O manejo de pragas do milho é um dos processos mais importantes para que o seu potencial genético de produção seja plenamente atingido nas lavouras. Isso porque tais bactérias resultam em disfunções nutricionais e bioquímicas nas plantações, podendo chegar a 100% de perda da produção.
Esse fator é relevante sobretudo porque os produtores brasileiros chegam a produzir até três safras de milho por ano, como a primeira safra — realizada no verão — e a safrinha. Ainda segundo as análises realizadas pela Conab, espera-se que a produção de milho chegue a 125,8 milhões de toneladas na safra 2022/23.
Considerando a importância da antecipação de danos à cultura de milho, este artigo apresenta qual o papel da tecnologia nas estratégias para aplicar um bom controle de pragas em sua lavoura. Boa leitura!
Qual a importância do manejo de pragas do milho?
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o manejo de doenças e pragas do milho se refere a um conjunto de ações inteligentes para evitar a redução da produção final e, por extensão, o prejuízo econômico.
Realizado contra todos os insetos desde a fase inicial até a espiga de milho, o controle busca garantir condições favoráveis para uma safrasaudável e de qualidade.
Por sua vez, as pragas do milho podem ser classificadas em três grupos: o primeiro deles diz respeito aos insetos de solo ou pragas iniciais; o segundo refere-se aos insetos que atingem a parte foliar e o colmo. Já o último grupo pode atacar as espigas.
O monitoramento e identificação são etapas de grande relevância no manejo de doenças e pragas, pois tais informações definirão o diagnóstico do que está ocorrendo na lavoura, bem como qual tipo de inseto e qual decisão deve ser tomada.
Mas afinal, quais as principais pragas na lavoura de milho?
De acordo com o e-book Manual de Pragas do Milho, lançado por Henrique José da Costa Moreira e Flávio Damasceno Aragão, são mais de 30 tipos de insetos que podem atingir a planta. Ou seja, o cuidado deve ser redobrado ao longo de toda a safra!
A respeito do tema, você pode conferir o conteúdo preparado pela Agro Bayer, associada da ConectarAGRO:
Nesse sentido, apresentamos as principais pragas que podem atingir a cultura de milho, a partir das divisões apontadas acima.
Pragas iniciais
Entre as pragas que ocorrem logo após o plantio, podemos citar a lagarta-elasmo, a larva-alfinete, a larva-angorá e o percevejo-castanho.
De modo geral, esses são insetos que vivem no solo ou na superfície, buscando regiões mais úmidas. Suas atividades podem acarretar deficiências nutricionais e perdas de estande do milho em mais uma de safra, uma vez que a fase larval de algumas pragas é longa.
As pragas de raiz, em especial, são as que impõem mais desafios aos agricultores. Isso porque nem sempre são visíveis, sendo detectadas apenas quando a planta já está consideravelmente debilitada.
Portanto, exige-se um monitoramento constante para que o produtor rural possa agir na mínima evidência de que sua produção de milho sofre com tais insetos.
Como controle dos ataques, indica-se o uso de defensivos que protejam o solo no período de seis a dez semanas, aumentando a taxa de proteção do milho.
Pragas da parte aérea
Mesmo com total atenção à fase de germinação, as pragas podem atingir também as plantas e cartuchos de milho. Entre os tipos de insetos, destacam-se o pulgão, a broca-de-cana e a lagarta-da-espiga.
A perda de rendimento causada por tais pragas pode variar, em média, de 21% a 50% dentro das produções de milho. Algumas espécies esgotam as reservas hídricas da planta, favorecendo a formação de fumagina. Já as lagartas se alimentam dos grãos, deixando falhas e orifícios nas espigas.
Nessa situação, o manejo de pragas do milho pode ser realizado por meio de técnicas de cultura, como eliminação de plantas hospedeiras. Em casos mais avançados de infestação, o uso de pesticidas evita fitotoxicidade e falhas na polinização.
De que forma a tecnologia pode auxiliar no manejo de pragas do milho?
Mais do que uma prática intuitiva, o manejo de pragas de milho é realizado a partir de técnicas que são otimizadas por meio do uso de dados e inteligência artificial.
Por isso, apresentamos abaixo os principais usos das tecnologias no controle de pragas do milho.
Cruzamento de dados
O cruzamento de dados agronômicos consolidados de diferentes indicadores forma uma grande base para que os produtores rurais entendam profundamente o histórico da área cultivada.
Desse modo, ao compreender quais pragas do milho são mais suscetíveis, os agricultores podem tomar medidas e decisões baseadas na rápida identificação das doenças por meio das informações.
Mapeamento de georreferenciamento
A agricultura de precisão pode auxiliar também nos métodos dinâmicos para que se combata pragas e doenças sem afetar o ecossistema e a microfauna e flora.
Os mapas de georreferenciamento, por exemplo, oferecem ao agricultor análises sobre as aplicações de defensivos e a intensificação dos níveis de controle e gravidades de infestação em cada talhão.
Uso de drones agrícolas
Às vezes, o método tradicional de pulverização pode não atingir algumas partes da cultura. Desse modo, os drones agrícolas são grandes aliados nesta tarefa.
Com o uso de sensoriamento remoto e imagens processadas pelo equipamento, o agricultor obtém um retrato das áreas com maior presença de doenças e pragas do milho.
Em seguida, drones de pulverização aplicam os defensivos apenas nas áreas identificadas, utilizando menos recursos como água e combustível.
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