrícola

A prática da agricultura sustentável também está no monitoramento e rastreabilidade agrícola. A partir de sensores e câmeras, os produtores podem acompanhar as etapas de produção, checar o padrão de qualidade de colheita e aplicar ações corretivas. 

A agricultura de precisão também gera uma segurança para os atores das cadeias produtivas, uma vez que no processo há diminuição de riscos de segurança pública — como fraude alimentar e adulteração — e redução de desperdícios.

Por fim, a rastreabilidade agrícola resulta em maior valor agregado ao produto. O Café Santa Emília — fazenda de café contemplada no projeto ConectarAGRO-UFV —, por exemplo, indica o tipo de grão plantado, a localização do plantio e em quais condições foi ele desenvolvido. Tais informações dão aos consumidores de cafés especiais uma visão detalhada sobre o produto. 

Agora que você entende a estreita relação entre tecnologia e agricultura, confira nossos outros artigos dedicados ao tema da sustentabilidade.

Gestão eficiente de irrigação: produtividade e sustentabilidade nas áreas rurais

Imagem planta sendo irrigada

A água é essencial para o crescimento das lavouras e o desenvolvimento dos diversos ecossistemas presentes na agricultura. Por isso, neste post abordaremos o que é a gestão eficiente de irrigação, qual sua importância e de que modo ela pode ser desenvolvida na sua propriedade. 

Devido às mudanças climáticas e à escassez emergente de água potável no mundo, o agronegócio busca se reinventar ao utilizar diferentes tecnologias para desenvolver cadeias produtivas sustentáveis. 

Afinal, a demanda da produção agrícola nacional por recursos hídricos representa quase 50% da demanda geral no Brasil, de acordo com o Atlas Irrigação 2020, da Agência Nacional das Águas

Um dos caminhos é o uso racional e estratégico dos recursos hídricos a partir de sensores habilitados pela conectividade do 4G em 700MHz e a Internet das Coisas (NB-IoT), por exemplo. 

Qual a importância da gestão eficiente de irrigação?

A irrigação é uma técnica da agricultura que fornece — por meio de diferentes modelos — a quantidade necessária que uma plantação precisa para seu pleno desenvolvimento, garantindo produtividade e uma boa safra ao agricultor e ao mercado. 

Apesar da agricultura irrigada favorecer o processo de rotação de culturas, por exemplo, o seu uso em excesso pode gerar gasto de energia elétrica, problemas de nutrientes do solo, desenvolvimento de doenças e, principalmente, um desperdício de água. 

É nesse sentido que a gestão eficiente de irrigação, por meio do uso de ferramentas tecnológicas, pode auxiliar no uso racional de água dentro de uma propriedade. 

De maneira prática, os benefícios do seu uso conectado estão na redução de custos, na melhora de qualidade do produto, no aumento de eficiência dos fertilizantes e até mesmo no combate às pragas. 

Em uma propriedade conectada, a gestão de irrigação é implementada a partir da coleta e análise em tempo real dos dados, auxiliando os agricultores nas tomadas de decisões e na forma mais adequada para a rega. 

De acordo com as informações do Simulador de benefícios da conectividade desenvolvido pela ConectarAGRO, por exemplo, uma gestão eficiente e conectada de irrigação pode diminuir entre 15% a 30% o gasto mensal com energia. Já a economia mensal com manutenção pode chegar a 40%. 

Formas de implementar a gestão eficiente de irrigação

Importantes pesquisas demonstram a necessidade do investimento de políticas públicas na expansão da rede 4G para o desenvolvimento rural sustentável a partir da irrigação inteligente.

 

Imagem ilustrando a gestão de irrigação eficiente
Imagem criada por Gerhard Waller – esalq.usp.br

 

Utilizando-se do padrão NB-IoT e do sistema de armazenamento em nuvem, a gestão de dados poderá acontecer de forma remota, rápida e segura por meio do uso de sensores. 

Assim, há dois tipos de sensores que podem auxiliar na gestão eficiente e conectada de irrigação: 

  • Sensores baseados no clima 

Estes sensores se baseiam na evotranspiração, processo pelo qual ocorre a perda de água do solo por evaporação e a perda da água da planta por transpiração. Para tanto, são utilizadas informações como a temperatura, a radiação solar, a umidade e a velocidade do vento. 

Alguns modelos podem utilizar dados meteorológicos de fontes públicas como referências para o cálculo da plantação na propriedade rural.  Outras formas de medição estão na coleta direta de dados referentes à cultura para as regas mais apropriadas. 

  • Sensores baseados na umidade do solo

A gestão eficiente de irrigação pode ser feita a partir da medição da umidade do solo. Quando inseridos no solo das plantações, os sensores determinam se a terra está seca o bastante para iniciar o ciclo de irrigação. 

Neste sentido, os controladores conectados programam os horários e duração das regas até quando houver umidade suficiente no solo.

Agora que você sabe como o 4G em 700MHz pode habilitar a gestão eficiente de irrigação, qual tipo de sensor é mais adequado para sua propriedade rural? Deixe seu comentário e acompanhe o blog da ConectarAGRO.