ConectarAGRO contabiliza 12 milhões de hectares conectados

Imagem máquina em campo

Buscando a meta estabelecida para o ano de 2022, a ConectarAGRO ajudou a promover a expansão de mais de 12 milhões de hectares de 4G nas áreas rurais e remotas no Brasil até o momento.

Os números atingidos beneficiam mais de um milhão de pessoas em 485 municípios de 12 estados diferentes. Os resultados refletem também em mais de 24 milhões de hectares conectados com Narrow Band IoT (NB-IoT), padrão que habilita a conexão de dispositivos de baixo consumo de bateria e com alto volume de dados.

A Associação é resultado do empenho entre várias empresas que trabalham para promover um bem comum: a solução de conectividade aberta (interoperável), simples e acessível — o 4G LTE, na frequência de 700 MHz.

“O agro conectado é mais produtivo, e nós da ConectarAGRO seguimos com o plano de sensibilizar agricultores e formuladores de políticas públicas para a importância da conectividade rural, para o aumento da eficiência na produção agrícola, além da melhora na qualidade de vida das pessoas que trabalham e vivem no campo”, afirma Ana Helena de Andrade, presidente da Associação.

De olho em sua expansão, agora a ConectarAGRO busca cobrir mais de 16 milhões de hectares até 2024.

ConectarAGRO participa de painel sobre agronegócio durante a Futurecom 2022

Futurecom 2022

Reforçando o propósito de se tornar referência na pauta de conectividade no campo, a ConectarAGRO participou do painel “Projetando o Futuro do Agro”, realizado durante a Futurecom no dia 18 de outubro. Apresentado no maior evento de tecnologia da América Latina, o debate sobre agronegócio contou com a participação de Gregory Riordan, vice-presidente da ConectarAGRO, Felipe Garcia, head de Marketing da Nokia Brasil e membro da ConectarAGRO, e Paulo Humberto Gouvea, chefe de Soluções Corporativas da TIM Brasil.

Durante o painel, os membros destacaram a importância da Futurecom para a ConectarAGRO, já que a Associação sem fins lucrativos foi consolidada na edição de 2019. “Em três anos de existência, possuímos mais de 40 empresas associadas, as quais auxiliaram na cobertura de mais de 7 milhões de hectares”, explica Felipe Garcia. O atingimento do número resultou em um benefício direto para a população: “Cerca de um milhão de pessoas, incluindo 130 escolas públicas e 31 unidades de saúde, passaram a ter acesso à internet”, acrescentou. 

Os resultados demonstram que a conectividade amplia a produtividade agrícola, conforme explicou Gregory Riordan: “A agricultura 4.0 traz ganhos maiores em big data e inteligência artificial, por exemplo. Em termos de produtividade, uma fazenda conectada pode ter um ganho de 15% a 30%”. Apesar disso, ainda há um árduo trabalho a ser concluído: “Mesmo com os ganhos comprovados, ainda existem locais sem acesso a qualquer tipo de internet. O papel das empresas e seus stakeholders é promover a expansão do 4G em 700MHz no campo”, continuou.

Nesse sentido, Paulo Humberto destacou a aderência do 4G às necessidades de agricultoras e agricultores, considerando a estrutura de telecomunicações já existente: “O agro precisa de conectividade, e o 4G atende às atuais questões do mercado. Estamos prontos para atender a todas as demandas de conectividade no mercado”, elucidou o chefe de Soluções Corporativas da TIM Brasil.

Além do eixo produtivo, a ConectarAGRO vem oferecendo cursos de capacitação em tecnologias no campo para produtoras e produtores rurais. Realizado em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) em Mato Grosso e São Paulo, o Formação Conectada busca capacitar pessoas para a utilização tecnologias embarcadas.

Em paralelo, as associadas também buscam promover a adoção de soluções de indústria 4.0 no país, conforme apontou Felipe Garcia. “Desenvolvemos um laboratório no estado de São Paulo que fornece treinamentos e instalações de testes para acelerar a adoção dessa tecnologia no Brasil, à medida que cresce a necessidade de automação e inteligência artificial”.

ConectarAGRO realiza Assembléia Geral Extraordinária

Assembléia Geral Extraordinária ConectarAGRO

Com o intuito de deliberar as alterações do seu Estatuto, a ConectarAGRO realizou, no dia 13 de outubro, no escritório da KLA Advogados, em São Paulo, a reunião do Comitê Executivo e da Assembleia Geral.  O encontro teve a participação on-line e presencial de todos os nove associados. 

De acordo com os integrantes, a adequação do regimento busca simplificar o funcionamento  da Associação e dar dinamismo às atividades realizadas. Uma das principais alterações foi o alinhamento de todas as organizações em uma única categoria de associadas — as quais anteriormente eram divididas entre Ouro e Prata. Assim, os votos de todas as empresas desse grupo passam a ter o mesmo peso nas Assembleias. 

As mudanças aprovadas contemplaram também a criação de dois novos cargos na Diretoria, os quais exercerão funções específicas. Além dos postos de presidente e vice-presidente, a ConectarAGRO contará com um diretor financeiro — assumido por Alexandre Dal Forno, diretor de desenvolvimento de marketing IoT e 5G na TIM Brasil — e um diretor de gestão — Anselmo del Toro Arce, diretor da Solinftec.

Seguindo a pauta da reunião, a presidente da ConectarAGRO, Ana Helena de Andrade, realizou uma apresentação sobre o cenário atual do agronegócio, as oportunidades das telecomunicações no campo e o comportamento de produtores agrícolas brasileiros. 

Em parceria com a empresa de consultoria de alta gestão Mirow & CO, os membros participaram de uma dinâmica de escolhas estratégicas para a formação de conceitos e diretrizes internas da ConectarAGRO

“Em nome do Comitê Executivo, gostaria de agradecer a presença de todas e todos nesta reunião fundamental para pensarmos em nossas diretrizes internas e planejarmos os próximos passos da ConectarAGRO. A expectativa é de colocarmos em prática todas as contribuições apontadas durante a Assembleia”, comenta Ana Helena.

ConectarAGRO, FALM e Senar-MT realizam segunda edição do Formação Conectada, curso de aperfeiçoamento profissional para trabalhadores no campo

Profissionais de fazenda em Campo Novo do Parecis (MT) participam de prática do curso com instrutora do Senar-MT.

A ConectarAGRO, em parceria com a Fundação André e Lucia Maggi (FALM) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Mato Grosso (Senar-MT), realizou o seu segundo curso de aperfeiçoamento em tecnologias no campo. Ao todo, mais de 44 operadores técnicos participaram do Formação Conectada, projeto educacional que ocorreu na região de Campo Novo do Parecis-MT durante os meses de agosto e setembro. 

Com foco na configuração e operação do aplicativo Precision IQ, desenvolvido pela Trimble, o curso híbrido foi dividido em uma parte teórica — ministrada totalmente online — e uma parte prática, a qual foi realizada na fazenda com o instrutor do Senar-MT. Após a conclusão do módulo, a expectativa é que os profissionais apliquem as técnicas discutidas durante o ensino. 

O Formação Conectada, primeira etapa do Projeto Educacional da ConectarAGRO, busca promover cursos por meio da educação tecnológica acessível, a fim de buscar qualificação profissional digital, focando em melhorias do campo e em tecnologias embarcadas que facilitem as operações agrícolas com precisão.

De acordo com a analista de Projetos e responsável pelo projeto por parte da FALM, Adriana Caramello, a Fundação tem como missão contribuir com o desenvolvimento local e humano e, por isso, a qualificação e o desenvolvimento de competências técnicas é essencial para gerar impactos positivos nos indivíduos e comunidades onde atuamos. “Esse projeto conseguiu conectar a demanda por conhecimentos em tecnologias embarcadas com setores detentores dessa expertise ofertando um curso híbrido, levando em consideração as adversidades do trabalho no meio rural”.

A presidente da ConectarAGRO, Ana Helena de Andrade, afirma: “Esse movimento reforça o propósito da Associação de conectar máquinas, coisas e pessoas, levando ganhos para os trabalhadores da fazenda e para a comunidade local. Essa ação se insere no Formação Conectada, projeto educacional que foca na capacitação para o uso mais assertivo das tecnologias. O agro conectado é mais produtivo”.

“Para nós, é uma satisfação poder contribuir com este trabalho. A missão do Senar-MT é promover o desenvolvimento profissional e social para o meio rural com soluções educacionais inovadoras. Parcerias como esta contribuem para que tenhamos cada vez mais profissionais qualificados para atender as demandas do setor”, complementa o presidente do Sistema Famato – Senar-MT, Normando Corral.

ConectarAGRO participa de lives sobre conectividade e sustentabilidade na plataforma digital Broto, do Banco do Brasil

Porta-vozes fazem parte de live do Broto sobre conectividade e sustentabilidade no campo

A série de lives Circuito de Negócios Agro, realizada em novembro pela plataforma digital Broto, do Banco do Brasil, contou com a participação de membros da ConectarAGRO. Parte da 3ª Feira Virtual BB Agro, o webinário sobre conectividade e sustentabilidade no campo teve a presença de Anselmo Arce, membro da Diretoria da Associação e diretor da Solinftec , Erika Michalick, líder do projeto educacional na ConectarAGRO e gerente de Sustentabilidade da CNH Industrial, e Douglas Conche, assessor de Agronegócios do Banco do Brasil. O debate foi mediado por Pedro Marques Junior, superintendente de Varejo do Banco do Brasil no Paraná. 

Durante a ocasião, os porta-vozes destacaram a conectividade como um insumo importante para o setor agropecuário do país. Assim, ela possibilita a adoção de tecnologias digitais e o acesso à capacitação remota orientada a processos produtivos mais eficientes e sustentáveis.

Segundo Erika, as tecnologias viabilizadas pela cobertura 4G em 700MHz concretizam a revolução no campo, pois tornam as fazendas mais qualificadas. “Com as plataformas, temos condições de consolidar informações sobre meio-ambiente, clima e controle de pragas. A análise de dados também pode ser alinhada à logística. Podemos dizer que estamos levando desenvolvimento ao agro”, afirma a líder do Formação Conectada, projeto educacional da ConectarAGRO. 

Essa transformação é materializada pelas indústrias de maquinários e telecomunicações, as quais focam no desenvolvimento de softwares customizados e de tratores autônomos. Os sistemas de conectividade conferem qualidade de vida a produtoras e produtores rurais, apoiando-se nos dados para as tomadas de decisões. 

Por essa lógica, segundo Anselmo, a tecnologia se torna uma importante aliada para a otimização das cadeias produtivas agrícolas e a diminuição do impacto no meio ambiente. “Muitas empresas desenvolvem soluções altamente tecnológicas para que, a partir de dados, os produtores tenham insights sobre o clima”, explica.

Governança para sustentabilidade e educação no agro 

Segundo o  relatório do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), juntos, o uso de terra e agropecuária respondem por 73% das emissões brasileiras. Para reverter tal cenário, a agricultura de precisão é uma ferramenta fundamental para o uso racional de recursos. 

De acordo com Anselmo, as tecnologias auxiliam o produtor na aplicação mais eficiente e sustentável de água, produtos químicos e fertilizantes. “As soluções Solinftec, por exemplo, conferem uma economia de 30% no uso de combustível. A Control Union, organização independente de consultoria, certificou que o uso de nossas tecnologias nos últimos três anos teve um impacto equivalente a 83 milhões de árvores plantadas”, elucida o membro do Conselho de Administração da ConectarAGRO.

Entretanto, os benefícios da conectividade devem ser vislumbrados em conjunto com a capacitação de trabalhadoras e trabalhadores do campo. Na experiência de Erika, esse é um desafio: “Não haverá um efetivo retorno financeiro para o agricultor se ele não for capacitado para operar as tecnologias. Por isso, o braço educacional da ConectarAGRO foca a formação técnica e a aplicação de conhecimento prático sobre computadores de bordo e outras tecnologias da agricultura de precisão”. 

Nesse sentido, ambos os porta-vozes concordam que a conectividade dá amplitude aos diferentes eixos de governança, incluindo as dimensões sociais e ambientais. Para tanto, os esforços não devem ser direcionados à democratização da internet em um ponto fixo, mas em uma região coberta e expansiva. “Não é sobre nossa porteira, mas sobre nosso entorno. É um sinal de internet da comunidade, a qual dá acessibilidade aos pequenos produtores”, concluem.

Para conferir a live completa, clique aqui.

ConectarAGRO celebra seu 5º aniversário e destaca conquistas na expansão da conectividade durante a Futurecom

ConectarAGRO na Futurecom

A Associação ConectarAGRO comemorou seu quinto aniversário desde sua concepção na Futurecom 2018. Durante esses cinco anos, a Associação fez avanços notáveis na conectividade rural auxiliando a transformar o cenário agrícola do país.

A ConectarAGRO nasceu a partir de uma reunião de líderes das empresas AGCO, CNH Industrial, Bayer, Nokia, Solinftec, TIM e Trimble na Futurecom, que compartilharam a visão de resolver o desafio comum de falta de conectividade no campo. O que começou como uma iniciativa se transformou oficialmente em uma Associação em 2020.

A entidade durante os anos auxiliou a promover a conectividade, via banda larga 4G, em extensas áreas rurais e remotas no Brasil, beneficiando um grande número de pessoas, propriedades rurais, cidades, estados, unidades básicas de saúde e escolas públicas em áreas rurais. O objetivo é oferecer uma solução de conectividade aberta, simples e acessível — o 4G LTE na frequência de 700 MHz —, garantindo uma conectividade estável em toda a área produtiva.

A ConectarAGRO também desempenhou um papel importante ao auxiliar cobertura para soluções de Internet das Coisas (IoT) em uma extensa área. O uso do NB-IoT é essencial para conectar máquinas e sensores, que desempenham um papel fundamental no desenvolvimento do agronegócio. Essa tecnologia pode ampliar significativamente a cobertura em comparação com o uso de smartphones e, ao mesmo tempo, consome menos energia.

Presidente da entidade marca presença em painel de debates

O ponto alto das comemorações do quinto aniversário da ConectarAGRO foi a participação de Ana Helena de Andrade, presidente da Associação, em um painel de debates no FutureCongress, no dia 3 de outubro de 2023. O painel intitulado “Verdade (e) ou Desafio: O agro conectado, digital, mais produtivo e com menor desperdício” abordou questões cruciais sobre a digitalização do campo, incluindo soluções de conectividade, IoT, sensores, drones e veículos autônomos, e como essas tecnologias estão fazendo a diferença nos negócios dos produtores de diferentes tamanhos.

Ana Helena, uma das debatedoras do painel, compartilhou a visão da ConectarAGRO na transformação digital do agronegócio brasileiro. Durante a sua exposição, ela apresentou um breve panorama da produção agrícola em território nacional, caracterizado por ter uma participação de 27% no Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Apesar disso, segundo a presidente, ainda há uma disparidade na qualidade do acesso no campo do Brasil. Os dados apontam que 10% das propriedades produzem 90% do que é exportado, uma vez que elas já possuem um nível consolidado de maturidade quanto ao uso de conectividade. Entretanto, a maior dificuldade está nos pequenos estabelecimentos rurais: “Hoje, 70% das propriedades rurais ainda não têm infraestrutura de comunicação móvel”, apontou.

Para preencher esta lacuna, a ConectarAGRO vem se dedicando ao convênio com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), projeto direcionado ao levantamento de dados e ao desenvolvimento do Indicador de Conectividade Rural (ICR) para a mensuração da disposição de conectividade nas áreas de produção agrícola.

A partir de uma metodologia científica, o intuito é que o ICR forneça subsídios para a tomada de decisões públicas e privadas. Para Ana Helena, a prioridade estratégica da entidade é “o estímulo de políticas públicas que acelerem o acesso a conectividade por agricultores de pequena e média escala assim como a demonstração dos impactos da agricultura digital no aumento produtividade de modo a suportar as decisões de investimento”.

Além da presidente da ConectarAGRO, o painel contou com a presença de Tomás Balistiero, COO da Citrosuco, Deise DallaNora, Country Head Brazil & Latam da Varda – Field Data Exchange, e Aldo Clementi, diretor de Desenvolvimento de Negócios da IHS Tower. Além disso, Eduardo Polidoro, diretor de IoT e M2M da Claro, e Paula Rebelo, representando a Cocamar Cooperativa Agroindustrial, também estiveram presentes como convidados.

A participação da Associação na Futurecom 2023 representa um compromisso com a inovação e o avanço tecnológico no setor agrícola por meio do debate e fomento à implementação de conectividade e de tecnologias nas áreas rurais do Brasil.

ConectarAGRO tem novo coordenador de Marketing e Comunicação

A ConectarAGRO anunciou, no final de agosto, a contratação de seu novo coordenador de Marketing e Comunicação, Márcio Galzerani. Com o intuito de somar esforços para a geração de valor da marca da Associação, ele passa a responder pelas estratégias de eventos, comunicação externa e interna da entidade sem fins lucrativos.  

Márcio tem graduação em Administração, Negócios e Marketing pela ESAMC Campinas e trabalhou por mais de dez anos no setor de produção audiovisual e fotografia. No mercado corporativo, atuou como ponto focal de Comunicação Institucional em um hub de inovação voltado para o agronegócio, contribuindo para o processo de estruturação e desenvolvimento da gestão de comunicação.  

“É com muita alegria que agora coordeno a área de Marketing e Comunicação da Associação. Estou muito animado com este novo desafio e conto com todas e todos na missão da ConectarAGRO de levar conectividades às regiões agrícolas brasileiras. Juntos, construiremos um Brasil mais igualitário e produtivo”, afirma Márcio.

ConectarAGRO anuncia expansão do número de apoiadoras

Buscando tornar o agro mais produtivo a partir do fomento à conectividade no campo, a ConectarAGRO anuncia para você, em primeira mão, a chegada de seis novas apoiadoras. 

Entre as empresas anunciadas e ligadas à tecnologia estão a Agrotech, FurukawaFuse IoT, HighLine, Hughes e iCrop. Já no ramo químico, a BASF também compõe o novo escopo de apoiadoras da ConectarAGRO.

A expansão de apoiadoras reforça o propósito da Associação, cujo princípio é a união de esforços a favor de um objetivo: promover a cobertura da rede 4G em 700MHz nas áreas rurais e remotas brasileiras, bem como difundir os benefícios da conectividade no campo por meio de dados e fatos. 

Nesse sentido, as empresas poderão contribuir para os projetos de expansão da internet nas propriedades rurais por meio de tecnologias simples, abertas e acessíveis. Outro eixo de participação está no desenvolvimento de projetos educacionais para agricultoras e agricultores, com o objetivo de qualificá-los e prepará-los para um campo cada vez mais tecnificado.

“Anunciamos com muita alegria o apoio de novas empresas à ConectarAGRO. Isso demonstra a urgência do tema da conectividade no campo e o interesse das organizações em ações de responsabilidade social, principalmente no que se refere à democratização da internet rural. Com isso, esperamos expandir ainda mais a cobertura do 4G em 700MHz nas áreas rurais brasileiras”, elucida Ana Helena de Andrade, presidente da ConectarAGRO. 

ConectarAGRO formaliza parceria com Universidade Federal de Viçosa para conectividade na agricultura familiar e controle financeiro de propriedades rurais

grupo de pessoas da ConectarAGRO e UFV em reunião sobre projeto de extensão

A ConectarAGRO formalizou, no final de junho, uma parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV) para conectividade na agricultura familiar e controle financeiro de propriedades rurais. O projeto de extensão é resultado de uma cooperação entre a Associação e a Agroplus-UFV, equipe de pesquisa aplicada e extensão coordenada pelo professor Aziz Galvão, do Departamento de Economia Rural da UFV. 

O projeto de extensão baseia-se no impacto da agricultura 4.0 nas fazendas, em contrapartida ao alto custo de sua implantação para pequenos e médios produtores rurais e à necessidade de políticas públicas voltadas ao setor. Desse modo, a parceria visa à disseminação e criação de metodologias e instrumentos que mensuram os benefícios das tecnologias digitais nas áreas rurais. Outra meta é a capacitação de alunos e produtores rurais na área de gestão econômico-financeira. 

Como articulação entre conhecimento científico e prática voltada a soluções de necessidades das comunidades locais, o convênio ConectarAGRO-UFV já apresentou os resultados iniciais do estudo sobre o potencial da agricultura digital para produtores de pequena e média escala na região da Zona da Mata de Minas Gerais. O propósito é compreender o que produtores de máquinas, dispositivos e serviços digitais podem oferecer para a agricultura familiar por meio da conectividade. 

Dados e fatos demonstram o potencial da conectividade no campo 

Segundo o pesquisador, extensionista e doutor em Administração Rural, Aziz Galvão, os passos do estudo em andamento compreendem o diagnóstico, implementação de tecnologias, comparação entre rentabilidades anteriores e posteriores ao uso da conectividade no campo e discussão de resultados. 

Para tanto, o grupo de extensão Agroplus-UFV já visitou 100 propriedades rurais nas microrregiões de Ubá e Viçosa, localizadas na Zona da Mata, na região de Minas Gerais. Foram aplicados questionários sobre o consumo de internet e conectividade no campo, além dos perfis das pessoas entrevistadas. Assim, identificaram-se informações a respeito do sexo, idade e nível de escolaridade dos produtores, bem como os seus níveis de aptidão para tecnologias.

“Os resultados iniciais apontam que, em média, os produtores rurais têm 51 anos, e a maioria deles possui o ensino fundamental completo. As principais culturas empreendidas por esses agricultores são café, pastagem, milho, goiaba, feijão, banana e cana-de-açúcar”, diz Aziz Galvão

Em outras seções, as perguntas avaliaram se o produtor possuía internet na propriedade, bem como sua abrangência, tipo e qualidade da conexão. As respostas das produtoras e produtores rurais também permitiram a análise das formas de adoção de tecnologias nas fazendas e quais delas estão presentes no dia a dia do agricultor. 

Tais dados são ainda mais relevantes, conforme descreve Aziz Galvão: “85% dos proprietários têm acesso à internet, mas cerca de 60% da amostra estudada têm abrangência de rede apenas na sede da fazenda. O tipo de conexão que mais prevalece é a internet rural via rádio”. 

É nesse sentido que a ConectarAGRO aposta no 4G em 700MHz como saída para a democratização da conectividade no campo, uma vez que sua frequência de maior cobertura permite a mobilidade dos agricultores para além das sedes das fazendas, abrangendo um conjunto de propriedades, escolas e unidades básicas de saúde rurais sob um custo reduzido e sem a necessidade de uma equipe especializada para operá-la. 

A pesquisa em andamento desenvolvida pela ConectarAGRO e AgroPlus-UFV ainda demonstra o papel que a conectividade tem no cotidiano desses produtores: 76% deles realizam o monitoramento do clima para tomadas de decisões. 68% dos 100 produtores entrevistados realizam compras em sites, enquanto 73% deles utilizam a internet para o monitoramento de preços agrícolas.

Entre as tecnologias utilizadas para acesso à informação, o smartphone é o protagonista: dos 100 agricultores participantes, 90% deles utilizam celular. Quando se fala em computadores, apenas 43% fazem uso da ferramenta. Por fim, as plataformas Google e WhatsApp lideram as fontes de informação utilizadas pelos produtores rurais. 

“A parceria da Associação com a AgroPlus-UFV é uma das nossas ações pela educação, especificamente na pesquisa e extensão universitária, mas sobretudo no mapeamento de conectividade em uma importante área produtiva agrícola. Com esses insights, buscamos promover a capacitação desses produtores rurais para que façam o melhor uso das tecnologias digitais em tomadas de decisões eficientes no que se diz respeito às finanças e economia”, afirma a presidente da ConectarAGRO, Ana Helena de Andrade.  

Próximos passos do projeto de extensão 

Uma vez consolidados, os resultados iniciais servirão de base para novas ações do projeto, as quais consistem na seleção de propriedades participantes da segunda fase, capacitação dos produtores rurais, desenvolvimento e implementação de aplicativo de controle financeiro, bem como acompanhamento econômico. O objetivo é monitorar a produtividade das fazendas até fevereiro de 2023, de forma a captar e registrar todos os benefícios adquiridos a partir da conectividade no campo. 

“Por meio da colaboração entre a Academia e o setor produtivo, verificaremos a possibilidade de uso de soluções tecnológicas nas propriedades agrícolas. É um importante estudo de caso dos ganhos que a conectividade proporciona, como o uso de aplicativos, dispositivos, máquinas e insumos”, diz Ana Helena. 

Hora da Conectividade discute iniciativas para fomento a soluções tecnológicas na agricultura

Soluções tecnológicas inovadoras e desenvolvimento de processos conectados são pontos centrais para tornar o agronegócio brasileiro ainda mais produtivo e sustentável. Com o objetivo de discutir esta temática, a ConectarAGRO realizou, no dia 16 de junho, mais uma edição on-line da Hora da Conectividade. Com mais de 40 convidados presentes, o ciclo de palestras contou com a participação de Daniel Costa, Consultor de Novos Negócios do Instituto de Pesquisas Eldorado.  

Durante a ocasião, Daniel apresentou as principais iniciativas do Instituto, entidade apoiadora da Associação. Segundo ele, o Eldorado está presente em Brasília, Campinas, Manaus e Porto Alegre, contando com mais de 1800 colaboradores diretos. A organização também reúne mais de R$468 milhões em investimentos em pesquisa e desenvolvimento.  

Atuando como uma ponte entre universidades/inventores e empresas, o Instituto opera em frentes distintas, como soluções de hardware e software, capacitação e treinamento, testes de laboratório, certificação de produtos em telecomunicações e consultoria em inovação.  

Os esforços direcionados à pesquisa aplicada e ao desenvolvimento experimental abarcam também a agroindústria. “Olhando para o agronegócio, executamos projetos desde microeletrônica e sensores até eletrônica embarcada, IoT, computação visual e toda parte que leva a plataformas inteligentes. Vemos o agro como grande integrador de todas as áreas que nos capacitamos”, explica Daniel 

Somando esforços para democratizar a conectividade no campo, o Eldorado trabalhou junto à ConectarAGRO no Simulador de Benefícios, ferramenta que visa demonstrar os impactos das tecnologias conectadas na gestão agronômica de uma propriedade rural. O grupo de trabalho formado pelas demais associadas e pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) otimizou a usabilidade da aplicação, focando em uma experiência orientada a todas as fases agrícolas.  

O Simulador, que pode ser acessado em computadores e smartphones, sem a necessidade de aplicativo, também tem o objetivo de educar os agricultores. “Vemos no Simulador uma oportunidade educacional, pois há conteúdos e importantes conceitos que disseminam conhecimento agrícola”, complementa Daniel.  

Outro tema de discussão foi o papel do Instituto Eldorado como unidade credenciada da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Como oportunidade de intensificar os setores de pesquisa e desenvolvimento, a organização social opera por negociações diretas e em fluxo contínuo, garantindo agilidade, flexibilidade e baixa burocracia.  

Como exemplo dessa importante parceria, o consultor de Novos Negócios do Instituto cita a negociação de projetos voltados para monitoramento em transporte de insumos e produção agrícola, bem como para o desenvolvimento de estação agrometereológica. “Com o Embrapii, podemos fazer muitos projetos, é questão de conversar, desenhar os projetos, entender os desafios e a partir daí enquadrá-los dentro dos fomentos”, finaliza.