ConectarAGRO celebra seu 5º aniversário e destaca conquistas na expansão da conectividade durante a Futurecom

ConectarAGRO na Futurecom

A Associação ConectarAGRO comemorou seu quinto aniversário desde sua concepção na Futurecom 2018. Durante esses cinco anos, a Associação fez avanços notáveis na conectividade rural auxiliando a transformar o cenário agrícola do país.

A ConectarAGRO nasceu a partir de uma reunião de líderes das empresas AGCO, CNH Industrial, Bayer, Nokia, Solinftec, TIM e Trimble na Futurecom, que compartilharam a visão de resolver o desafio comum de falta de conectividade no campo. O que começou como uma iniciativa se transformou oficialmente em uma Associação em 2020.

A entidade durante os anos auxiliou a promover a conectividade, via banda larga 4G, em extensas áreas rurais e remotas no Brasil, beneficiando um grande número de pessoas, propriedades rurais, cidades, estados, unidades básicas de saúde e escolas públicas em áreas rurais. O objetivo é oferecer uma solução de conectividade aberta, simples e acessível — o 4G LTE na frequência de 700 MHz —, garantindo uma conectividade estável em toda a área produtiva.

A ConectarAGRO também desempenhou um papel importante ao auxiliar cobertura para soluções de Internet das Coisas (IoT) em uma extensa área. O uso do NB-IoT é essencial para conectar máquinas e sensores, que desempenham um papel fundamental no desenvolvimento do agronegócio. Essa tecnologia pode ampliar significativamente a cobertura em comparação com o uso de smartphones e, ao mesmo tempo, consome menos energia.

Presidente da entidade marca presença em painel de debates

O ponto alto das comemorações do quinto aniversário da ConectarAGRO foi a participação de Ana Helena de Andrade, presidente da Associação, em um painel de debates no FutureCongress, no dia 3 de outubro de 2023. O painel intitulado “Verdade (e) ou Desafio: O agro conectado, digital, mais produtivo e com menor desperdício” abordou questões cruciais sobre a digitalização do campo, incluindo soluções de conectividade, IoT, sensores, drones e veículos autônomos, e como essas tecnologias estão fazendo a diferença nos negócios dos produtores de diferentes tamanhos.

Ana Helena, uma das debatedoras do painel, compartilhou a visão da ConectarAGRO na transformação digital do agronegócio brasileiro. Durante a sua exposição, ela apresentou um breve panorama da produção agrícola em território nacional, caracterizado por ter uma participação de 27% no Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Apesar disso, segundo a presidente, ainda há uma disparidade na qualidade do acesso no campo do Brasil. Os dados apontam que 10% das propriedades produzem 90% do que é exportado, uma vez que elas já possuem um nível consolidado de maturidade quanto ao uso de conectividade. Entretanto, a maior dificuldade está nos pequenos estabelecimentos rurais: “Hoje, 70% das propriedades rurais ainda não têm infraestrutura de comunicação móvel”, apontou.

Para preencher esta lacuna, a ConectarAGRO vem se dedicando ao convênio com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), projeto direcionado ao levantamento de dados e ao desenvolvimento do Indicador de Conectividade Rural (ICR) para a mensuração da disposição de conectividade nas áreas de produção agrícola.

A partir de uma metodologia científica, o intuito é que o ICR forneça subsídios para a tomada de decisões públicas e privadas. Para Ana Helena, a prioridade estratégica da entidade é “o estímulo de políticas públicas que acelerem o acesso a conectividade por agricultores de pequena e média escala assim como a demonstração dos impactos da agricultura digital no aumento produtividade de modo a suportar as decisões de investimento”.

Além da presidente da ConectarAGRO, o painel contou com a presença de Tomás Balistiero, COO da Citrosuco, Deise DallaNora, Country Head Brazil & Latam da Varda – Field Data Exchange, e Aldo Clementi, diretor de Desenvolvimento de Negócios da IHS Tower. Além disso, Eduardo Polidoro, diretor de IoT e M2M da Claro, e Paula Rebelo, representando a Cocamar Cooperativa Agroindustrial, também estiveram presentes como convidados.

A participação da Associação na Futurecom 2023 representa um compromisso com a inovação e o avanço tecnológico no setor agrícola por meio do debate e fomento à implementação de conectividade e de tecnologias nas áreas rurais do Brasil.

ConectarAGRO tem novo coordenador de Marketing e Comunicação

A ConectarAGRO anunciou, no final de agosto, a contratação de seu novo coordenador de Marketing e Comunicação, Márcio Galzerani. Com o intuito de somar esforços para a geração de valor da marca da Associação, ele passa a responder pelas estratégias de eventos, comunicação externa e interna da entidade sem fins lucrativos.  

Márcio tem graduação em Administração, Negócios e Marketing pela ESAMC Campinas e trabalhou por mais de dez anos no setor de produção audiovisual e fotografia. No mercado corporativo, atuou como ponto focal de Comunicação Institucional em um hub de inovação voltado para o agronegócio, contribuindo para o processo de estruturação e desenvolvimento da gestão de comunicação.  

“É com muita alegria que agora coordeno a área de Marketing e Comunicação da Associação. Estou muito animado com este novo desafio e conto com todas e todos na missão da ConectarAGRO de levar conectividades às regiões agrícolas brasileiras. Juntos, construiremos um Brasil mais igualitário e produtivo”, afirma Márcio.

ConectarAGRO anuncia expansão do número de apoiadoras

Buscando tornar o agro mais produtivo a partir do fomento à conectividade no campo, a ConectarAGRO anuncia para você, em primeira mão, a chegada de seis novas apoiadoras. 

Entre as empresas anunciadas e ligadas à tecnologia estão a Agrotech, FurukawaFuse IoT, HighLine, Hughes e iCrop. Já no ramo químico, a BASF também compõe o novo escopo de apoiadoras da ConectarAGRO.

A expansão de apoiadoras reforça o propósito da Associação, cujo princípio é a união de esforços a favor de um objetivo: promover a cobertura da rede 4G em 700MHz nas áreas rurais e remotas brasileiras, bem como difundir os benefícios da conectividade no campo por meio de dados e fatos. 

Nesse sentido, as empresas poderão contribuir para os projetos de expansão da internet nas propriedades rurais por meio de tecnologias simples, abertas e acessíveis. Outro eixo de participação está no desenvolvimento de projetos educacionais para agricultoras e agricultores, com o objetivo de qualificá-los e prepará-los para um campo cada vez mais tecnificado.

“Anunciamos com muita alegria o apoio de novas empresas à ConectarAGRO. Isso demonstra a urgência do tema da conectividade no campo e o interesse das organizações em ações de responsabilidade social, principalmente no que se refere à democratização da internet rural. Com isso, esperamos expandir ainda mais a cobertura do 4G em 700MHz nas áreas rurais brasileiras”, elucida Ana Helena de Andrade, presidente da ConectarAGRO. 

ConectarAGRO formaliza parceria com Universidade Federal de Viçosa para conectividade na agricultura familiar e controle financeiro de propriedades rurais

grupo de pessoas da ConectarAGRO e UFV em reunião sobre projeto de extensão

A ConectarAGRO formalizou, no final de junho, uma parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV) para conectividade na agricultura familiar e controle financeiro de propriedades rurais. O projeto de extensão é resultado de uma cooperação entre a Associação e a Agroplus-UFV, equipe de pesquisa aplicada e extensão coordenada pelo professor Aziz Galvão, do Departamento de Economia Rural da UFV. 

O projeto de extensão baseia-se no impacto da agricultura 4.0 nas fazendas, em contrapartida ao alto custo de sua implantação para pequenos e médios produtores rurais e à necessidade de políticas públicas voltadas ao setor. Desse modo, a parceria visa à disseminação e criação de metodologias e instrumentos que mensuram os benefícios das tecnologias digitais nas áreas rurais. Outra meta é a capacitação de alunos e produtores rurais na área de gestão econômico-financeira. 

Como articulação entre conhecimento científico e prática voltada a soluções de necessidades das comunidades locais, o convênio ConectarAGRO-UFV já apresentou os resultados iniciais do estudo sobre o potencial da agricultura digital para produtores de pequena e média escala na região da Zona da Mata de Minas Gerais. O propósito é compreender o que produtores de máquinas, dispositivos e serviços digitais podem oferecer para a agricultura familiar por meio da conectividade. 

Dados e fatos demonstram o potencial da conectividade no campo 

Segundo o pesquisador, extensionista e doutor em Administração Rural, Aziz Galvão, os passos do estudo em andamento compreendem o diagnóstico, implementação de tecnologias, comparação entre rentabilidades anteriores e posteriores ao uso da conectividade no campo e discussão de resultados. 

Para tanto, o grupo de extensão Agroplus-UFV já visitou 100 propriedades rurais nas microrregiões de Ubá e Viçosa, localizadas na Zona da Mata, na região de Minas Gerais. Foram aplicados questionários sobre o consumo de internet e conectividade no campo, além dos perfis das pessoas entrevistadas. Assim, identificaram-se informações a respeito do sexo, idade e nível de escolaridade dos produtores, bem como os seus níveis de aptidão para tecnologias.

“Os resultados iniciais apontam que, em média, os produtores rurais têm 51 anos, e a maioria deles possui o ensino fundamental completo. As principais culturas empreendidas por esses agricultores são café, pastagem, milho, goiaba, feijão, banana e cana-de-açúcar”, diz Aziz Galvão

Em outras seções, as perguntas avaliaram se o produtor possuía internet na propriedade, bem como sua abrangência, tipo e qualidade da conexão. As respostas das produtoras e produtores rurais também permitiram a análise das formas de adoção de tecnologias nas fazendas e quais delas estão presentes no dia a dia do agricultor. 

Tais dados são ainda mais relevantes, conforme descreve Aziz Galvão: “85% dos proprietários têm acesso à internet, mas cerca de 60% da amostra estudada têm abrangência de rede apenas na sede da fazenda. O tipo de conexão que mais prevalece é a internet rural via rádio”. 

É nesse sentido que a ConectarAGRO aposta no 4G em 700MHz como saída para a democratização da conectividade no campo, uma vez que sua frequência de maior cobertura permite a mobilidade dos agricultores para além das sedes das fazendas, abrangendo um conjunto de propriedades, escolas e unidades básicas de saúde rurais sob um custo reduzido e sem a necessidade de uma equipe especializada para operá-la. 

A pesquisa em andamento desenvolvida pela ConectarAGRO e AgroPlus-UFV ainda demonstra o papel que a conectividade tem no cotidiano desses produtores: 76% deles realizam o monitoramento do clima para tomadas de decisões. 68% dos 100 produtores entrevistados realizam compras em sites, enquanto 73% deles utilizam a internet para o monitoramento de preços agrícolas.

Entre as tecnologias utilizadas para acesso à informação, o smartphone é o protagonista: dos 100 agricultores participantes, 90% deles utilizam celular. Quando se fala em computadores, apenas 43% fazem uso da ferramenta. Por fim, as plataformas Google e WhatsApp lideram as fontes de informação utilizadas pelos produtores rurais. 

“A parceria da Associação com a AgroPlus-UFV é uma das nossas ações pela educação, especificamente na pesquisa e extensão universitária, mas sobretudo no mapeamento de conectividade em uma importante área produtiva agrícola. Com esses insights, buscamos promover a capacitação desses produtores rurais para que façam o melhor uso das tecnologias digitais em tomadas de decisões eficientes no que se diz respeito às finanças e economia”, afirma a presidente da ConectarAGRO, Ana Helena de Andrade.  

Próximos passos do projeto de extensão 

Uma vez consolidados, os resultados iniciais servirão de base para novas ações do projeto, as quais consistem na seleção de propriedades participantes da segunda fase, capacitação dos produtores rurais, desenvolvimento e implementação de aplicativo de controle financeiro, bem como acompanhamento econômico. O objetivo é monitorar a produtividade das fazendas até fevereiro de 2023, de forma a captar e registrar todos os benefícios adquiridos a partir da conectividade no campo. 

“Por meio da colaboração entre a Academia e o setor produtivo, verificaremos a possibilidade de uso de soluções tecnológicas nas propriedades agrícolas. É um importante estudo de caso dos ganhos que a conectividade proporciona, como o uso de aplicativos, dispositivos, máquinas e insumos”, diz Ana Helena. 

Hora da Conectividade discute iniciativas para fomento a soluções tecnológicas na agricultura

Soluções tecnológicas inovadoras e desenvolvimento de processos conectados são pontos centrais para tornar o agronegócio brasileiro ainda mais produtivo e sustentável. Com o objetivo de discutir esta temática, a ConectarAGRO realizou, no dia 16 de junho, mais uma edição on-line da Hora da Conectividade. Com mais de 40 convidados presentes, o ciclo de palestras contou com a participação de Daniel Costa, Consultor de Novos Negócios do Instituto de Pesquisas Eldorado.  

Durante a ocasião, Daniel apresentou as principais iniciativas do Instituto, entidade apoiadora da Associação. Segundo ele, o Eldorado está presente em Brasília, Campinas, Manaus e Porto Alegre, contando com mais de 1800 colaboradores diretos. A organização também reúne mais de R$468 milhões em investimentos em pesquisa e desenvolvimento.  

Atuando como uma ponte entre universidades/inventores e empresas, o Instituto opera em frentes distintas, como soluções de hardware e software, capacitação e treinamento, testes de laboratório, certificação de produtos em telecomunicações e consultoria em inovação.  

Os esforços direcionados à pesquisa aplicada e ao desenvolvimento experimental abarcam também a agroindústria. “Olhando para o agronegócio, executamos projetos desde microeletrônica e sensores até eletrônica embarcada, IoT, computação visual e toda parte que leva a plataformas inteligentes. Vemos o agro como grande integrador de todas as áreas que nos capacitamos”, explica Daniel 

Somando esforços para democratizar a conectividade no campo, o Eldorado trabalhou junto à ConectarAGRO no Simulador de Benefícios, ferramenta que visa demonstrar os impactos das tecnologias conectadas na gestão agronômica de uma propriedade rural. O grupo de trabalho formado pelas demais associadas e pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) otimizou a usabilidade da aplicação, focando em uma experiência orientada a todas as fases agrícolas.  

O Simulador, que pode ser acessado em computadores e smartphones, sem a necessidade de aplicativo, também tem o objetivo de educar os agricultores. “Vemos no Simulador uma oportunidade educacional, pois há conteúdos e importantes conceitos que disseminam conhecimento agrícola”, complementa Daniel.  

Outro tema de discussão foi o papel do Instituto Eldorado como unidade credenciada da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Como oportunidade de intensificar os setores de pesquisa e desenvolvimento, a organização social opera por negociações diretas e em fluxo contínuo, garantindo agilidade, flexibilidade e baixa burocracia.  

Como exemplo dessa importante parceria, o consultor de Novos Negócios do Instituto cita a negociação de projetos voltados para monitoramento em transporte de insumos e produção agrícola, bem como para o desenvolvimento de estação agrometereológica. “Com o Embrapii, podemos fazer muitos projetos, é questão de conversar, desenhar os projetos, entender os desafios e a partir daí enquadrá-los dentro dos fomentos”, finaliza.  

ConectarAGRO e UFV realizam evento sobre implementação de tecnologias conectadas em pequenas e médias propriedades

Equipe ConectarAGRO e UFV

A ConectarAGRO, em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), realizou, no dia 29 de junho, um evento especial para discutir os benefícios das tecnologias de produção aplicadas à agricultura familiar. O encontro, intitulado “Impacto da Conectividade em Propriedades de Pequena e Média Escala: Implementação de Tecnologias”, contou com visitas a propriedades rurais e um workshop com importantes empresas associadas e apoiadoras.  

O evento teve a participação de empresas renomadas do setor, incluindo AGCO, CNHI, iCrop, IHS, Solinftec, TIM, Trimble, Vivo e Yara Fertilizantes. A agenda incluiu a visita dos representantes ao Sítio Venâncio — localizado no município de Coimbra-MG — e à Fazenda do Juka, no município de São Miguel do Anta. Ambas as propriedades foram selecionadas para o piloto de implementação de tecnologias conectadas, com o objetivo de testar e mensurar o impacto da conectividade na produtividade e gerenciamento econômico no agronegócio de pequeno e médio porte. 

“A grande expectativa é mensurar qual o impacto que a conectividade tem no agronegócio e o quanto ela viabiliza a implementação de tecnologias para sistemas produtivos com melhor gestão, maiores produtividades, mais qualidade no produto final, práticas de produção sustentáveis e regenerativas. Além de toda expectativa técnica, espera-se também um impacto positivo na comunidade rural, levando conhecimento para criar uma consciência do importante papel que eles têm sobre a economia local” explica Pamella Moachar, especialista em Inovação Digital na Yara e líder do projeto. 

Além da demonstração dos resultados práticos da conectividade por meio de exemplos reais, os participantes reuniram-se para discutir estratégias direcionadas à difusão e adoção das tecnologias nas fazendas-modelo selecionadas. Durante a ocasião, as empresas da ConectarAGRO realizaram contrapartidas quanto a possíveis maquinários e dispositivos a serem disponibilizados durante o cronograma de testes e implementações.   

“Criaremos um plano de ação definido no workshop em prática para iniciarmos as instalações da torre de conectividade 4G, adaptações aos maquinários, instalações das estações meteorológicas e em seguida, criarmos um cronograma de capacitações para a escola rural e produtores que receberão as tecnologias”, pontua Pamella 

“O evento foi inspirador, marcado pela introdução da conectividade no campo, impulsionando a capacitação e a adoção de novas tecnologias. Foi ressaltada a importância do trabalho em conjunto, visitando e conversando com produtores rurais, professores, vivenciando experiências que fazem toda a diferença na educação rural. O projeto desafiador teve um impacto positivo empolgante, visando transformar o agro no Brasil”, complementa Paola Campiello, gerente de Soluções de Conectividade na CNHi e vice-líder do projeto. 

A segunda e atual fase do projeto é sequência da primeira fase já concluída: um diagnóstico sobre tecnologia aplicado em uma amostra de 100 agricultores, além da coleta de inventário e mapeamento da propriedade de 25 produtores selecionados.  

“A visita representa uma oportunidade única para reunir especialistas, empresas do setor e representantes acadêmicos para compartilhar conhecimentos, experiências e discutir soluções inovadoras para a agricultura de pequena e média escala. A ConectarAGRO e a UFV estão comprometidas em impulsionar a transformação digital no setor agrícola, visando ao desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida no campo” comenta Ana Helena de Andrade, presidente da ConectarAGRO. 

Novas associadas se juntam à ConectarAGRO pela promoção de conectividade no campo

A ConectarAGRO anunciou, durante a Agrishow 2022, a expansão do número de associadas. Ao todo, a entidade agora conta com 34 integrantes especializadas em suas respectivas áreas de atuação.

Além das oito empresas fundadoras – AGCO, Bayer – Climate FieldView, CNH Industrial, Jacto, Nokia, Solinftec, TIM e Trimble – as companhias Energisa e Yara compõem o quadro de associadas prata, trazendo importantes contribuições à iniciativa de melhorar a experiência online do produtor rural.

Atualmente, a entidade também conta com 24 apoiadoras: Agres, AgroTower, DuoDigit, Farmers Edge, IHS, Instituto Eldorado, IoTAG, Khomp, Kyndryl, LOHR, Metos, NLT, Quectel, Squadra, Telit, Udev, Verde Telecom, Vika Controls. As companhias Arable, Biazi, Datora, Fuga pras Colinas, Gilat e Relm Chatral estão entre as novas parcerias anunciadas.

As mudanças no escopo dão continuidade à visão de liderar pautas de conectividade rural no Brasil. Com a chegada de novas companhias, a ConectarAGRO fortalece a conscientização sobre os benefícios da agricultura digital de modo ainda mais integrado. 

Apesar das diferentes atuações, as empresas se reuniram por um objetivo em comum: acelerar a adoção de novas tecnologias nas áreas rurais por meio de soluções abertas, padronizadas e acessíveis – por exemplo, o 4G em 700 MHz.

O vice-presidente, Gregory Riordan, comenta: “os novos integrantes poderão contribuir positivamente para a conectividade e outras soluções importantes que irão compor o ecossistema no meio rural, trazendo novas alternativas para aumentar eficiência, produtividade, controle de custos e a melhora contínua da operação”

De acordo com os comitês operacionais da ConectarAGRO, espera-se que a união entre as associadas gere não só maior visibilidade à demanda pela democratização da conectividade, mas também modelos criativos de negócios e novas soluções tecnológicas. Elas atuarão para sanar necessidades coletivas, fortalecendo o relacionamento entre os diferentes setores da sociedade. 

Com esforços reunidos das associadas, o objetivo é atingir a cobertura de toda a área rural brasileira em até seis anos. Em entrevista à Teletime, a presidente Ana Helena Andrade afirma: “o maior êxito será a Associação não ter mais necessidade de existir porque o Brasil inteiro tem 4G em 700 MHz na área agrícola”.

ConectarAGRO firma parceria institucional com Abag

Apresentação da Abag

A ConectarAGRO e a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) realizaram, no mês de abril, um evento online para divulgar a nova parceria institucional entre as duas entidades. Além de apresentar as oportunidades geradas pelo alinhamento, João Comério, diretor do Comitê de Inovação da Abag, indicou os resultados do Position Paper de 2023 — Visão da Inovação e da Competitividade do Agronegócio. 

O documento desenha a conjuntura, os desafios e as mudanças no cenário do agro brasileiro, atualizando as informações obtidas em 2020. Desse modo, o estudo se propõe a traduzir o compromisso das organizações em desenvolver a agricultura no país por meio de ações concretas para o avanço de competitividade no setor.  

Segundo Comério, os principais resultados identificados dizem respeito aos incentivos à captura de valor e inovação. “A percepção é que muito da inovação ainda é focada na iniciativa privada e que há grande necessidade de melhoria nas políticas e incentivos públicos.”, explica.  

Além da infraestrutura, outro desafio do setor se refere aos eixos de ESG (sigla em inglês para governança ambiental, social e corporativa). Para o diretor do Comitê de Inovação, a melhoria de gestão das empresas do setor e a atenção aos efeitos das mudanças climática é crucial para a consolidação das tecnologias 4.0 nas propriedades rurais.  Inclui-se também a aliança entre startups e empresas para o ganho de eficiência, produtividade e novos modelos de negócio.  

A partir de tais apontamentos, o position paper indica alguns direcionadores estratégicos para guiar os planos de ações, como a aproximação das regulações da realidade do agronegócio nacional, buscando ampliar o fomento à inovação aberta, educação e empreendedorismo.   

“Com esse objetivo, congregamos todos os elos da cadeia, do campo à indústria, distribuição e serviços, sendo fundamental para o fortalecimento do sistema agroindustrial e das relações com governo, iniciativa privada e instituições de ensino”, finaliza Comério. 

O evento fez parte da Hora da Conectividade, ciclo de palestras sobre temas pertinentes à conectividade no campo.  Em edição presencial, o evento fará parte do estande ConectarAGRO na Agrishow 2023. 

Presidente da ConectarAGRO participa de painel na CoopTalks

Painelistas na CoopTalks

Apesar da agricultura representar um percentual significativo do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a conectividade ainda é um gargalo que impacta todos os aspectos da produção agrícola. Essa é a conclusão de Ana Helena de Andrade, presidente da ConectarAGRO, que participou do painel “Agrotech e inovação: digitalização do agro brasileiro” durante a quarta edição da CoopTalks, maior congresso digital do cooperativismo agro.  

De acordo com a porta-voz, o gerenciamento de dados habilitado pela internet rural é fundamental para a utilização assertiva dos insumos, impactando a rentabilidade e produtividade da lavoura.  “A gestão racional é dependente da conectividade, e, portanto, mandatória para o agricultor ter, por exemplo, uma irrigação inteligente”, explica Ana Helena.  

Para fora da porteira, a logística também é um eixo a ser beneficiado pela conectividade no campo: “A plena cobertura do 4G em 700MHz integra um transporte de safra por estrada a um navio, reduzindo perdas e aumentando os resultados do produtor rural”, continua.  

Aliar alta performance à conservação dos recursos naturais é também outra discussão na qual as ferramentas digitais se inserem. Não por acaso, a Embrapa listou a intensificação tecnológica e a sustentabilidade como uma das megatendências para o agronegócio até 2050.  

Na perspectiva da presidente da ConectarAGRO, a ligação entre produções agrícolas mais resilientes e conectividade é clara: “Os sistemas agrodigitais são aliados dos agricultores nas tomadas de decisões informadas sobre uso de solo e água. Portanto, a agricultura sustentável de precisão nos permite desenvolver diferentes paradigmas produtivos com novas funcionalidades e oportunidades de negócios”, diz ela.  

 Parceria com cooperativas é caminho para a digitalização do campo 

Durante a ocasião, Kleberson Hayashi, coordenador de Projetos de Inovação da Coopavel, destacou a importância da integração entre universidades, startups, associações e cooperativas para a inovação digital no campo. “Para se ter ideia, há cerca de 1.600 startups agtechs, mas o desafio está na aplicacação da tecnologia. Por isso, deve existir uma parceria entre empresas e cooperativas que possam agregar valor pelo mesmo objetivo: reduzir custos e aumentar produtividade”, aponta. 

 Em concordância, Leandro Carvalho, CEO do ecossistema Supercampo complementa que a instalação de infraestruturas tecnológicas demanda uma ação coletiva de diferentes atores envolvidos, pois as cooperativas possuem suas próprias especificidades. “A tecnologia e inovação não são o principal core business das cooperativas. Por isso, hubs e agtechs são necessários para que possam desenvolver braços de tecnologias nas cooperativas”, pontua.  

 Pensando na digitalização como um processo de transformação comercial e social, Ana Helena de Andrade também salienta a relevância de associações como a ConectarAGRO em tais colaborações: “Parcerias com cooperativas também está no propósito de nossa Associação, que vem trabalhando há três anos pelas soluções mais aderentes às necessidades dos agricultores. Para isso, sabemos que levar conectividade a áreas agrícolas passa pelo investimento público e privado”, finaliza.  

ConectarAGRO é destaque na Agrishow 2022 com lançamento de Simulador de benefícios da conectividade

Simulador - ConectarAGRO

A ConectarAGRO foi destaque durante a Agrishow 2022, maior feira de tecnologia agrícola da América Latina, realizada entre os dias 25 a 29 abril, em Ribeirão Preto-SP. Entre os 800 expositores nacionais e internacionais, a Associação marcou presença no evento com uma série de novidades, como o lançamento do Simulador gratuito de benefícios da conectividade, a divulgação dos resultados alcançados e dos projetos educacionais em andamento.

Formada por companhias engajadas em democratizar a agricultura digital e promover a inclusão digital, a ConectarAGRO busca fomentar a expansão da conectividade nas áreas rurais do Brasil e conscientizar os agricultores sobre as vantagens da tecnologia 4G em 700MHz. São associadas as empresas: AGCO, Climate FieldView, CNH Industrial, Energisa, Jacto, Nokia, Solinftec, TIM, Trimble e Yara. A Associação também conta com 26 companhias apoiadoras, ainda com novas empresas no processo de entrada.

Diante do compromisso em tornar o agro mais conectado e produtivo, a ConectarAGRO atuou na Feira como uma facilitadora engajada em promover a conectividade entre pessoas, máquinas e coisas por meio de tecnologias simples e abertas para todas as pessoas. O intuito é de que sua utilização seja como na cidade, isto é, acessível e disponível em qualquer dispositivo habilitado.

 

Simulador de benefícios da conectividade: o que o bom uso da conectividade proporciona?

Com o propósito de demonstrar a economia que o bom uso da conectividade proporciona, a ConectarAGRO lançou um Simulador gratuito do impacto da conectividade na performance de uma fazenda. A partir de variáveis como gestão eficiente de irrigação, gestão de produção digitalizada, comunicação e redução de CO2, o Simulador quantifica a relação entre redução de custos e aumento de produtividade. A eficiência operacional de uma propriedade rural conectada, por exemplo, pode aumentar em até 15%.

De acordo com o líder do Comitê Institucional da ConectarAGRO, Felipe Carvalho, a aplicação foi estruturada a partir de dados de soluções fornecidos pelas empresas associadas, evidenciando a importância do trabalho em equipe para o progresso no campo. 

Em versão beta, a ferramenta possui uma proposta evolutiva, de maneira a ser aperfeiçoada e transformada com a contribuição livre de todos os interessados em participar dessa construção colaborativa. A partir do futuro aprimoramento das informações cedidas, ela também apresentará segmentações por cultura e outras melhorias. Caso queira contribuir, envie um e-mail para: simulador@conectaragro.com.br.

O Simulador, que pode ser acessado no site da ConectarAGRO, faz parte da estratégia de estimular a agricultura digital a partir da coleta e monitoramento de informações, demonstrando os benefícios das aplicações conectadas. Assim, torna-se um elemento imprescindível para o desenvolvimento sustentável e responsável no campo.

 

O amanhã do agronegócio é construído hoje

Segundo o Ministério da Agricultura, 73% das propriedades rurais não estão conectadas. Significa afirmar que, apesar do uso ascendente de máquinas digitais no campo, os dados produzidos pelos equipamentos ainda são subaproveitados. Os pequenos, médios e grandes produtores perdem tempo, dinheiro e produtividade, ao passo que as informações coletadas pelos equipamentos não são transmitidas instantaneamente às centrais de controle. 

Entretanto, a ConectarAGRO vem trabalhando para mudar essa realidade. É o que mostram os dados apresentados pela associação durante a Agrishow 2022: a partir da rede de suas associadas, contabilizam-se oito estados cobertos com 4G em 700MHz: Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, São Paulo e Rio Grande do Sul. 

A entidade também anunciou uma expansão de 6,2 milhões de hectares cobertos para mais de 7 milhões. Em adição, a ConectarAGRO atuou para a conectividade de áreas remotas e rurais de 220 cidades, além de mais de 15 milhões de hectares pela tecnologia Narrow Band IoT (NB-IoT) – rede para interligação de sensores, capaz de conectar dispositivos com baixo consumo de bateria e maior alcance. 

Para fins de exemplo, o uso do padrão NB-IoT permite que produtores monitorem seus ativos a distância e acessem dados qualificados sobre o clima, e muito mais, no local de plantio e colheita. 

Outros benefícios da conectividade encontram-se, por exemplo, no videomonitoramento de fazendas e gestão de equipes no campo em tempo real.

Dessa forma, o movimento estimulou a conectividade de 30 mil quilômetros de rodovias, totalizando quase 1 milhão de pessoas beneficiadas, além de 140 escolas rurais públicas e 31 unidades básicas de saúde rurais conectadas. 

A inclusão estende-se à toda cadeia produtiva: “essa conectividade não beneficia só agricultura ou aquele produtor, por ali passam rodovias federais e estaduais, estradas vicinais, que por ali circulam as nossas cargas”, aponta o diretor de Tecnologias Digitais e de Precision Solutions & Telematics da CNH Industrial e vice-presidente da Associação, Gregory Riordan, em entrevista à Rádio Massa FM.

Em entrevista à CBN Agro, a nova presidente da ConectarAGRO, Ana Helena de Andrade, afirma: “as cooperativas serão fundamentais para promover a inclusão produtiva de pequenos e médios produtores”.