A série de lives Circuito de Negócios Agro, realizada em novembro pela plataforma digital Broto, do Banco do Brasil, contou com a participação de membros da ConectarAGRO. Parte da 3ª Feira Virtual BB Agro, o webinário sobre conectividade e sustentabilidade no campo teve a presença de Anselmo Arce, membro da Diretoria da Associação e diretor da Solinftec , Erika Michalick, líder do projeto educacional na ConectarAGRO e gerente de Sustentabilidade da CNH Industrial, e Douglas Conche, assessor de Agronegócios do Banco do Brasil. O debate foi mediado por Pedro Marques Junior, superintendente de Varejo do Banco do Brasil no Paraná.
Durante a ocasião, os porta-vozes destacaram a conectividade como um insumo importante para o setor agropecuário do país. Assim, ela possibilita a adoção de tecnologias digitais e o acesso à capacitação remota orientada a processos produtivos mais eficientes e sustentáveis.
Segundo Erika, as tecnologias viabilizadas pela cobertura 4G em 700MHz concretizam a revolução no campo, pois tornam as fazendas mais qualificadas. “Com as plataformas, temos condições de consolidar informações sobre meio-ambiente, clima e controle de pragas. A análise de dados também pode ser alinhada à logística. Podemos dizer que estamos levando desenvolvimento ao agro”, afirma a líder do Formação Conectada, projeto educacional da ConectarAGRO.
Essa transformação é materializada pelas indústrias de maquinários e telecomunicações, as quais focam no desenvolvimento de softwares customizados e de tratores autônomos. Os sistemas de conectividade conferem qualidade de vida a produtoras e produtores rurais, apoiando-se nos dados para as tomadas de decisões.
Por essa lógica, segundo Anselmo, a tecnologia se torna uma importante aliada para a otimização das cadeias produtivas agrícolas e a diminuição do impacto no meio ambiente. “Muitas empresas desenvolvem soluções altamente tecnológicas para que, a partir de dados, os produtores tenham insights sobre o clima”, explica.
Governança para sustentabilidade e educação no agro
Segundo o relatório do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), juntos, o uso de terra e agropecuária respondem por 73% das emissões brasileiras. Para reverter tal cenário, a agricultura de precisão é uma ferramenta fundamental para o uso racional de recursos.
De acordo com Anselmo, as tecnologias auxiliam o produtor na aplicação mais eficiente e sustentável de água, produtos químicos e fertilizantes. “As soluções Solinftec, por exemplo, conferem uma economia de 30% no uso de combustível. A Control Union, organização independente de consultoria, certificou que o uso de nossas tecnologias nos últimos três anos teve um impacto equivalente a 83 milhões de árvores plantadas”, elucida o membro do Conselho de Administração da ConectarAGRO.
Entretanto, os benefícios da conectividade devem ser vislumbrados em conjunto com a capacitação de trabalhadoras e trabalhadores do campo. Na experiência de Erika, esse é um desafio: “Não haverá um efetivo retorno financeiro para o agricultor se ele não for capacitado para operar as tecnologias. Por isso, o braço educacional da ConectarAGRO foca a formação técnica e a aplicação de conhecimento prático sobre computadores de bordo e outras tecnologias da agricultura de precisão”.
Nesse sentido, ambos os porta-vozes concordam que a conectividade dá amplitude aos diferentes eixos de governança, incluindo as dimensões sociais e ambientais. Para tanto, os esforços não devem ser direcionados à democratização da internet em um ponto fixo, mas em uma região coberta e expansiva. “Não é sobre nossa porteira, mas sobre nosso entorno. É um sinal de internet da comunidade, a qual dá acessibilidade aos pequenos produtores”, concluem.
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