O agronegócio está de porteiras abertas para a agricultura digital habilitada pela conectividade. No entanto, para que esse ciclo virtuoso de produtividade, sustentabilidade e qualidade de vida se concretize plenamente, é essencial promover a integração da tecnologia nos processos de ensino-aprendizagem das escolas rurais e capacitar os profissionais que atuam no campo.
O assunto foi tema da mais recente edição da Hora da Conectividade, evento on-line realizado pela ConectarAGRO para discutir as ações desenvolvidas no projeto educacional Formação Conectada. Conduzido por Erika Michalick, líder da iniciativa, e Fátima Gonçalves, diretora da Associação, o bate-papo girou em torno das principais atividades do Comitê Educacional e dos próximos passos para expandir e escalonar o projeto.
Com a parceria da Fundação André e Lucia Maggi (FALM) e participação da MegaEdu, Senar-MT e Sincroniza, a iniciativa piloto foi implementada na Fazenda Itamarati e a Escola Estadual Argeu Augusto de Moraes, ambas localizadas na Vila Itanorte, em Campo Novo dos Parecis-MT.
O projeto abrange duas abordagens essenciais. A primeira, voltada para a educação básica, busca aprimorar a educação tecnológica através da melhoria de metodologias, ferramentas e indicadores pedagógicos para os professores do ensino fundamental e médio nas regiões onde o projeto está sendo implantado. A segunda área de foco é o aperfeiçoamento profissional, com cursos de capacitação destinados aos colaboradores da fazenda.
“Com os nossos parceiros estratégicos, lançamos mão de um estudo para desenvolver um diagnóstico de internet na escola selecionada e trabalhar a releitura da pedagogia sob a ótica da conectividade”, explica Erika.
Além da identificação de pontos-chave que garantam a infraestrutura de distribuição de WiFi de alta qualidade para que as atividades digitais de professores e alunos sejam realizadas com sucesso, o projeto se dedica à capacitação tecnológica de educadores sobre temas como competências digitais, papéis entre aluno e professor nas práticas pedagógicas, bem como uso de recursos de apoio.
No que diz respeito à formação técnica, os operadores de máquinas recebem treinamento sobre tecnologias e inovações, abrangendo tópicos teóricos como interpretação de dados e o uso de ferramentas relacionadas à agricultura de precisão por meio de cursos personalizados, adaptados às necessidades do campo, em parceria com instituições educacionais.
Na parte prática, os profissionais aplicam o conhecimento sobre o funcionamento de equipamentos, como o de Configuração e Operação no aplicativo Precision-IQ, da Trimble, software de gerenciamento de dados agronômicos.
“Desenvolvemos um sistema híbrido para treinamentos on-line curtos e atividades práticas de acordo com a cultura local da região do Mato Grosso. A parceria desenvolvida foi imprescindível para darmos escalabilidade ao curso, que conta hoje com mais de 85 pessoas formadas”, destaca Fátima.
Com base no aprendizado obtido no projeto-piloto, as membros do Formação Conectada explicam que os próximos passos envolvem o monitoramento das tecnologias utilizadas pelos professores em sala de aula e a centralização dos cursos oferecidos pelas organizações parceiras, visando facilitar o acesso dos colaboradores.
Para expandir o programa para outros estados, o Comitê Educacional conta com a participação ativa e o engajamento das associadas da ConectarAGRO no desenvolvimento de estratégias para a educação tecnológica.
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