Ampliando suas parcerias com atores de serviços financeiros, a ConectarAGRO participou, em junho, de duas lives da plataforma digital Broto, do Banco do Brasil. A série Circuito de Negócios Agro teve dois episódios dedicados ao tema “Conectividade no Campo”. Transmitidas pelo Youtube, as lives tiveram a participação da presidente da Associação, Ana Helena de Andrade, e do membro do Conselho de Administração, Alexandre Dal Forno. A mediação foi realizada pelo superintendente de Varejo Rio Grande do Sul do Banco do Brasil, Pablo Ricoldy.
Em alinhamento com a proposta da plataforma digital Broto — empresa que atua na cadeia produtiva do agronegócio por meio do marketplace e da oferta de acesso ao crédito do Banco do Brasil —, os porta-vozes fortaleceram o protagonismo da ConectarAGRO como articuladora de sistemas tecnológicos ligados à conectividade no campo.
Nesse sentido, Ana Helena reforçou o propósito da Associação: “A ConectarAGRO surgiu da percepção de que mesmo o agro sendo responsável por 27% do PIB do Brasil, a infraestrutura de conectividade não é uma realidade. A partir do diálogo entre diferentes atores do agro e empresas de soluções, entende-se que há uma deficiência de infraestrutura˜.
A conectividade é o grande habilitador da agricultura no Brasil. Para promovê-la, o 4G em 700MHz apresentou-se como a solução mais aderente às demandas dos grandes, pequenos e médios produtores, uma vez que permite uma conexão aberta, acessível e simples. Neste tipo de rede, não há a necessidade de grandes investimentos em antenas e equipes especializadas. Da mesma maneira, ela aumenta a qualidade e competitividade do setor agrícola, expandindo o acesso à internet de escolas e unidades públicas de saúde rurais.
Dal Forno explica os benefícios: “Em comparação com as redes satelitais e privadas, o 4G em 700MHz proporciona a cobertura de grandes extensões por meio de um ecossistema utilizado no mundo todo, o que dá mais segurança e confiança ao produtor rural”. Além disso, uma rede móvel e abrangente impacta positivamente na produtividade das fazendas conectadas: “Algumas soluções que podem trabalhar diretamente na digitalização da agricultura são associadas à gestão de máquinas com a telemetria, gestão de irrigação, monitoramento de pragas até a questão de posicionamento que é muito necessária na agricultura de precisão. A economia utilizando essas soluções pode chegar a R$177 hectare/ano”, complementa.
Para atingir o objetivo da Associação, Ana Helena explicou que a ConectarAGRO trabalha em três frentes relevantes: a primeira é a implementação de modelos de negócios que viabilizem os investimentos em áreas de baixa densidade populacional, em uma sinergia entre as grandes, médias e pequenas empresas agrícolas.
O segundo eixo está na discussão institucional sobre os recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) e das contrapartidas no leilão do 5G para a priorização de áreas rurais e a obrigatoriedade de cobertura com 4G em rodovias federais e escolas rurais, por exemplo. A terceira frente, ainda de acordo com Ana Helena, é o desenvolvimento de políticas públicas junto aos governos dos estados líderes na produtividade agrícola.
Entre as ações em andamento, a ConectarAGRO e a Datora — juntamente com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) — encomendaram um estudo à Escola Superior de Agricultura (Esalq-USP) para mapear a conectividade nas áreas das cooperativas – as quais possuem representação no colegiado do Fust, ao lado da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).
Outra atividade é o lançamento já anunciado do Simulador gratuito de benefícios de conectividade. A aplicação ajuda o produtor rural a contabilizar o ganho que a internet rural traz à sua propriedade. Desenvolvido coletivamente a partir de uma proposta evolutiva, o Simulador apresenta qual é o percentual de economia em cada área de uma produção.
Ao fim da programação, os fundadores e integrantes da ConectarAGRO destacaram os resultados alcançados até agora pela Associação. Dal Forno lembrou: “Auxiliamos a promover a conectividade, via banda larga 4G em 700MHz, para mais de 7 milhões de hectares de áreas rurais e remotas no Brasil, beneficiando aproximadamente 1 milhão pessoas e conectando 140 escolas públicas e 31 unidades básicas de saúde”.
Ana Helena complementou: “Nosso objetivo é chegar a 13 milhões de hectares conectados até 2023. É um grande desafio, mas o produtor precisa digitalizar sua fazenda para fortalecer a competitividade e reduzir os custos de produção”.
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