A ConectarAGRO reuniu, no dia 28/03, representantes de associadas e apoiadoras para debaterem sobre as oportunidades e desafios no uso potencial do 5G na indústria agrícola. A discussão foi norteada por Igor Assumpção, especialista em Tecnologia no Senai-SP, tornando-se programação da Hora da Conectividade, ciclo de palestras sobre temas pertinentes à conectividade no campo.
Ao longo da apresentação, o convidado indicou a importância do aceleramento do ecossistema brasileiro de inovação em conectividade por meio de demonstrações reais, para melhorar o posicionamento do Brasil no mercado global. Nesse sentido, o agro não deve se limitar a uma única tecnologia, mas a soluções heterogêneas que sanem os problemas dos produtores rurais.
Neste caso, Assumpção destacou a combinação entre a rede 5G e o 4G em 700MHz para atender as necessidades do campo, como conexão de frota mista e de smartphones, tablets e modems. “O 4G em 700MHz é importante, pois o desafio do agro não é somente sensorizar os processos, mas obter uma cobertura ampla dos hectares.
Uma vez digitalizadas, as fazendas passam a ter diversas oportunidades de aplicações tecnológicas. Entre elas, está o uso de NB-IoT na agricultura de precisão. “São sistemas e dispositivos pendurados no 4G em 700MHz, nos quais podemos instalar e escalar para a combinação com sensores e leitores de solo”, explicou.
O padrão habilita diversos equipamentos que fazem parte do cotidiano agrícola. “O NB-IoT cobriria os usos necessários de drones, tratores, caminhões e até mesmo câmeras para prevenção de incêndios”, pontuou o especialista.
A realidade aumentada e o metaverso também são grandes aliadas do agricultor conectado, de acordo com Assumpção. Com o uso de softwares, os operadores de tratores podem realizar treinamentos e testes com maior segurança, sem qualquer dano ou prejuízo. “Os simuladores são utilizados no treinamento das pessoas envolvidas nos processos produtivos. Assim, é possível seguir no desenvolvimento de projetos, capacitação e identificação de eventuais falhas”, continuou.
No eixo de veículos, a automação é outra tendência promissora. “Os veículos conseguem transitar em diferentes ambientes de forma autônoma e segura, podendo ser utilizados com alta precisão nas diversas fases da plantação. Também é uma ferramenta de auxílio nas tomadas de decisões”, pontuou Assumpção.
Por tal lógica, a conectividade deve permear todo o ecossistema presente em uma propriedade rural, conforme analisou o especialista. “A digitalização deve estar presente em todas as fases da cadeia de valor, incluindo diferentes ecossistemas de conectividade”, finalizou.