ConectarAGRO

Desvendando o futuro do agronegócio: conectividade veicular e inteligência artificial em evidência

Pautando a esfera pública sobre a importância da conectividade no campo como um catalisador de oportunidades para práticas agrícolas mais eficientes, sustentáveis e lucrativas, a ConectarAGRO marcou presença em uma série de eventos estratégicos durante o mês de outubro. No centro das discussões, os avanços e desafios para a digitalização do agronegócio.

Uma das participações foi o painel intitulado “Desafios da conectividade veicular para o setor agrícola”, realizado durante a Rota Tech, em São Paulo-SP, evento sobre o setor automotivo coordenado pela Fundep que concentrou os esforços nas linhas do programa Rota 2030. Compartilhando experiências sobre a evolução tecnológica para o segmento, Ana Helena de Andrade, presidente da ConectarAGRO, Paola Campiello, membro da Associação e Marcelo Costa, professor da Universidade Federal de Minas Gerais, compartilharam suas perspectivas sobre o assunto.

Para os participantes, as máquinas agrícolas geram cada vez mais em dados, mas a sua plena interpretação e integração depende da conectividade no campo, fator ainda desafiador para a maioria das propriedades rurais. Além da infraestrutura subaproveitada, outro ponto a ser superado é a falta de mão de obra qualificada, que deve ser desenvolvida por políticas públicas e projetos educacionais das organizações.

Outro evento de destaque na agenda da ConectarAGRO foi a participação de Anselmo del Toro Arce, diretor da Associação, na mesa redonda “Agricultura digital: avanços e perspectivas”, organizado de modo on-line pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), em parceria com Observatório do Futuro do Trabalho e o Projeto de Pesquisa Competências Digitais na Educação.

Em sua apresentação, Anselmo discutiu o potencial do uso de ferramentas agrícolas para impulsionar o agronegócio brasileiro. Para ele, a inteligência artificial tem um papel crítico no desenvolvimento pleno da agricultura digital, já que melhorar a eficiência e a produtividade da agricultura, permitindo que os agricultores tomem decisões mais informadas e precisas.

Mais do que oferecer dados e insights, as plataformas de IA podem indicar uma orientação clara do que o produtor deve fazer em cada etapa da sua safra, decidindo e executando cada a ação a ser tomada para uma sustentabilidade econômica e ambiental do negócio.

A ConectarAGRO reitera sua missão de impulsionar a transformação digital do agronegócio e permanece comprometida em colaborar com todos os stakeholders para superar os desafios e explorar ao máximo as inúmeras possibilidades oferecidas pelas ferramentas digitais. O agro conectado é mais produtivo, e a ConectarAGRO segue no fomento à plena conectividade nas áreas rurais e remotas produtivas.

Presidente da ConectarAGRO discute soluções de conectividade no campo com representantes da Secretaria de Agricultura

No fim de outubro, a presidente da ConectarAGRO, Ana Helena de Andrade, participou de um encontro de relacionamento com o secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Guilherme Piai. Durante a ocasião, foram discutidas soluções que buscam promover benefícios sociais e produtivos às populações do campo.

Conforme observou Ana Helena, o objetivo da Associação é conectar população e produtores rurais de forma barata e inteligente, utilizando uma rede aberta que conecte máquinas e pessoas — a rede 4G em 700MHz. Para contabilizar o investimento necessário, a Associação utiliza uma metodologia usando dados públicos.

“A ConectarAGRO só tem um propósito: conectividade ao agro. Nossas ações possuem caráter social, para garantir dignidade no campo, e aumentar a produtividade agrícola”, comentou Ana Helena.

De acordo com a Secretaria, o intuito é utilizar dados coletados pelo Programa Rotas Rurais para avaliar quais são as localidades prioritárias para estabelecer conectividade. O Pontal do Paranapanema deve ser a primeira região a ser contemplada.

“Nós já temos um modelo pronto em que o Estado não gasta dinheiro. Podemos levar banda larga e sensoriamento com um preço social de R$29,90 por mês. Precisamos do apoio da iniciativa privada”, destacou Guilherme Piai.

Ao final da reunião, a presidente da Associação convidou a equipe da Secretaria a participar da “Hora da Conectividade”, ciclo de palestras sobre agricultura digital promovida pelo ConectarAGRO mensalmente.

 

*Notícia produzida com base na matéria publicada pela Assessoria de Comunicação da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

Cultivando conhecimento conectado: o papel da tecnologia na transformação da educação das áreas rurais

O agronegócio está de porteiras abertas para a agricultura digital habilitada pela conectividade. No entanto, para que esse ciclo virtuoso de produtividade, sustentabilidade e qualidade de vida se concretize plenamente, é essencial promover a integração da tecnologia nos processos de ensino-aprendizagem das escolas rurais e capacitar os profissionais que atuam no campo.

O assunto foi tema da mais recente edição da Hora da Conectividade, evento on-line realizado pela ConectarAGRO para discutir as ações desenvolvidas no projeto educacional Formação Conectada. Conduzido por Erika Michalick, líder da iniciativa, e Fátima Gonçalves, diretora da Associação, o bate-papo girou em torno das principais atividades do Comitê Educacional e dos próximos passos para expandir e escalonar o projeto.

Com a parceria da Fundação André e Lucia Maggi (FALM) e participação da MegaEdu, Senar-MT e Sincroniza, a iniciativa piloto foi implementada na Fazenda Itamarati e a Escola Estadual Argeu Augusto de Moraes, ambas localizadas na Vila Itanorte, em Campo Novo dos Parecis-MT.

O projeto abrange duas abordagens essenciais. A primeira, voltada para a educação básica, busca aprimorar a educação tecnológica através da melhoria de metodologias, ferramentas e indicadores pedagógicos para os professores do ensino fundamental e médio nas regiões onde o projeto está sendo implantado. A segunda área de foco é o aperfeiçoamento profissional, com cursos de capacitação destinados aos colaboradores da fazenda.

“Com os nossos parceiros estratégicos, lançamos mão de um estudo para desenvolver um diagnóstico de internet na escola selecionada e trabalhar a releitura da pedagogia sob a ótica da conectividade”, explica Erika.

Além da identificação de pontos-chave que garantam a infraestrutura de distribuição de WiFi de alta qualidade para que as atividades digitais de professores e alunos sejam realizadas com sucesso, o projeto se dedica à capacitação tecnológica de educadores sobre temas como competências digitais, papéis entre aluno e professor nas práticas pedagógicas, bem como uso de recursos de apoio.

No que diz respeito à formação técnica, os operadores de máquinas recebem treinamento sobre tecnologias e inovações, abrangendo tópicos teóricos como interpretação de dados e o uso de ferramentas relacionadas à agricultura de precisão por meio de cursos personalizados, adaptados às necessidades do campo, em parceria com instituições educacionais.

Na parte prática, os profissionais aplicam o conhecimento sobre o funcionamento de equipamentos, como o de Configuração e Operação no aplicativo Precision-IQ, da Trimble, software de gerenciamento de dados agronômicos.

“Desenvolvemos um sistema híbrido para treinamentos on-line curtos e atividades práticas de acordo com a cultura local da região do Mato Grosso. A parceria desenvolvida foi imprescindível para darmos escalabilidade ao curso, que conta hoje com mais de 85 pessoas formadas”, destaca Fátima.

Com base no aprendizado obtido no projeto-piloto, as membros do Formação Conectada explicam que os próximos passos envolvem o monitoramento das tecnologias utilizadas pelos professores em sala de aula e a centralização dos cursos oferecidos pelas organizações parceiras, visando facilitar o acesso dos colaboradores.

Para expandir o programa para outros estados, o Comitê Educacional conta com a participação ativa e o engajamento das associadas da ConectarAGRO no desenvolvimento de estratégias para a educação tecnológica.

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ConectarAGRO celebra seu 5º aniversário e destaca conquistas na expansão da conectividade durante a Futurecom

ConectarAGRO na Futurecom

A Associação ConectarAGRO comemorou seu quinto aniversário desde sua concepção na Futurecom 2018. Durante esses cinco anos, a Associação fez avanços notáveis na conectividade rural auxiliando a transformar o cenário agrícola do país.

A ConectarAGRO nasceu a partir de uma reunião de líderes das empresas AGCO, CNH Industrial, Bayer, Nokia, Solinftec, TIM e Trimble na Futurecom, que compartilharam a visão de resolver o desafio comum de falta de conectividade no campo. O que começou como uma iniciativa se transformou oficialmente em uma Associação em 2020.

A entidade durante os anos auxiliou a promover a conectividade, via banda larga 4G, em extensas áreas rurais e remotas no Brasil, beneficiando um grande número de pessoas, propriedades rurais, cidades, estados, unidades básicas de saúde e escolas públicas em áreas rurais. O objetivo é oferecer uma solução de conectividade aberta, simples e acessível — o 4G LTE na frequência de 700 MHz —, garantindo uma conectividade estável em toda a área produtiva.

A ConectarAGRO também desempenhou um papel importante ao auxiliar cobertura para soluções de Internet das Coisas (IoT) em uma extensa área. O uso do NB-IoT é essencial para conectar máquinas e sensores, que desempenham um papel fundamental no desenvolvimento do agronegócio. Essa tecnologia pode ampliar significativamente a cobertura em comparação com o uso de smartphones e, ao mesmo tempo, consome menos energia.

Presidente da entidade marca presença em painel de debates

O ponto alto das comemorações do quinto aniversário da ConectarAGRO foi a participação de Ana Helena de Andrade, presidente da Associação, em um painel de debates no FutureCongress, no dia 3 de outubro de 2023. O painel intitulado “Verdade (e) ou Desafio: O agro conectado, digital, mais produtivo e com menor desperdício” abordou questões cruciais sobre a digitalização do campo, incluindo soluções de conectividade, IoT, sensores, drones e veículos autônomos, e como essas tecnologias estão fazendo a diferença nos negócios dos produtores de diferentes tamanhos.

Ana Helena, uma das debatedoras do painel, compartilhou a visão da ConectarAGRO na transformação digital do agronegócio brasileiro. Durante a sua exposição, ela apresentou um breve panorama da produção agrícola em território nacional, caracterizado por ter uma participação de 27% no Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Apesar disso, segundo a presidente, ainda há uma disparidade na qualidade do acesso no campo do Brasil. Os dados apontam que 10% das propriedades produzem 90% do que é exportado, uma vez que elas já possuem um nível consolidado de maturidade quanto ao uso de conectividade. Entretanto, a maior dificuldade está nos pequenos estabelecimentos rurais: “Hoje, 70% das propriedades rurais ainda não têm infraestrutura de comunicação móvel”, apontou.

Para preencher esta lacuna, a ConectarAGRO vem se dedicando ao convênio com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), projeto direcionado ao levantamento de dados e ao desenvolvimento do Indicador de Conectividade Rural (ICR) para a mensuração da disposição de conectividade nas áreas de produção agrícola.

A partir de uma metodologia científica, o intuito é que o ICR forneça subsídios para a tomada de decisões públicas e privadas. Para Ana Helena, a prioridade estratégica da entidade é “o estímulo de políticas públicas que acelerem o acesso a conectividade por agricultores de pequena e média escala assim como a demonstração dos impactos da agricultura digital no aumento produtividade de modo a suportar as decisões de investimento”.

Além da presidente da ConectarAGRO, o painel contou com a presença de Tomás Balistiero, COO da Citrosuco, Deise DallaNora, Country Head Brazil & Latam da Varda – Field Data Exchange, e Aldo Clementi, diretor de Desenvolvimento de Negócios da IHS Tower. Além disso, Eduardo Polidoro, diretor de IoT e M2M da Claro, e Paula Rebelo, representando a Cocamar Cooperativa Agroindustrial, também estiveram presentes como convidados.

A participação da Associação na Futurecom 2023 representa um compromisso com a inovação e o avanço tecnológico no setor agrícola por meio do debate e fomento à implementação de conectividade e de tecnologias nas áreas rurais do Brasil.

Além da conectividade no campo: capacitação de pessoas impacta o uso das ferramentas digitais

Além da capacidade tecnológica produtiva por meio da integração de conectividade e tecnologias de ponta, a profissionalização e a especialização dos agricultores são fundamentais para o avanço e desenvolvimento do setor. No entanto, as medidas que têm como foco uma produção mais sustentável ainda esbarram na dificuldade de uso das novas tecnologias.

Com o objetivo de discutir este assunto, o evento online “Hora da Conectividade”, organizado pela ConectarAGRO, contou com a participação de Gladys Mariotto, CEO da Já Entendi Agro, empresa que promove capacitação para a base da pirâmide, com foco em pessoas com baixa escolaridade ou dificuldades de aprendizagem.

Em sua apresentação, Gladys explicou que a neurociência pode ser um importante suporte para a acessibilidade comunicacional na educação de adultos com baixa escolaridade, e que é preciso desenvolver metodologias de aceleração de aprendizagem para ajudar na capacitação das pessoas.

“Segundo dados do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), a porcentagem de alfabetismo rudimentar no agro é de 49%, enquanto do alfabetismo elementar é de 23%. Isso dificulta a capacitação para novas tecnologias e a inserção das pessoas na rota da conectividade no agro”, explica.

A primeira entrada da startup Já Entendi Agro no campo foi a partir do Programa de Inovação Aberta da Bayer, que consistia em desenvolver uma tecnologia educacional escalável e ideal para o agro. O desafio possibilitou uma pesquisa de campo com mais de 80 agricultores e 200 operadores para entender suas principais percepções, como dificuldades no uso de novas tecnologias, falta de mão de obra capacitada e ausência de olhar estratégico para a gestão de pessoas.

“Nesse estágio, tivemos depoimentos importantes para direcionar o nosso negócio, como um operador que devolveu plantadeira por dificuldade de operação e a agricultora que não conseguiu certificação por falta de informação”, continua Gladys.

Para endereçar uma solução a tal problemática, a Já Entendi Agro desenvolveu um super app de educação especializado no agro, que oferece uma trilha de aprendizagem escalável e personalizada com base em dados. A plataforma oferece capacitações, treinamentos em vídeo, atividades e simulações de forma simples e prática.

“A ideia é que a fazenda utilize a agricultura de precisão, o algoritmo da Já Entendi processe os dados e monte e disponibilize trilha de aprendizagem ideal”, finaliza Gladys.

Rota 2030: desvendando inovações em conectividade veicular

Em um mundo que está rapidamente abraçando a transformação digital, o setor agrícola também vem passando por uma revolução por meio da conectividade e integração de tecnologias, especialmente no que diz respeito à conectividade em veículos agrícolas. Pensando nisso, a “Hora da Conectividade” convidou Keren Bigão, analista de Negócios e Parcerias da Fundação de Apoio da UFMG (Fundep) para falar sobre as principais oportunidades de participação nos editais do Rota 2030.

No início de sua fala, a convidada explicou que a Fundep é uma fundação de apoio da UFMG que gerencia projetos, concursos e programas, com mais de 3 mil projetos em andamento e 28 apoiadas. “Ela nasceu da necessidade da Universidade em obter suporte de pesquisa e extensão, obter mais competitividade e agilidade na gestão de cursos, e gerência de programas como o Rota 2030”, pontuou Keren.

o Programa Rota 2030 é uma iniciativa do Governo Federal para estimular o investimento e o fortalecimento das empresas brasileiras do setor automotivo por meio do desenvolvimento e aplicação de novas tecnologia. Por sua vez, a Fundep é responsável pelas propostas para desenvolvimento de soluções de conectividade no Programa Rota 2030.

“Os eixos do Programa Rota 2030 relacionados à conectividade veicular incluem projetos estruturantes de PD&I, programa de aprendizado federado e programa de desenvolvimento de competências, como capacitação de profissionais para o uso assertivo de dados e tomadas de decisões baseadas em analytics”, complementa Keren.

Alguns temas são destacados dentro de tais eixos, como a conectividade dos veículos com o ambiente externo, sensoriamento veicular para segurança, bem como ecossistema conectado e cooperativo para detecção de pedestres em travessias. A manutenção preditiva de veículos e sistemas inteligentes de telemetria veicular também são interesses de desenvolvimento tecnológico.

“Destacamos a importância dos institutos de pesquisa em se aproximarem de diferentes setores para real aplicação de suas pesquisas. Ao mesmo tempo, é relevante que o setor automotivo realize um intercâmbio e transferência desse conhecimento”, pontua.

A Fundep está com inscrições abertas para a 2ª chamada de Conectividade Veicular, do Rota 2030, com o objetivo de gerar conexões transformadoras capazes de oferecer soluções de inovação aberta impactantes de curto e médio prazo na indústria automotiva. Para tanto, serão aportados até R$ 18 milhões em projetos colaborativos de PD&I.

As propostas devem ser submetidas até o dia 17 de setembro de 2023, contemplando as seguintes linhas temáticas: Conectividade: Meio Ambiente e Descarbonização; Conectividade do Veículo com o Ambiente Externo; Tecnologia da Privacidade e Segurança de Dados; e Serviços, Diagnóstico e Manutenção Preditiva de Veículos.

Para saber mais, clique no link: https://rota2030.fundep.ufmg.br/linha6/chamada-01-2023/

Como marketplaces IoT podem conectar o agronegócio à inovação?

O Marketplace IoT  da TIM foi tema de destaque na Hora da Conectividade, palestra on-line realizada pela ConectarAGRO para discutir temas pertinentes à digitalização do campo. Apresentada por Bruno Palmieri, especialista em Marketing da TIM Brasil, a plataforma da operadora reúne soluções de Internet das Coisas (IoT) com vistas a incentivar a conexão entre empresas de tecnologia e o mercado, com especial atenção para o agronegócio e os produtores rurais. 

 O conceito de marketplace é o de uma plataforma que agrega diversos produtos e empresas em um único lugar, e a TIM, seguindo essa tendência, oferece seus serviços ao agro com o objetivo de levar soluções completas aos clientes, incluindo conectividade e gestão de processos. 

Ao diferenciar suas soluções pela aplicação em cada setor, a TIM trabalha com abordagens verticais, sendo o agronegócio uma das áreas de atuação. Com uma visão estratégica direcionada a soluções customizadas, a empresa busca proporcionar uma experiência mais específica e adequada para as demandas dos produtores rurais por meio de análises e elaborações de projetos técnicos.  

 A partir das soluções e serviços disponíveis para compra na plataforma, segundo Bruno Palmieri, o agricultor pode habilitar o monitoramento remoto do terreno, de máquinas e implementos, de animais e de mão de obra. O produtor rural também pode aplicar a tecnologia para acompanhar em tempo real a distribuição de mercadorias desde as propriedades até os centros, resultando em eficiência e otimização para o agronegócio. 

Com uma infraestrutura sólida e uma solução IoT que abrange mais de 3 mil municípios, a empresa visa endereçar as necessidades de conectividade e inovação no campo. 

“Assim como as plataformas já apresentadas por outras associadas e apoiadoras, o Marketplace IoT TIM representa um importante avanço para a conectividade no agronegócio. Com as ações da ConectarAGRO, a plataforma contribui para o desenvolvimento sustentável do campo, aprimorando a produtividade e a eficiência das atividades rurais, e abrindo caminho para um futuro mais tecnológico e conectado no setor agropecuário brasileiro. Incentivamos as nossas associadas e apoiadoras a apresentarem suas soluções dedicadas ao desenvolvimento dos agricultores em um espaço tão enriquecedor como a Hora da Conectividade”, elucida Ana Helena de Andrade, presidente da ConectarAGRO. 

Mapeando o futuro do agro: Pesquisa SAE Brasil explora mobilidade e conectividade no campo

No cenário atual do agribusiness brasileiro, umas das principais ações estratégicas é a aplicação de pesquisas para entender as demandas e perspectivas do mercado, dos produtores e cooperativas em relação à mobilidade e conectividade no campo. São os dados e fatos que norteiam planos de ações para tornar o agro mais produtivo. 

Estes argumentos foram centrais na apresentação de Ricardo Bacellar, membro do Conselho Executivo da SAE Brasil, realizada na Hora da Conectividade, ciclo de palestras on-line organizado quinzenalmente pela ConectarAGRO. Durante o debate, o palestrante apresentou um resumo geral das Pesquisas SAE 2021 e 2022, abordando também temas transversais ao novo estudo em andamento sobre o agro.  

“As nossas pesquisas têm um cunho estratégico. Estamos discutindo estratégia vis a vis equipamentos no agro, visto que encontramos fontes técnicas, mas ainda há carência de aspectos estratégicos na área”, pontua Bacellar. Segundo ele, a investigação integra o propósito da SAE Brasil em expandir as fronteiras de conhecimento acerca da mobilidade em um contexto de globalização, compreendendo as inovações e tendências dos ecossistemas brasileiros e internacionais. 

Diante das investigações anteriormente realizadas, a pesquisa em construção desloca sua perspectiva para o agro a partir de quatro macrotemas fundamentais: estratégia de aquisição, conectividade, ESG e matriz energética, bem como relacionamento com clientes. 

“A estratégia de aquisição se refere ao resumo de decisão de compra do consumidor, englobando também pontos de modelos de negócios, canais de comercialização, investimento em conectividade e digitalização”, afirma Bacellar. 

No que diz respeito à digitalização do campo, o estudo traça um panorama a respeito da percepção das indústrias e consumidores sobre as tecnologias aplicadas nos processos produtivos agrícolas. A abordagem inclui análise dos principais drivers de tomada de decisão dos agricultores, como telemetria, gestão de frotas e rastreabilidade da produção.  

Outro ponto a ser abordado, de acordo com Ricardo Bacellar, é o nível de adesão de produtores rurais às práticas de sustentabilidade, como uso de biocombustíveis, menor emissão de gases de efeito estufa e créditos de carbono.  

“Com a construção de questionários aplicados, obtemos uma visão 360º que aponta para insights relevantes, unindo assim a perspectiva da indústria e dos clientes da indústria”, explica o membro do Conselho Executivo da SAE Brasil 

Com previsão de publicação para dezembro 2023, o diferencial da Pesquisa AGRO é inserir a expertise de mobilidade no âmbito das máquinas, implementos agrícolas e sistemas de agricultura de precisão, compreendendo assim as tendências nos padrões de consumo e as expectativas de serviços prestados ao produtor rural. 

Hora da Conectividade discute iniciativas para fomento a soluções tecnológicas na agricultura

Soluções tecnológicas inovadoras e desenvolvimento de processos conectados são pontos centrais para tornar o agronegócio brasileiro ainda mais produtivo e sustentável. Com o objetivo de discutir esta temática, a ConectarAGRO realizou, no dia 16 de junho, mais uma edição on-line da Hora da Conectividade. Com mais de 40 convidados presentes, o ciclo de palestras contou com a participação de Daniel Costa, Consultor de Novos Negócios do Instituto de Pesquisas Eldorado.  

Durante a ocasião, Daniel apresentou as principais iniciativas do Instituto, entidade apoiadora da Associação. Segundo ele, o Eldorado está presente em Brasília, Campinas, Manaus e Porto Alegre, contando com mais de 1800 colaboradores diretos. A organização também reúne mais de R$468 milhões em investimentos em pesquisa e desenvolvimento.  

Atuando como uma ponte entre universidades/inventores e empresas, o Instituto opera em frentes distintas, como soluções de hardware e software, capacitação e treinamento, testes de laboratório, certificação de produtos em telecomunicações e consultoria em inovação.  

Os esforços direcionados à pesquisa aplicada e ao desenvolvimento experimental abarcam também a agroindústria. “Olhando para o agronegócio, executamos projetos desde microeletrônica e sensores até eletrônica embarcada, IoT, computação visual e toda parte que leva a plataformas inteligentes. Vemos o agro como grande integrador de todas as áreas que nos capacitamos”, explica Daniel 

Somando esforços para democratizar a conectividade no campo, o Eldorado trabalhou junto à ConectarAGRO no Simulador de Benefícios, ferramenta que visa demonstrar os impactos das tecnologias conectadas na gestão agronômica de uma propriedade rural. O grupo de trabalho formado pelas demais associadas e pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) otimizou a usabilidade da aplicação, focando em uma experiência orientada a todas as fases agrícolas.  

O Simulador, que pode ser acessado em computadores e smartphones, sem a necessidade de aplicativo, também tem o objetivo de educar os agricultores. “Vemos no Simulador uma oportunidade educacional, pois há conteúdos e importantes conceitos que disseminam conhecimento agrícola”, complementa Daniel.  

Outro tema de discussão foi o papel do Instituto Eldorado como unidade credenciada da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Como oportunidade de intensificar os setores de pesquisa e desenvolvimento, a organização social opera por negociações diretas e em fluxo contínuo, garantindo agilidade, flexibilidade e baixa burocracia.  

Como exemplo dessa importante parceria, o consultor de Novos Negócios do Instituto cita a negociação de projetos voltados para monitoramento em transporte de insumos e produção agrícola, bem como para o desenvolvimento de estação agrometereológica. “Com o Embrapii, podemos fazer muitos projetos, é questão de conversar, desenhar os projetos, entender os desafios e a partir daí enquadrá-los dentro dos fomentos”, finaliza.  

ConectarAGRO e UFV realizam evento sobre implementação de tecnologias conectadas em pequenas e médias propriedades

Equipe ConectarAGRO e UFV

A ConectarAGRO, em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), realizou, no dia 29 de junho, um evento especial para discutir os benefícios das tecnologias de produção aplicadas à agricultura familiar. O encontro, intitulado “Impacto da Conectividade em Propriedades de Pequena e Média Escala: Implementação de Tecnologias”, contou com visitas a propriedades rurais e um workshop com importantes empresas associadas e apoiadoras.  

O evento teve a participação de empresas renomadas do setor, incluindo AGCO, CNHI, iCrop, IHS, Solinftec, TIM, Trimble, Vivo e Yara Fertilizantes. A agenda incluiu a visita dos representantes ao Sítio Venâncio — localizado no município de Coimbra-MG — e à Fazenda do Juka, no município de São Miguel do Anta. Ambas as propriedades foram selecionadas para o piloto de implementação de tecnologias conectadas, com o objetivo de testar e mensurar o impacto da conectividade na produtividade e gerenciamento econômico no agronegócio de pequeno e médio porte. 

“A grande expectativa é mensurar qual o impacto que a conectividade tem no agronegócio e o quanto ela viabiliza a implementação de tecnologias para sistemas produtivos com melhor gestão, maiores produtividades, mais qualidade no produto final, práticas de produção sustentáveis e regenerativas. Além de toda expectativa técnica, espera-se também um impacto positivo na comunidade rural, levando conhecimento para criar uma consciência do importante papel que eles têm sobre a economia local” explica Pamella Moachar, especialista em Inovação Digital na Yara e líder do projeto. 

Além da demonstração dos resultados práticos da conectividade por meio de exemplos reais, os participantes reuniram-se para discutir estratégias direcionadas à difusão e adoção das tecnologias nas fazendas-modelo selecionadas. Durante a ocasião, as empresas da ConectarAGRO realizaram contrapartidas quanto a possíveis maquinários e dispositivos a serem disponibilizados durante o cronograma de testes e implementações.   

“Criaremos um plano de ação definido no workshop em prática para iniciarmos as instalações da torre de conectividade 4G, adaptações aos maquinários, instalações das estações meteorológicas e em seguida, criarmos um cronograma de capacitações para a escola rural e produtores que receberão as tecnologias”, pontua Pamella 

“O evento foi inspirador, marcado pela introdução da conectividade no campo, impulsionando a capacitação e a adoção de novas tecnologias. Foi ressaltada a importância do trabalho em conjunto, visitando e conversando com produtores rurais, professores, vivenciando experiências que fazem toda a diferença na educação rural. O projeto desafiador teve um impacto positivo empolgante, visando transformar o agro no Brasil”, complementa Paola Campiello, gerente de Soluções de Conectividade na CNHi e vice-líder do projeto. 

A segunda e atual fase do projeto é sequência da primeira fase já concluída: um diagnóstico sobre tecnologia aplicado em uma amostra de 100 agricultores, além da coleta de inventário e mapeamento da propriedade de 25 produtores selecionados.  

“A visita representa uma oportunidade única para reunir especialistas, empresas do setor e representantes acadêmicos para compartilhar conhecimentos, experiências e discutir soluções inovadoras para a agricultura de pequena e média escala. A ConectarAGRO e a UFV estão comprometidas em impulsionar a transformação digital no setor agrícola, visando ao desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida no campo” comenta Ana Helena de Andrade, presidente da ConectarAGRO.