Impulsionando a Associação como protagonista na pauta de internet no campo, integrantes da ConectarAGRO participaram como debatedores do curso “Inovações e Transformações no Agronegócio Oportunidades no Contexto Brasileiro”, realizado pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
Durante o módulo sobre conectividade no agronegócio, Alexandre dal Forno, membro da Diretoria, e Renato Coutinho, líder do Comitê de Marketing e Comunicação, estiveram presentes na discussão sobre a consolidação de dados e o potencial das telecomunicações nas áreas rurais.
Organizadas pelos docentes da ESPM, Prof. Dr. Luiz Ojima Sakuda, Profa. Ma. Fabiane Astolpho e Prof. Me. Robert Werneck, o conteúdo programático abordou as tendências do mercado agrícola internacional e as transformações dos modelos de negócios em um contexto de transição para cadeias produtivas sustentáveis e tecnológicas. Assim, foram apresentados cases sobre oportunidades e desafios atuais no setor.
“Foi muito rica a troca de conhecimento com os alunos de pós- graduação da ESPM, na maioria gerentes de grandes empresas. Assim como em outros segmentos, o agronegócio vem sofrendo grandes mudanças a partir da conectividade, sobretudo no aumento da produtividade e na redução de custos. Estamos abertos a novas oportunidades para debates tão enriquecedores para esse tema”, afirma Dal Forno.
“Ao longo de nossa participação, tivemos a oportunidade de reafirmar o compromisso da ConectarAGRO com a promoção às tecnologias no campo e seus inúmeros benefícios. Por isso, agradecemos o convite da equipe organizadora da ESPM”, complementa Coutinho.
Aconteceu, no dia 29 de novembro, mais uma edição da Hora da Conectividade, ciclo de palestras organizado pela ConectarAGRO sobre temas pertinentes à conectividade no campo. Realizado de forma remota e direcionado às associadas, o evento teve como assunto de discussão o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust).
A apresentação foi resultado de encontros prévios com a diretora doMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e membro suplente do Conselho Gestor do Fust, Sibelle de Andrade Silva, com a intenção de identificar e compreender quais as propostas do orgão do Governo Federal no que se refere à aplicação de tecnologias nas áreas rurais.
Já o coordenador geral de Agricultura Digital e Conectividade Rural do Mapa, Alaercio Londe da Silva, foi o convidado responsável pela atualização sobre as atividades desenvolvidas pelo Conselho Gestor do Fundo, equipe dedicada a definir a aplicação de tais recursos.
Durante sua exposição, o porta-voz destacou que o Fust tem a finalidade de levar os serviços de telefonia e internet a regiões isoladas e com infraestruturas inadequadas ou inexistentes. Em seguida, os membros da Associação analisaram as possibilidades de apresentação de projetos em conjunto com o Mapa, visando promover a habilitação da conectividade por meio do 4G em 700MHz.
De acordo com os integrantes da ConectarAGRO, tais políticas públicas aceleram a revolução digital em áreas rurais para aplicação de tecnologias que assegurem o ciclo virtuoso de crescimento constante da produtividade e sustentabilidade do agronegócio brasileiro.
“O evento foi muito pertinente para prover aos associados mais clareza sobre a atuação e as perspectivas do Mapa no Conselho Gestor do Fust. O estabelecimento de canais de diálogo com o Ministério da Agricultura e com os demais integrantes do colegiado é fundamental para que a ConectarAGRO possa contribuir com o objetivo comum de estimular a expansão, o uso e a melhoria da conectividade, sobretudo nas áreas rurais produtivas”, afirma o líder do Comitê Institucional da ConectarAGRO, Felipe Carvalho.
Com o objetivo de avançar no conhecimento sobre a relação entre a internet e o campo, o Comitê Técnico da ConectarAGRO participou, no fim de outubro, da elaboração do Índice Brasileiro de Conectividade (IBC). Estruturado e calculado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a partir de referências nacionais e internacionais, o estudo apresenta um ranking dos municípios, dos estados brasileiros e de seus respectivos estágios de conectividade.
De acordo com o líder do Comitê Técnico e responsável pelo direcionamento do questionário da Anatel, Ricardo Graça, o intuito do levantamento é desenvolver propostas para verificar o aprimoramento do IBC e, por extensão, expandir os indicadores para o desenvolvimento de atividades relacionadas às telecomunicações e à área econômica brasileira.
Entre as principais contribuições da Associação está a proposição de um índice de conectividade rural, com ponderações por tecnologia e pelo valor da produção agrícola e pecuária, os quais serão obtidos pelo Valor Bruto da Produção (VBP) do Mapa, ou da Produção Agrícola Municipal do (PAM) do IBGE do município (em reais). Nesse panorama, as informações serão avaliadas mediante os pesos atribuídos às diferentes tecnologias viabilizadas, sendo elas 2G, 3G, 4G e NB-IoT.
De acordo com o documento preparado pela ConectarAGRO, a adição de um IBC-rural é fundamental para refletir a importância do agronegócio no PIB brasileiro, uma vez que as variáveis atuais são focadas na densidade populacional e, portanto, com maior peso para as áreas urbanas.
“O agro representou cerca de 25% do PIB brasileiro em 2021, mas nosso país ainda conta com 73% de estabelecimentos agropecuários offline. Contribuir para a tomada de subsídios do IBC é um dos nossos esforços para o fomento a políticas públicas dedicadas à alta cobertura nas áreas rurais e remotas”, pontua Ana Helena de Andrade, presidente da ConectarAGRO.
Buscando a meta estabelecida para o ano de 2022, a ConectarAGRO ajudou a promover a expansão de mais de 12 milhões de hectares de 4G nas áreas rurais e remotas no Brasil até o momento.
Os números atingidos beneficiam mais de um milhão de pessoas em 485 municípios de 12 estados diferentes. Os resultados refletem também em mais de 24 milhões de hectares conectados com Narrow Band IoT (NB-IoT), padrão que habilita a conexão de dispositivos de baixo consumo de bateria e com alto volume de dados.
A Associação é resultado do empenho entre várias empresas que trabalham para promover um bem comum: a solução de conectividade aberta (interoperável), simples e acessível — o 4G LTE, na frequência de 700 MHz.
“O agro conectado é mais produtivo, e nós da ConectarAGRO seguimos com o plano de sensibilizar agricultores e formuladores de políticas públicas para a importância da conectividade rural, para o aumento da eficiência na produção agrícola, além da melhora na qualidade de vida das pessoas que trabalham e vivem no campo”, afirma Ana Helena de Andrade, presidente da Associação.
De olho em sua expansão, agora a ConectarAGRO busca cobrir mais de 16 milhões de hectares até 2024.
Reforçando o propósito de se tornar referência na pauta de conectividade no campo, a ConectarAGRO participou do painel “Projetando o Futuro do Agro”, realizado durante a Futurecom no dia 18 de outubro. Apresentado no maior evento de tecnologia da América Latina, o debate sobre agronegócio contou com a participação de Gregory Riordan, vice-presidente da ConectarAGRO, Felipe Garcia, head de Marketing da Nokia Brasil e membro da ConectarAGRO, e Paulo Humberto Gouvea, chefe de Soluções Corporativas da TIM Brasil.
Durante o painel, os membros destacaram a importância da Futurecom para a ConectarAGRO, já que a Associação sem fins lucrativos foi consolidada na edição de 2019. “Em três anos de existência, possuímos mais de 40 empresas associadas, as quais auxiliaram na cobertura de mais de 7 milhões de hectares”, explica FelipeGarcia. O atingimento do número resultou em um benefício direto para a população: “Cerca de um milhão de pessoas, incluindo 130 escolas públicas e 31 unidades de saúde, passaram a ter acesso à internet”, acrescentou.
Os resultados demonstram que a conectividade amplia a produtividade agrícola, conforme explicou Gregory Riordan: “A agricultura 4.0 traz ganhos maiores em big data e inteligência artificial, por exemplo. Em termos de produtividade, uma fazenda conectada pode ter um ganho de 15% a 30%”. Apesar disso, ainda há um árduo trabalho a ser concluído: “Mesmo com os ganhos comprovados, ainda existem locais sem acesso a qualquer tipo de internet. O papel das empresas e seus stakeholders é promover a expansão do 4G em 700MHz no campo”, continuou.
Nesse sentido, Paulo Humberto destacou a aderência do 4G às necessidades de agricultoras e agricultores, considerando a estrutura de telecomunicações já existente: “O agro precisa de conectividade, e o 4G atende às atuais questões do mercado. Estamos prontos para atender a todas as demandas de conectividade no mercado”, elucidou o chefe de Soluções Corporativas da TIM Brasil.
Além do eixo produtivo, a ConectarAGRO vem oferecendo cursos de capacitação em tecnologias no campo para produtoras e produtores rurais. Realizado em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) em Mato Grosso e São Paulo, o Formação Conectada busca capacitar pessoas para a utilização tecnologias embarcadas.
Em paralelo, as associadas também buscam promover a adoção de soluções de indústria 4.0 no país, conforme apontou Felipe Garcia. “Desenvolvemos um laboratório no estado de São Paulo que fornece treinamentos e instalações de testes para acelerar a adoção dessa tecnologia no Brasil, à medida que cresce a necessidade de automação e inteligência artificial”.
Com o intuito de deliberar as alterações do seu Estatuto, a ConectarAGRO realizou, no dia 13 de outubro, no escritório da KLA Advogados, em São Paulo, a reunião do Comitê Executivo e da Assembleia Geral. O encontro teve a participação on-line e presencial de todos os nove associados.
De acordo com os integrantes, a adequação do regimento busca simplificar o funcionamento da Associação e dar dinamismo às atividades realizadas. Uma das principais alterações foi o alinhamento de todas as organizações em uma única categoria de associadas — as quais anteriormente eram divididas entre Ouro e Prata. Assim, os votos de todas as empresas desse grupo passam a ter o mesmo peso nas Assembleias.
As mudanças aprovadas contemplaram também a criação de dois novos cargos na Diretoria, os quais exercerão funções específicas. Além dos postos de presidente e vice-presidente, a ConectarAGRO contará com um diretor financeiro — assumido por Alexandre Dal Forno, diretor de desenvolvimento de marketing IoT e 5G na TIM Brasil — e um diretor de gestão — Anselmo del Toro Arce, diretor da Solinftec.
Seguindo a pauta da reunião, a presidente da ConectarAGRO, Ana Helena de Andrade, realizou uma apresentação sobre o cenário atual do agronegócio, as oportunidades das telecomunicações no campo e o comportamento de produtores agrícolas brasileiros.
Em parceria com a empresa de consultoria de alta gestão Mirow & CO, os membros participaram de uma dinâmica de escolhas estratégicas para a formação de conceitos e diretrizes internas da ConectarAGRO.
“Em nome do Comitê Executivo, gostaria de agradecer a presença de todas e todos nesta reunião fundamental para pensarmos em nossas diretrizes internas e planejarmos os próximos passos da ConectarAGRO. A expectativa é de colocarmos em prática todas as contribuições apontadas durante a Assembleia”, comenta Ana Helena.
A ConectarAGRO, em parceria com a Fundação André e Lucia Maggi (FALM)e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Mato Grosso (Senar-MT), realizou o seu segundo curso de aperfeiçoamento em tecnologias no campo. Ao todo, mais de 44 operadores técnicos participaram do Formação Conectada, projeto educacional que ocorreu na região de Campo Novo do Parecis-MT durante os meses de agosto e setembro.
Com foco na configuração e operação do aplicativo Precision IQ, desenvolvido pela Trimble, o curso híbrido foi dividido em uma parte teórica — ministrada totalmente online — e uma parte prática, a qual foi realizada na fazenda com o instrutor do Senar-MT. Após a conclusão do módulo, a expectativa é que os profissionais apliquem as técnicas discutidas durante o ensino.
O Formação Conectada, primeira etapa do Projeto Educacional da ConectarAGRO, busca promover cursos por meio da educação tecnológica acessível, a fim de buscar qualificação profissional digital, focando em melhorias do campo e em tecnologias embarcadas que facilitem as operações agrícolas com precisão.
De acordo com a analista de Projetos e responsável pelo projeto por parte da FALM, Adriana Caramello, a Fundação tem como missão contribuir com o desenvolvimento local e humano e, por isso, a qualificação e o desenvolvimento de competências técnicas é essencial para gerar impactos positivos nos indivíduos e comunidades onde atuamos. “Esse projeto conseguiu conectar a demanda por conhecimentos em tecnologias embarcadas com setores detentores dessa expertise ofertando um curso híbrido, levando em consideração as adversidades do trabalho no meio rural”.
A presidente da ConectarAGRO, Ana Helena de Andrade, afirma: “Esse movimento reforça o propósito da Associação de conectar máquinas, coisas e pessoas, levando ganhos para os trabalhadores da fazenda e para a comunidade local. Essa ação se insere no Formação Conectada, projeto educacional que foca na capacitação para o uso mais assertivo das tecnologias. O agro conectado é mais produtivo”.
“Para nós, é uma satisfação poder contribuir com este trabalho. A missão do Senar-MT é promover o desenvolvimento profissional e social para o meio rural com soluções educacionais inovadoras. Parcerias como esta contribuem para que tenhamos cada vez mais profissionais qualificados para atender as demandas do setor”, complementa o presidente do Sistema Famato – Senar-MT, Normando Corral.
A série de lives Circuito de Negócios Agro, realizada em novembro pela plataforma digital Broto, do Banco do Brasil, contou com a participação de membros da ConectarAGRO. Parte da 3ª Feira Virtual BB Agro, o webinário sobre conectividade e sustentabilidade no campo teve a presença de Anselmo Arce, membro da Diretoria da Associação e diretor da Solinftec , Erika Michalick, líder do projeto educacional na ConectarAGRO e gerente de Sustentabilidade da CNH Industrial, e Douglas Conche, assessor de Agronegócios do Banco do Brasil. O debate foi mediado por Pedro Marques Junior, superintendente de Varejo do Banco do Brasil no Paraná.
Durante a ocasião, os porta-vozes destacaram a conectividade como um insumo importante para o setor agropecuário do país. Assim, ela possibilita a adoção de tecnologias digitais e o acesso à capacitação remota orientada a processos produtivos mais eficientes e sustentáveis.
Segundo Erika, as tecnologias viabilizadas pela cobertura 4G em 700MHz concretizam a revolução no campo, pois tornam as fazendas mais qualificadas. “Com as plataformas, temos condições de consolidar informações sobre meio-ambiente, clima e controle de pragas. A análise de dados também pode ser alinhada à logística. Podemos dizer que estamos levando desenvolvimento ao agro”, afirma a líder do Formação Conectada, projeto educacional da ConectarAGRO.
Essa transformação é materializada pelas indústrias de maquinários e telecomunicações, as quais focam no desenvolvimento de softwares customizados e de tratores autônomos. Os sistemas de conectividade conferem qualidade de vida a produtoras e produtores rurais, apoiando-se nos dados para as tomadas de decisões.
Por essa lógica, segundo Anselmo, a tecnologia se torna uma importante aliada para a otimização das cadeias produtivas agrícolas e a diminuição do impacto no meio ambiente. “Muitas empresas desenvolvem soluções altamente tecnológicas para que, a partir de dados, os produtores tenham insights sobre o clima”, explica.
Governança para sustentabilidade e educação no agro
De acordo com Anselmo, as tecnologias auxiliam o produtor na aplicação mais eficiente e sustentável de água, produtos químicos e fertilizantes. “As soluções Solinftec, por exemplo, conferem uma economia de 30% no uso de combustível. A Control Union, organização independente de consultoria, certificou que o uso de nossas tecnologias nos últimos três anos teve um impacto equivalente a 83 milhões de árvores plantadas”, elucida o membro do Conselho de Administração da ConectarAGRO.
Entretanto, os benefícios da conectividade devem ser vislumbrados em conjunto com a capacitação de trabalhadoras e trabalhadores do campo. Na experiência de Erika, esse é um desafio: “Não haverá um efetivo retorno financeiro para o agricultor se ele não for capacitado para operar as tecnologias. Por isso, o braço educacional da ConectarAGRO foca a formação técnica e a aplicação de conhecimento prático sobre computadores de bordo e outras tecnologias da agricultura de precisão”.
Nesse sentido, ambos os porta-vozes concordam que a conectividade dá amplitude aos diferentes eixos de governança, incluindo as dimensões sociais e ambientais. Para tanto, os esforços não devem ser direcionados à democratização da internet em um ponto fixo, mas em uma região coberta e expansiva. “Não é sobre nossa porteira, mas sobre nosso entorno. É um sinal de internet da comunidade, a qual dá acessibilidade aos pequenos produtores”, concluem.
Você já ouviu falar na Futurecom? Trata-se do maior evento do setor de telecomunicações, TI e internet da América Latina, no qual se encontram as principais empresas, executivos e comunicadores para debaterem sobre o setor de tecnologias e telecomunicações.
A edição da Futurecom 2022 ocorreu entre os dias 18 e 20 de outubro. Ao longo de três dias de evento, apresentaram-se diversas inovações e soluções direcionadas aos diferentes públicos.
Sabendo da importância do evento, a ConectarAGRO esteve presente nas discussões sobre o futuro da conectividade no agronegócio. Afinal, compreendemos a importância da intersecção entre as telecomunicações e Ciências Agrárias.
Diante da relevância do tema, preparamos este post para te atualizar sobre os principais destaques da ConectarAGRO na Futurecom. Confira abaixo!
ConectarAGRO na Futurecom 2022: telecomunicações pelo agronegócio
A Futurecom faz parte da história da ConectarAGRO, já que em 2019 a Associação foi anunciada como iniciativa no mesmo evento. Três anos depois, ela conta com aproximadamente 40 empresas associadas que auxiliaram na cobertura de mais de 7 milhões de hectares. A internet rural chegou a cerca de 130 escolas públicas e 31 unidades de saúde.
De acordo a revista Exame, o agro representa 27% do PIB brasileiro. Para expandir tal produtividade e qualidade de vida no campo, a ConectarAGRO se dedica à educação técnica para agricultores. No projeto educacional, produtores rurais aprendem a utilizar dispositivos e máquinas conectadas pelo padrão NB-IoT.
Dessa forma, a Associação promove um trabalho social, dando a oportunidade de jovens se especializarem mesmo vivendo nas áreas rurais.
3 destaques apresentados pela ConectarAGRO durante a Futurecom 2022
A agricultura conectada é uma das chaves de ouro para tomadas de decisões assertivas em uma fazenda mais produtiva e sustentável.
Sem acesso às redes, no entanto, os recursos dos maquinários são subaproveitados, uma vez que os agricultores não conseguem ter acesso às informações sobre clima, solo e plantação, por exemplo.
Buscando promover a diminuição desse gap, a ConectarAGRO lidera o debate sobre o aceleramento da conexão entre coisas, máquinas e pessoas. Durante a Futurecom, a Associação levantou 3 pontos de discussão fundamentais. Leia mais.
Mais áreas conectadas até o fim de 2022
Até o fim do ano, a Associação estima o atingimento de 13 milhões de hectares conectados com o 4G no Brasil, representando um aumento significativo em relação aos 7 milhões de hectares anteriormente anunciados.
O uso de internet rural nas fazendas torna os processos agrícolas mais rentáveis. Com o acesso à rede, os produtores podem se comunicar com familiares, realizarem consultas por telemedicina e até mesmo contatar a polícia.
Importante destacar que a conectividade no campo não beneficia somente os agricultores, mas toda uma cadeia produtiva formada por rodovias federais e estaduais e estradas vicinais pelas quais passam cargas.
4G em 700MHz ainda é a tecnologia mais aderente
Como já abordamos anteriormente em nossos posts, o vice-presidente da ConectarAGRO, Gregory Riordan, afirmou que o 5G viabilizará tecnologias disruptivas a longo prazo.
Contudo, segundo Riordan, o 4G em 700MHz já atende plenamente às necessidades dos agricultores. Isso porque a rede habilita a automatização de máquinas e a gestão de processos rurais sob uma estrutura menor em relação a outras frequências legalizadas do 5G.
Desafios ainda devem ser superados pelo agro
Apesar da alta no número de hectares conectados, ainda há áreas rurais sem internet. Nesse sentido, a ConectarAGRO entende que o papel das organizações — junto aos seus diferentes stakeholders — é promover os benefícios da conectividade no campo por meio do 4G em 700MHz.
Vale lembrar que a Associação trabalha também pelo desenvolvimento de políticas públicas voltadas a tornar o agro cada vez mais conectado e, por extensão, ainda mais produtivo.
Após se inteirar sobre a importante discussão realizada pela ConectarAGRO na Futurecom, que tal conferir os outros conteúdos de nosso blog? Acesse aqui.
As grandes capitais brasileiras já experimentam uma nova era da tecnologia: a rede 5G. A quinta geração de conexão sem fio promete fornecer maior velocidade de dados e aplicações avançadas na economia, educação, saúde e transporte.
A mesma expectativa se estende para as áreas rurais. A arquitetura da rede 5G traria ainda mais produtividade para o agronegócio, setor que emprega cerca de 19 milhões de pessoas, de acordo com a CNA.
Apesar do Governo Federal prever que todas as localidades do país terão acesso ao 5G até 2029, ainda há desafios significativos para a implementação de conectividade no campo. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), apenas 23% das áreas rurais possuem algum nível de cobertura.
Pensando no potencial do 5G, seus benefícios e os obstáculos para a implementação da conectividade no campo, este artigo discutirá os seguintes tópicos:
O que é a rede 5G
Quais os seus benefícios
Panorama do 5G no agro brasileiro
5G e ampliação do agro 4.0
Quais os diferenciais da rede 5G?
Ao traçarmos uma breve linha do tempo, entenderemos que o 2G habilitou a chamada de voz. Já o 3G permitiu a troca de mensagens de texto. Por fim, o 4G impulsionou o uso de aplicativos e o compartilhamento de vídeos.
Nesse sentido, a rede 5G se refere à quinta geração das redes móveis. Em uma evolução do 4G utilizado atualmente, o 5G oferece um padrão de velocidade ainda maior sob um alto número de usuários conectados ao mesmo tempo.
Na prática, o envio e recebimentos de dados e arquivos serão dez vezes mais rápidos do que os padrões vigentes. Além disso, permitirá uma conexão mais estável.
Aplicadas ao agronegócio, as evoluções das telecomunicações automatizam as tarefas repetitivas de trabalho intensivo no campo. Logo, temos uma produção não somente baseada nas técnicas agrícolas tradicionais, mas sobretudo na inteligência artificial e nos dados consolidados por ela.
Benefícios da rede 5G na agricultura
A rede 5G propõe transformações ao longo de toda a cadeia produtiva agrícola. Abaixo, indicamos 3 importantes benefícios da quinta geração para o agronegócio.
Gestão de processos
Já habilitada pelo 4G, a gestão conectada de processos torna-se mais integrada. Com dados coletados durante 24 horas por dia durante 7 dias por semana, agricultores obtém uma análise ágil e fundamentada de suas lavouras e de seus maquinários.
Redução de custos e menor desperdício de recursos
A velocidade da rede 5G torna menor o custo de produção e a taxa de desperdícios de recursos. Isso porque o rápido compartilhamento de dados permite que produtores rurais confiram em tempo real quais são as áreas que demandam mais atenção de irrigação ou pulverização, por exemplo.
Aumento da segurança nas áreas rurais
Com o processamento de vídeos, a rede 5G auxilia na vigilância contra furtos de maquinários, animais e defensivos. A própria comunicação entre gestores, funcionários e polícia se torna mais eficiente e rápida com a conexão.
Panorama do 5G no agro brasileiro
Até aqui, você pôde compreender como a rede 5G impacta diversas etapas da produção agrícola, correto? Aliada ao impulsionamento dessa tecnologia, o Brasil possui grande potencial de tornar as áreas rurais cada vez mais conectadas e automatizadas.
Segundo a revista Exame, startups dedicadas a soluções tecnológicas para agricultura e pecuária já captaram cerca de$ 54,7 milhões no primeiro semestre de 2022. A informação demonstra a grande receptividade de pequenos e médios agricultores aos sistemas inteligentes no agronegócio.
Segundo pesquisarealizada pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), o país demanda a instalação de 15 mil torres e a ampliação de 4 mil equipamentos existentes para que 90% das áreas rurais tenham acesso à internet.
Outro ponto importante é que, devido a alta frequência, as antenas 5G cobrem uma área menor quando comparadas às tecnologias já utilizadas.
De acordo com a presidente da ConectarAGRO, Ana Helena de Andrade, uma torre de 4G em 700MHz cobre um raio de 35 mil hectares. Já nas frequências autorizadas do 5G, precisaríamos de sete torres de 5G para cobrirmos o mesmo espaço. Isso significa maior perda de espaço, pois deixamos de ter áreas contínuas de cultivo para interrupções de instalações de infraestrutura
Por essa lógica, a implementação da rede 5G servirá como base para as operadoras otimizarem a capacidade do sinal 4G existente e ainda o aumentarem em áreas de baixa densidade populacional.
Contrapartidas como o leilão 5G e o Fundo de Universalização das Telecomunicações (Fust) podem conectar o campo com o 4G em 700MHz, tecnologia já consolidada e aderente às necessidades dos produtores rurais.
Quais as suas expectativas para utilizar o 5G em sua propriedade? O 4G em 700MHz já está presente na sua fazenda? Comente abaixo e confira os conteúdos de nosso blog e mídias sociais.