Com o objetivo de avançar no conhecimento sobre a relação entre a internet e o campo, o Comitê Técnico da ConectarAGRO participou, no fim de outubro, da elaboração do Índice Brasileiro de Conectividade (IBC). Estruturado e calculado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a partir de referências nacionais e internacionais, o estudo apresenta um ranking dos municípios, dos estados brasileiros e de seus respectivos estágios de conectividade.
De acordo com o líder do Comitê Técnico e responsável pelo direcionamento do questionário da Anatel, Ricardo Graça, o intuito do levantamento é desenvolver propostas para verificar o aprimoramento do IBC e, por extensão, expandir os indicadores para o desenvolvimento de atividades relacionadas às telecomunicações e à área econômica brasileira.
Entre as principais contribuições da Associação está a proposição de um índice de conectividade rural, com ponderações por tecnologia e pelo valor da produção agrícola e pecuária, os quais serão obtidos pelo Valor Bruto da Produção (VBP) do Mapa, ou da Produção Agrícola Municipal do (PAM) do IBGE do município (em reais). Nesse panorama, as informações serão avaliadas mediante os pesos atribuídos às diferentes tecnologias viabilizadas, sendo elas 2G, 3G, 4G e NB-IoT.
De acordo com o documento preparado pela ConectarAGRO, a adição de um IBC-rural é fundamental para refletir a importância do agronegócio no PIB brasileiro, uma vez que as variáveis atuais são focadas na densidade populacional e, portanto, com maior peso para as áreas urbanas.
“O agro representou cerca de 25% do PIB brasileiro em 2021, mas nosso país ainda conta com 73% de estabelecimentos agropecuários offline. Contribuir para a tomada de subsídios do IBC é um dos nossos esforços para o fomento a políticas públicas dedicadas à alta cobertura nas áreas rurais e remotas”, pontua Ana Helena de Andrade, presidente da ConectarAGRO.